segunda-feira, 28 de setembro de 2009

faculdade..... nosso futuro‏!!!

Como é bom saber que estamos caminhando para um lugar que temos a certeza de que é o melhor, pois caminho largo e fácil nos leva a ruína e a condenação .

O que quero dizer com isto?

Temos aprendido o valor real da Palavra de Deus e de que forma ela se manifesta em nossas vidas, e isso é legal pois uma coisa que o Thiago disse é verdade as pessoas gastam o que não tem para adquirir conhecimento em busca de uma vida melhor e com sacrifício muitas vezes abrem mão de diversão, festas e outra coisas que diante dos nossos olhos são coisas boas, para que lá no final desfrutem do melhor . Hoje temos uma faculdade em pleno vapor, com Mestre e Doutores da lei que estão dispostos a nos ensinar cada vez mais a sermos vencedores em tudo, e digo em tudo mesmo, e o legal que não precisamos pagar nada por isso, e eles, será que estão recebendo algo em troca, talvez, mais vemos no brilho de seus olhos o sentimento de desejo realizado quando encontram arvores que eram sementes e cresceram e deram flores e criaram frutos, isso será a recompensa para sacrifício e esforço?

Isto só saberemos no final, quando nos encontrarmos na grande formatura , ou no inicio de um novo aprendizado...

Pois então como você esta nesta escola? Tem feito os deveres de casa? Tem ido a todas as aulas? Ou ficam gastando tempo pelos corredores jogando conversa fora, cuidado devo lhe advertir que o tempo não para, por isso aproveite ao Maximo o tempo que estes mestres estão lhe oferecendo e se possível abuse deles, pois do conhecimento vêem todas as bênçãos.



Procure se formar com êxito nesta faculdade....



Obrigado

Bsp. Sérgio, Pr. Ricardo, Pr. Elton e Pr. Welington por sua dedicação e paciência pois através da vida de vocês somos alguém hj...



Antonio Daniel

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Minha vida - Pr Well

Quero compartilhar com vocês, um pouco do meu testemunho pessoal.
Não que seja para me engrandecer, mas sim para que podemos enxergar o que temos em nossas mãos, e apreendermos a dar valor enquanto é tempo.
Desde que nasci, eu andei por algumas religiões digamos assim.
Meus pais eram católicos, ou se julgavam assim.
Minha mãe, sempre buscava o conhecimento da palavra, e por conta disso muitas das vezes tinha estudos bíblicos com as testemunhas de Jeová, o meu pai, um católico/espírita.
E, meus irmãos e eu seguindo nossos pais, sempre contra a nossa vontade , porém sempre juntos.
Nesse período da minha infância passamos por dificuldades financeiras, e muitas das vezes eu passei semanas, meses longe de minha família pois eles trabalhavam muito e não tinha como os filhos pequenos ficar sozinhos em casa.
Meus irmãos ficavam com a minha mãe e eu com a minha tia.
Não foi um período muito fácil, pois me lembro que algumas vezes íamos pegar uma sopa que era fornecida em uma instituição espírita que ficava no ipiranga, mas conhecida como betania.
E também, participamos de algumas reuniões deles.
Lembro-me que no inicio logo na entrada era preciso tomar um copinho de água, depois tinha uma palavra, depois uma sala escura e depois mais um copinho de água.
Tive medo, e depois disso nunca mais participei de nenhuma reunião assim.
Bom o tempo foi passando, esse nunca parou, fomos crescendo, e nossa família estava junta novamente.
Todos debaixo do mesmo teto.
Mas como é um costume dizer que em toda família sempre a brigas, a minha não era uma exceção.
As brigas eram constantes, que por conta disso, acabei por fazer tratamento psiquiátrico, pois, não conseguia conversar com ninguém, não era possível para mim olhar nos olhos de uma outra pessoa, a vergonha era tanta que eu chorava...
E as brigas, bom, essa sempre esteve presente.., acho que esteve mais presente em nosso meio do que o carinho, o amor, e o respeito um pelo o outro.
Lembro-me também, que minha mãe contava, que ainda criança, eu vi meu pai indo embora de casa, sim uma separação.
Na verdade, sempre convivi com tribulações familiares.
Mas, o tempo continuava a passar....
Bom quando tinha 11 anos comecei a participar com certa assiduidade das missas, comecei a fazer catecismo, me crismei e comecei a estudar violão com o rapaz que de certa forma, me formou como um líder de uma equipe de musica.
Uma coisa que amo em minha vida é que, quando criança eu não gostava de violão, tanto que cheguei a quebrar o violão do meu pai, Pai me perdoe....
Mas, eles me diziam que quando minha mãe estava no período da minha gestação, eu ficava muito agitado, e era necessário meu pai pegar seu velho violão, e tocar algumas notas, para que eu me acalmasse e minha mãe pudesse descansar também.
Por isso acredito na que : mesmo estando eu no ventre da minha mãe o Senhor me chamava pelo nome e já tinha um propósito para mim.

Bem, nisso com 14 anos, vi o rapaz que me ensinara a tocar violão, a cantar e como conduzir um grupo de oração se afastar, e por necessidade, tive que me colocar a frente de um grupo, conduzira reunião.
Muita das vezes sem conhecimento, mas com coragem e a certeza que tudo iria terminar bem...
Nesse período, por ironia eu precisava esquecer minha timidez, pois como estaria à frente da igreja com timidez ou verginha, isso para mi foi bom, e também foi aumentando o amor pela musica.
Nessa época eu já tinha noção de baixo, guitarra, violão e alguma coisa de teclado, e com isso uma mulher da igreja me presenteou com aulas de graça de teclado, com uma professora de piano.
Nisso eu já estava trabalhando na rodoviária em um guichê de venda de passagens.
Nesta parte uma boa parte da minha vida acabou se perdendo.
Imagine uma criança, trabalhando em um lugar de malicia, esperteza, coisa boa não iria acontecer...
Lá eu aprendi a fumar, beber, me deixei levar por prazeres, e nesse mesmo tempo, fui deixando a oportunidade de ser um musico com certificado, pois estava abandonando as aulas de teclado, onde eu tive o prazer de conhecer uma pessoa muito amável e excelente musicista.
Coisas boas também aconteceram nesse período das aulas de teclado, em dois meses de aula, teve uma apresentação dos alunos, na casa da professora.
Levei minha mãe para assistir essa apresentação.
Onde, ela pode ver seu filho, que sempre esteve com ela nos momentos difíceis, ser colocado em posição de destaque.
Lá estavam presentes alunos antigos dela, alguns novatos e outros músicos.
Cada um pode apresentar duas musicas, uma por indicação da professora com o que estava ensinando, e outra por escolha própria de cada um.
Uma das minhas músicas, foi tema da vitória, lembrança das corridas de formula 1, e a outra a canção do silencio (gosto muito dela em particular).
Sem ajuda da professora, eu consegui tocar esse linda canção com muita exatidão...
Vi minha mãe orgulhosa, minha professora orgulhosa, e me senti importante...
Porém, era uma criança que tinha se deixado levar por tudo que é de errado e larguei as aulas....
Bom agora, já mais velho, claro, comecei a me distanciar da igreja e me envolver com festas, grêmio estudantil, bares, mulheres, tudo que qualquer homem sem Deus queria para si mesmo.
Mas continuando, foi um momento em que dei muita dor de cabeça aos meus pais.
Não porque estava cometendo algum roubo, ou usando cocaína, maconha, mas sim por estar longe deles, e perto de pessoas que poderiam ou m levar para a cadeia ou me mostrar o caminho para a morte.
Mas digo uma coisa, sempre vai ter alguém, que te ofereça sua mão para te levantar e tirar você do buraco.
Conheci pessoas que direta ou indiretamente, fez com que meus olhos se abrissem e fizesse que eu enxergasse a lama que estava sobre mim.
Desde este momento, comecei a me levantar, agora já não trabalhava mais na rodoviária e sim em uma empresa de comunicação visual.
Nisso já se passou 4 anos, na época com dezoito, estávamos trabalhando na construção nas casa que hoje mora meus pais.
Foi um período muito bom, pois provei do trabalho ardoo, e aprendi a dar valor em muitas coisas.
Claro, tambem conheci algumas pessoas que estiveram e ainda estão diretamente ligado em minha vida.
Amigos, namoradas, pessoas que aprendia a amar e outras que hoje já na esta mas entre nós...
Agora já com 20 anos, me mudei definitivamente para o casa grande, aonde estava toda a minha família.
Comecei a participar da igreja local aonde fiz amigos.
Pude contribuir com um pouco do que conhecia e ajudei a levantar digamos um ministério, uma banda.
Claro, sempre levando comigo, os ensinamentos da pessoa que me instruiu como ser um líder nessa área, e sempre aprendendo com grandes homens valores que trago comigo até hoje.
Digo que foi uma fase de novas experiências.
Conheci novas pessoas, novos amores, enfim, o tempo sempre passando e eu ficando velho, cada vez mais....
Quase casei, ou melhor juntei trapos com uma mulher 10 anos mais velha, mudei de trabalho, agora trabalhava em um bar da nove de julho, aonde todos os sábados eu tocava nas missas, ia para casa jantava e ia trabalhar todas as noites.
Lembram da rodoviária..... então foi quase a mesma coisa, a diferença, foi a experiência que tive no passado que me fez ficar firme dessa vez.
Lembra tbm que minha mãe contou que vi meu pai ir embora.
Pois bem dessa vez , eu vi minha mãe ir embora de casa, e depois de algum tempo, foi o meu pai que voltou a sair, foi embora para Minas Gerais, e minha mãe voltou para a casa.
Foi um período muito difícil para mim.
Pois mesmo não tendo muita união entre nós, eram minha família, meus pais, meus irmãos.
Porém, mais uma vez, sem ter experiência, e por necessidade eu precisava ser forte, pois agora, era somente eu minha mãe e meus irmãos.
Uma das coisas que aprendi e sei que é verdade, é que quando as pessoas se unem para buscar um objetivo, nada as impedem, pode vir sobre elas problemas, dificuldades, até momentos de querer desistir de tudo, mas sempre teram apoio o apoio das pessoas que se uniram para não deixar desanimar, se levantar e continuar em frente.
Ah, ia me esquecendo, sabe quando tem tudo acontecendo ao seu redor, e o que vc menos precisa é de mais problemas?, pois é , justamente nesse período vc começa a ter seus conflitos internos.
Decisões, definições, formação do seu próprio conceito e por ai vai...
Agora com 23 anos, estava me fortalecendo, agora novamente trabalhando novamente em uma empresa de comunicação visual aonde estou até o dia de hoje.
Mas , como disse nem tudo é perdição, sempre exitira pessoas que no ajuda a levantar e a enxergar uma nova razão para continuar a prosseguir.
Pessoas que trago hoje comigo, seja em pensamentos, lembranças, alguns reencontros, mensagens instantâneas( Pri te amo demais minha amiga, nunca se esqueça disso).
Enfim, pessoas que fazem parte de um grupo de pessoas que considreo e que fez parte da minha formação.
Seja com palavras de conforto nos momentos de angustia, seja com seu ombro para chorar, seja com palavras duras, para fazer com que entendêssemos os perigos pela frente, ou pleos momentos de diversão, musicas, brincadeiras.

Porem eu pude ver o retorno do meu pai, a morte de uma pessoa que fez parte da vida de minha mãe e dos meus irmãos.
Agora com 24 ans, um momento marcante, aonde eu afirmo que Deus existe, e que ele livra os seus ...
Indo para o trabalho, em uma manhã comum as 7:30, estava a pegar uma rabeira em um dos carros da empresa aonde trabalho.
O motorista sabia que estava atrás do veiculo segurando pela lateral.
Por um momento, acredito eu que por segundos, ele me fechou na guia, aonde minha bicicleta travou a roda na guia e no veiculo me arremessando contra o poste de energia.
A única coisa que via na minha frente era aquele poste e mais nada.
Porém, pude sentir como que, sido tirado do trajeto certo e jogado para o canto, as pessoas que estavam presente no local pode presenciar isso.
Contudo, sofri algumas lesões.
Uma rachadura no crânio, três manchas de sangue no celebro, e algumas escoriações.
Fiquei internado 1 semana para observação.
Neste período, eu recebi noticias das pessoas que estavam do outro lado daquele local, orando, pedindo a Deus pelo meu retorno, com saúde, sem seqüelas.
E uma coisa que me deixou muito emocionado, e ainda hoje m deixa, ver minha família, presente, naquele lugar de doença, tristesa, mas estavam juntas, mesmo pelo motivo do acidente, mas estavam ali, comigo, e sabendo que era pelo amor que cada um tinha por mim, mas acima de tudo por elas mesma..
Fora os recados dos meus amigos, as visitas emocionantes, e o desejoe a convicção que eu iria sair dali logo para rever a todos ali.
Claro, não porque me esqueci, mas porque deixei para contar neste momento.
Um mês antes do acidente, eu conheci uma pessoa, claro uma mulher.
Isso ocorreu no aniversario da sobrinha dela, eu saindo de um ensaio, que era na mesma rua, parei para dar uma abraço.....e la estava ela, a mulher que logo depois iria me visitar, e que se tornaria minha esposa, pois uma vez disse a sobrinha dela que ela seria minha esposa e pronto ai esta Zandy, eu te amo muito....
Mas enfim, hoje eu estou em uma igreja evangélica, estou sendo levantado para ser um pastor.
Hoje, com 29 anos, casado, morando na minha casa própria, dono de uma moto linda, esposa de uma mulher fantástica, com problemas, com erros, sim mas quem naum tem problemas e quem nunca errou....
Me olhando hoje, e me vendo no passado, vejo uma pessoa que superou e ainda supera seus medos.
Luta para alcançar seus objetivos, e que sabe muito bem que sempre teve Deus ao seu lado.
Sei que tenho um propósito aqui para cumprir, no passado disse a uma pessoa que eu um dia me tornaria um homem de Deus, ministro de sua palavra, e que ajudaria a levar a palavra para todos.
Sempre acreditando que o evangelho fosse anunciado, e que a mentira seria revelada e a verdade colocada sobre todos.

Pois bem aqui estou....
Carregando os ensinamentos de outrora, juntando com os ensinamentos que tenho hoje através de grandes homens de Deus, que me faz ser o que tenho sido hoje.
Como disse no inicio, não é para me engrandecer essas palavras, mas sim para mostrar que ainda a tempo de cada um avaliar sua vida, rever seus conceitos e saber que, Deus, o criador da vida, lhe deu um presente, um talento, que na qual espera que vc seja um bom servo, e dedique esse talento para anunciar o evangelho.

Dar Valor..

Dar valor ...


Por que temos dificuldade em valorizar o que temos, o que conquistamos e aonde chegamos?
Por que a grama do vizinho é sempre mais verde ?


Tive a oportunidade de trabalhar em duas grandes instituições de ensino, já assisti aulas de grandes mestres, pessoas que abortavam temas nos quais eram os maiores especialistas,
já ouvi embaixadores, ministros, juízes, governadores, escritores, doutores.
Eles investiram muito em conhecimento, são graduados nas melhores e mais caras universidades do país, fizeram mestrado e doutorado na Alemanha, França, EUA, fizeram cursos com os gênios do marketing, da oratória, da negociação, e tudo isso teve um preço, um preço muito alto.



Me considero privilegiado por ser espectador de palestras e aulas destes especialistas, mais o que mais alegra meu coração, o que me emociona mesmo é saber que muito do que é ministrado nestas aulas e palestras, muitos princípios que são aplicados por eles, muito do eles ensinam, eu já conheço a algum tempo.



Faz pouco mais de 10 anos que sou da Comunidade, e nestes anos eu aprendi e continuo aprendendo muito, são experiências e palavras ministradas que me enriqueceram intelectualmente, são ensinamentos que podem fazer de nós, cidadãos desalienados, pessoas habilitadas para viver com dignidade, são experiências que nos fazem enxergar grandes possibilidades, e estar mais de perto dos nossos objetivos, dos nossos sonhos.


Enquanto algumas pessoas gastam rios de dinheiro com estudo (o que eu sou totalmente a FAVOR, pois a instrução e a especialização são caminhos para a dignidade e o sucesso), eu sou mais do que privilegiado, pois tenho na Comunidade, todos os ensinamentos necessários para chegar tão longe quanto estes das grandes universidades.
Tenho na Comunidade grandes mestres, cuja a sabedoria, integridade, amor e dedicação, me fizeram ser quem eu sou, chegar aonde cheguei, e o bom mesmo é saber que estou apenas no começo, e como um destes professores da Comunidade costuma dizer: “O melhor está por vir.”

Temos aqui, tudo o que as grandes universidades podem oferecer.
Deus tem nos dado tudo isso, e ao invés das mensalidades mais caras do mundo, Ele só quer de nós uma coisa: COMPROMISSO !!!
Este deve ser o nosso investimento, Ele nos dá tudo isso de graça, e só quer que tenhamos comprometimento com ELE e com a obra dEle aqui na terra.

Porem, para nos comprometer, primeiro temos que valorizar o que ele nos deu,
o que Ele colocou em nossas mãos, aonde Ele nos plantou.
Pense agora em tudo o que vc tem e tudo o que você é, analise e veja o qnt a Comunidade e os grandes mestres que Deus ali colocou, foram usados para que você chegasse até aqui.

Pensando bem, a grama do vizinho nem é tão verde assim.



bjks

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dispensação do Governo Humano

A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO

“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. Hb 11.7


 A terceira Dispensação do Governo Humano. Nas duas primeiras dispensações inocência e consciência, o homem fracassou inteiramente, e o julgamento do Dilúvio marca o fim da segunda dispensação e o começo da terceira.
 A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova. Sua feição distintiva é a instituição, pela primeira vez, do governo humano – o governo do homem pelo homem. O homem é responsável para governar o mundo de acordo com a vontade de Deus.

 A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO.

• A duração.
 Esta dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até à Dispersão dos homens sobre a superfície da terra (Gn 10.25; 11.10-19). ( ).
 Noé, o sobrevivente do Dilúvio, era o pai do Século Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo da décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas 14 anos depois da morte de Sete, o filho de Adão que deu nome à linhagem piedosa. Durante essas oito gerações e por mais de 350 anos em que ele viveu entre os homens depois do Dilúvio, Noé era homem perfeito, um justo que andava com Deus, tornando-se herdeiro da justiça, que é pela fé.

• As condições do mundo no início desse período.
 O novo mundo, portanto, teve um pai piedoso.
 Durante os 600 anos antes do Dilúvio, Noé foi contemporâneo de Matusalém, seu avô.
 Matusalém, por sua vez, contava 243 anos de idade quando Adão morreu.
 Assim, Noé era conhecedor de todos os grandes acontecimentos do período antediluviano e dos primeiros tempos no Jardim do Éden, ou pela experiência própria ou por ouvir do seu avô, Matusalém.
 Por meio de Noé toda tradição do velho mundo transferiu-se para o novo.
 Esse novo mundo foi povoado pelos filhos do grande e justo Noé. Durante 350 anos seus filhos conviveram com o piedoso patriarca, sob a influencia do seu santo testemunho.
 Além de ser um “pregador da justiça”, em razão de sua integridade moral e comunhão com Deus, ele era a grande testemunha do juízo de Deus sobre o mundo ímpio que acabara de perecer, podendo apontar esse fato como prova e ilustração nas suas asserções.
 Seus três filhos, Sem, Cão e Jafé, também foram considerados dignos de escapar a essa catástrofe e testemunharam do juízo que sobreveio ao mundo.
 É natural concluir a existência de fortes influencias no mundo novo para induzir os homens a uma vida de santidade perante o Senhor.

• A Aliança de Deus com Noé (Gn 8.20-22; 9.9-17).

 Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue (Gn 8.20).

“E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar. E o SENHOR cheirou o suave cheiro e disse o SENHOR em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz”. Gn 8.20,21
 Deus atendeu ao seu servo, concedendo-lhe os termos duma nova aliança com o homem.
 A INSTITUIÇÃO DO GOVERNO HUMANO.

 Durante séculos os homens haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e vício.

 Após o Dilúvio, o caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permanecia aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeita-lo. ( ).

 Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios.

O pacto que Deus fez com Noé.

 Por causa do apelo à violência e ao derramamento de sangue que surge no coração humano (Gn 6.11; 8.21), Deus procurou salvaguardar a intocabilidade da vida humana, reprimindo o homicídio na sociedade. ( )

1 E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5 E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.
7 Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
9 E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 e com toda alma vivente, que convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal da terra.
11 E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.
12 E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13 O meu marco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. Gn 9.6

A DURAÇÃO DESTA ALIANÇA.

 É notável que desde o tempo de Noé, nunca mais Deus tratou com alguém que represente a raça humana em sua totalidade, entregando-lhe NOVOS TERMOS duma aliança que afete toda a humanidade. Por isso, desde os dias de Noé e até que chegasse o tempo de Deus dar novas leis à humanidade, essa aliança (com Noé) continuaria em vigor. Só no Milênio, sob o governo de Cristo, haverá outra aliança que substituirá a de Noé. ( ).

 ORIGEM DAS NAÇÕES.

• Os descendentes de Sem.

 Povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano Índico, ocupando a maior parte do território entre Jafé e Cam. Foi dentre eles que Deus escolheu o seu povo, cuja história constitui o tema central das Sagradas Escrituras. ( )

 Sem, nascido 120 anos antes do Dilúvio, conheceu a seu pai, Noé, seu avô Lameque e seu bisavô, Matusalém, antes do Dilúvio.
 Lameque, por sua vez, conheceu a Adão por mais de 50 anos, e Matusalém o conheceu por mais de 250 anos.
 Esses fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça foram comunicados às gerações posteriores.
 Noé viveu até o tempo de Abraão.
 Sem chegou a alcançar o tempo de Isaque e Jacó, filho e neto de Abraão.

 Sem foi pai de cinco filhos que se tornaram em cinco grandes raças e numerosas tribos menores.
 Arfaxade foi pai dos caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico. Foi progenitor de Abraão, oito gerações anteriores.

• Os descendentes de Cão.

 Foram notavelmente poderosos no principio da história do mundo antigo. Constituíam a base dos povos que mais relações travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como inimigos. Eles estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e na Mesopotâmia. ( )
 Cão foi pai de quatro filhos Cuxe (Etiópia), Pute (Líbia), Canaã (Palestina) e Misraim (Egito) que se tornaram as raças turanianas e negras.
 Cuxe (Etiópia) gerou seis filhos (Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá, Sabtecá e Ninrode).
 Ninrode (filho de Cuxe), rei da Babilônia, foi o fundador do antigo Império Babilônico. Foi o falso “Messias” e fundador de toda religião falsa e idólatra do mundo.
 Misraim (filho de Cuxe), é Menes I, o primeiro rei do Egito.


• Os descendentes de Jafé.

 Foram os povos indo-europeus, ou arianos. Embora não tivessem sobressaído na história antiga, tornaram-se nas raças dominantes do mundo moderno.
 Jafé foi pai de sete filhos Magogue (Russos), Java (Gregos, Latinos e Franceses), Tubal (Turquia), Gomer (Alemães, Celtas, Eslavos, Escandinavos-suecos, dinamarqueses e noruegueses, Goters, Teutões, Saxões, Holandeses, Suíços, Belgas, e os Anglo-persas).

 A GRANDE FALHA.

• A construção da Torre de Babel.

 O coração corrupto do homem não somente rejeitou o caminho da redenção, como também deliberadamente desobedeceu ao mandamento especial de que os homens se espalhassem sobre a terra. Antes começaram a construir cidades e agregar-se nelas ( ).
 Ninrode neto de Cão por Cuxe, começou (foi o primeiro) a ser poderoso na terra. O principio do seu reino foi Babel, mas construiu mais sete cidades (Gn 10.10,11).

8 E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra.
9 E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.
10 E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele à Assíria e edificou a Nínive, e Reobote-Ir, e Calá,
12 e Resém, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
Gn 10.10-12

 O governo humano foi instituído por ordem divina, mas o IMPERALISMO de Ninrode e de outros daquele tempo já era diferente, sendo um plano de Satanás que visa unir o mundo e fazer guerra contra o Senhor Jesus Cristo.

 Mesmo em tempos remotos, os homens uniram-se para fazer planos de não se espalharem (Gn 11.4), planos pelos quais poderiam fazer para si um nome (Gn 4.17).

 O ponto alto desses planos para engrandecer o nome do homem foi a construção da Torre de Babel nas planícies de Sinear (Mesopotâmia), torre que imaginavam chegaria até o céu (Gn 11.4; 2 Tm 3.1-4; Sl 49.11-13).

1 E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal.
4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Gn 11.1-16


 Sinar (Gn 11.2) é o nome que o AT dá ao território da antiga Suméria e, posteriormente, chamado Babilônia ou o termo geral Mesopotâmia. ( )

 O pecado do povo na terra de Sinar foi a ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de Deus, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra Deus.

 Deus frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si (Gn 11.7,8). Isso deu origem à diversidade de raças e idiomas no mundo. Nesse tempo, a raça humana deixando a Deus, voltou-se para a idolatria, a feitiçaria e a astrologia (Is 47.12; Ex 22.18; Dt 18.10).

 As funestas conseqüências deste estado espiritual nos seres humanos é descrita em Rm 1.21-28. Deus os entregou à impureza dos seus próprios corações (Rm 1.24,26,28), e, com Abrão, Ele prosseguiu dando cumprimento ao propósito da salvação da raça humana (Gn 11. 31).

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dispensação da consciência

A DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

“Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência”. Ef 2.2


 A segunda Dispensação da Consciência. Pela sua desobediência, o homem chegou a ter um conhecimento pessoal e experimental do bem e do mal – “do bem” como a obediência e “do mal” como a desobediência à conhecida vontade de Deus.
 Mediante esse conhecimento, a sua consciência acordou. Expelido de Éden, e posto sob a segunda Aliança, a Adâmica, o homem era responsável para fazer todo o bem que conhecia abster-se de todo o conhecimento do mal, e aproximar-se de Deus mediante o sacrifício.




 A DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA.

• A duração.
 Esta dispensação durou cerca de 1.656 anos, abrangendo o período desde a queda do homem até o Dilúvio. ( ).
 Havendo perdido a filiação de Deus e estando separado daquela vida que vem do Criador, e tendo recebido em seu ser o veneno do pecado, estando sujeito a Satanás, o homem partiu do Éden em condições bem diferentes das anteriores. Agora o mundo esta sob a maldição.


• A gerações de Adão.
 A história de Adão – Aprender sobre nossos ancestrais costuma ajudar-nos a compreender a nós mesmo. Adão e Eva, nosso primeiros ancestrais, eram o destaque da criação de Deus, o verdadeiro motivo pelo qual Ele criara o mundo. Porém, nem sempre eles viveram segundo a vontade de Deus. ( )


 A história de Caim – Primeira criança humana. Caim ficou furioso. Tanto ele quanto seu irmão, Abel, haviam oferecido sacrifícios a Deus, mas os seus foram rejeitados.
 Caim não se humilhou com tristeza e arrependimento diante de Deus, pois afastou-se do Senhor e procurou viver sem a sua ajuda.
 Caim tinha uma escolha a fazer. Ele podia corrigir sua atitude quanto à oferta a Deus ou descontar a raiva em seu irmão. Sua decisão é um claro lembrete de como estamos cientes das escolhas opostas, e mesmo assim optamos por fazer a que é errada, exatamente como procedeu Caim.
 Caim foi o primeiro assassino. As conseqüências do pecado podem durar toda a vida. Caim não sofreu pena de morte nesse tempo. Posteriormente, quando a iniqüidade e a violência da raça humana tornou-se extrema na terra, a pena da morte foi instituída.
 Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus.
 Os familiares ímpios de Caim organizaram e dirigiram suas vidas em torno das artes e empreendimentos seculares, e instituíram um modo de vida voltado para a altivez e a arrogância.


 A história de Abel – Abel foi a segunda criança trazida ao mundo, mas a primeira a obedecer a Deus.
 Tudo que se sabe a respeito deste homem é que era filho de Adão e Eva, pastor de ovelhas, apresentou sacrifícios agradáveis a Deus e teve sua breve vida interrompida pelas mãos do irmão mais velho enciumado, Caim.
 A Bíblia não mencionada por que Deus gostava dos sacrifícios de Abel e não aceitava os de Caim. Mas tanto Caim quanto Abel sabiam a “vontade de Deus”.
 Apenas Abel obedeceu. Por toda a história, Abel é lembrado por sua obediência e fé (Hb 11.4), e é chamado “justo” (Mt 23.35).

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala”. Hb 11.4 ( )


 A história de Sete – A família de Sete, ao contrário invocava “o nome do Senhor”, expressando assim a sua dependência dEle.
 Sob o incentivo de Enos, tiveram começo as orações e o culto público ao Senhor, onde invocar o nome do Senhor refere-se ao culto público.
 Dessa forma, duas descendências totalmente diferentes foram ocupando a terra – a dos “justos” e a dos “ímpios”.


“E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e chamou o seu nome de Sete”. Gn 5.3


 Adão viveu novecentos e trinta anos.
 A razão de uma tão longa vida naquele tempo pode ser porque o pecado apenas iniciara seus efeitos destruidores sobre o meio ambiente e no corpo físico. Já nos tempos de Abraão, a duração da vida estava reduzida a menos de duzentos anos.
 Nada há de definitivo que conteste a existência real e histórica de Adão e Eva. Todas as objeções em aceitar esta verdade se baseiam em conceitos subjetivos de improbabilidades. ( )
 Jesus citou o fato da existência de Adão e Eva como real historicamente sem qualquer nuance de dúvidas (Mt 19.4-6).
 A raça humana é oriunda de um único ser, Adão (Rm 5.12). Só deveríamos aceitar a não existência histórica de Adão se Jesus também não fosse real, fato que a maioria comprova, exceto os céticos.
 O apostolo Paulo não poderia ter relatado os fatos importantes de gênesis 2 e 3 se não fosse reais e se ele não acreditasse nisso ( 1 Tm 2.13,14; 2 Co 11.3).
 Somente seres humanos incrédulos e destituídos da graça de Deus conseguem rejeitar este fato como sendo real e histórico.


“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea ”. MT 19.4

 A LINHAGEM ÍMPIA E SUA CIVILIZAÇÃO.

• A aliança edênica (Gn 2.16,17).
 Por essa aliança Deus concedeu ao homem plena inteligência, intuição e capacidade administrativa, pelas quais regeria toda a criação na qualidade de responsável perante Deus.

 A linhagem ímpia – Caim foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o homem (Gn 4.17). ( )
 Ele fundou uma civilização e seus descendentes ocuparam-se em desenvolver os recursos naturais, as utilidades e as artes estéticas.
 Jabal – Um dos filhos de Lameque, distinguiu-se como o primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade, habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento de Deus, teria introduzido na dieta o uso de carne e de leite, com a intenção de escapar ao duro trabalho de lavrar a terra.
 Jubal – Outro filho de Lameque, foi o inventor de instrumentos musicais. A música é do Senhor e haverá maravilhosas harmonias no céu, mas no capítulo 4 de gênesis trata-se da linhagem ímpia de Caim. Esses homens, Jabal, Jubal e Tubalcaim eram todos homens ímpios.
“E tomou para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá. E Ada teve a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado. E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão. E Zilá também teve Tubalcaim, mestre de toda obra de cobre e de ferro; e a irmã de Tubalcaim foi Naamá”. Gn 4.19-22


• A linhagem piedosa de Sete (Gn 4.25 a 5.32).
 A linhagem piedosa – Sete e seus descendentes eram homens de Deus (Gn 4.26). ( )
 Enoque, o sétimo depois de Adão, é focalizado como um homem de Deus e, por seu fiel andar com Deus, foi arrebatado do meio da impiedade prevalecente nos dias anteriores ao Dilúvio. Ele entrou na história como o tipo dos vencedores dos últimos dias, que escaparão aos juízos e à Grande Tribulação que sobrevirão à terra.
 Como a posteridade de Sete é diferente da de Caim! Não se notam aquelas invejas, brigas, licenciosidade e violência tão generalizadas na outra linhagem.
 Enoque foi um homem que não passou pela morte, por andar em comunhão com Deus, foi “tomado” deste mundo para os braços do Criador. As escrituras citam apenas mais um homem que “andou com Deus”, Noé (Gn 6.9), e um outro que não passou pela morte para estar com Deus, Elias (II Rs 2.11).
 Muito ao contrário, vemos um povo pobre e pacato, trabalhando diariamente na lavoura, conforme a ordem do Senhor, e pacientemente esperando a sua misericórdia.

“Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus”. Hb 11.5


• O dilúvio (Gn 6.13 – 10.32).
 A corrupção da humanidade – A razão para o acontecimento do dilúvio foi, sem dúvida, a corrupção da humanidade. ( )
 A linhagem piedosa de Sete se misturou com a linhagem ímpia de Caim.
 Deus determinou que aquela geração ímpia seria dizimada. Então, depois constantes avisos, por meio das pregações de Noé, ordenou-o que construísse uma arca cujo propósito seria a salvação para os que nela entrassem.



 Deus anuncia o dilúvio a Noé – Em meio a iniqüidade e maldade generalizada daqueles dias, Deus achou em Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era “varão justo”.
 Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus. Essa retidão de Noé era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus.

“Então, disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra”. Gn 6.13

 A estrutura da arca de Noé – A estrutura da arca de Noé era a seguinte: Comprimento – 135 metros; Largura – 22 metros; e 13 metros de Altura.
 A arca possuía três pisos divididos em vários cômodos. Segundo os estudiosos, a arca comportava cerca de 7.000 espécies de animais.
 Noé acreditou a palavra de Deus, de que iria destruir a terra, era verdadeira (Hb 11.7). A pregação de Noé foi ignorada pelos homens perversos de sua época.
 Sete dias antes do dilúvio, Deus ordenou a Noé que juntamente com a sua família entrasse na arca. Dentro da arca haveria de ter um casal de animais de cada espécie (Gn 6.19), e sete casais dos animais limpos (Gn 7.2).
 Então chegou o dia em que Deus derramou abundante chuva (Gn 7.11).


 Aprendemos a degradação do homem decaído, longe de evoluir para um estado cada vez melhor, degenera-se, até Deus resolver destruí-lo da face da terra. Sua degeneração é marcada por uma inclinação carnal e sensual (Mt 24.38), uma completa depravação e impenitência obstinada (1 Pe 3.20).
 Não havemos de supor que Deus não previu o que ia acontecer, porque presciência é essencial à perfeição da sua natureza.
 Nem havemos de supor que a sua felicidade foi realmente interrompida por aquilo que viu nas suas criaturas, pois Ele é imutável na sua felicidade como na sua natureza.
 A história da salvação de Noé na arca é resumida em Hebreus 11.7. O meio de salvação, a arca, era uma simples e clara figura de Cristo: passando pelas águas da morte, saiu a salvo numa criação – um mundo além do juízo. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo nos salva pela sua morte e ressurreição, se somos achados nele (Fp 3.9); “não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1), e “se alguém está em Cristo é uma nova criação” (2 Co 5.17).
 Noé, movido pelo temor, construiu a arca: não esperou para ver o começo do juízo antes de a construir. Alguns pensam que jamais tinha chovido antes. Contudo, Noé obedeceu e agiu, construindo a arca. O resultado foi salvar a sua família e condenar o mundo, que não fez caso do meio da salvação.
 O incidente do Dilúvio é, sem duvida, o exemplo clássico de juízo divino e, para isso, deve ser aceito como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto.

Dispensação da inocência

A DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem conforme à nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. Gn 1.26-27


 Deus criou o homem como à coroa e glória de toda a criação, sua própria imagem, para ser ele o regente e cabeça da criação perfeita do mundo edênico.
 Adão foi feito do pó da terra, consoante o Filho de Deus, embora esse ainda não se tivesse encarnado. Cristo iria reinar sobre a criação através do seu representante, o homem (Lc 3.38).
 Havia íntima comunhão entre Deus e o homem, pois notamos que Deus “passeava no jardim pela viração do dia” (Gn 3.8).



 A CRIAÇÃO DO HOMEM.

. “Passeava no jardim pela viração do dia”. Gn 3.8 ( )

• A posição do homem.
 Havia íntima comunhão entre Deus e o homem, pois notamos que Deus (Gn 3.8).
 Deus criou o homem como a coroa e glória de toda a criação, sua própria imagem, para ser ele o regente e cabeça da criação perfeita do mundo edênico. ( )
 O homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo segundo a mente de Cristo. Deu nomes aos animais, sendo orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito. Dispensava perfeitamente todos os meios comuns da ciência, que são os livros, as escolas e a experiência.
 O homem sabia por intuição e não por processos didáticos. O primeiro homem era perfeito físico, mental e moralmente. Em Romanos 3.23 descobrimos que ele tinha a glória de Deus.

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.
Rm 3.23



• O surgimento do homem (Gn 2.18-25).
 Nada há definitivo que conteste a existência real da história de Adão e Eva. Todas as objeções em aceitar esta verdade se baseiam em conceitos subjetivos de improbabilidades. Para muitos, Adão e Eva não passam de mitos e fábulas. São seres humanos que querem de todas as formas negar a história bíblica por não desejarem saber a verdade, pois esta pode proporcionar-lhes muitos incômodos. ( )
 Jesus citou o fato da existência de Adão e Eva como real historicamente sem qualquer nuance de dúvidas (Mt 19.4-6).
 A raça humana é oriunda de um único ser, Adão (Rm 5.12)

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez”. Mt 19.4


• A respeito da criação do homem (Gn 1.26-28).
 Tanto o homem quanto a mulher foi criação especial de Deus, não um produto da evolução (Mt 19.4. Mc 10.6).
 O homem e a mulher, igualmente, foram criados à “imagem” e “semelhança” de Deus. A base dessa imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus e obedecendo-o (Gn 2.15-17). Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham pecado, eram santos, decisão para fazer o que era certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia obediência moral (Gn 2.16,17). Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com Deus foi desvirtuada ( Gn 6.5). Na redenção, “os crentes” devem ser renovados segundo a semelhança moral original (Ef 4.22-24; Cl 3.10).
 Adão e Eva possuíam semelhança natural com Deus. Foram criados como seres pessoais tendo “espírito”, “mente”, “emoções”, “autoconsciência” e “livre arbítrio” (Gn 2.19,20; Gn 3.6,7; Gn 9.6). Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visivelmente a eles (Gn 18.1.2.22) e a forma que seu Filho um dia viria a ter (Lc 1.35; Fp 2.7; Hb 10.5).
 O fato de seres humanos terem sidos feitos à imagem de Deus não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependentes de Deus (Sl 8.5)
 Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva (Gn 3.20; At 17.26; Rm 5.12).


 AS ALIANÇAS ENTRE DEUS E O HOMEM.

• A aliança edênica (Gn 2.16,17).
 Por essa aliança Deus concedeu ao homem plena inteligência, intuição e capacidade administrativa, pelas quais regeria toda a criação na qualidade de responsável perante Deus.
 Certas obrigações foram impostas ao homem, como: 1) Ocupar a terra; 2) Comer somente de ervas e frutas; 3) Guardar o Jardim do Éden; e 4) Abster-se de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.
 Era necessária essa proibição única, uma vez que o homem tinha livre-arbítrio. A escolha serio o meio de provar essa liberdade. Sua opção de obedecer ou desobedecer a Deus.



• A falha do homem (Gn 3.1-9).
 Depois de certo tempo, entrou no paraíso edênico aquele elemento estranho, “Satanás”, cujo único objeto era introduzir confusão no ambiente de paz.
 Aproveitando-se da serpente, a mais sagaz das criaturas do Jardim, conseguiu o seu intento maligno.
 O ardil usado por ele foi a dúvida que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada. “È assim que Deus disse: Não comereis de toda arvore do Jardim?” perguntou ele. “Será possível que Deus faria uma coisa dessas, proibir a vocês de comer duma arvore neste Jardim?” foi sua interrogação maliciosa.
 Mas Eva não foi obrigada a aceitar essa calúnia venenosa. Ela deveria ter terminado logo a conversa tendenciosa contra a Pessoa do Criador.
 Assim ela, infelizmente, deu ouvido a esse ser abjeto e estranho que maliciosamente falou o Criador, daquele que tudo sustenta, e que é o nosso Amigo. O ato de tomar aquele fruto serviu para provar que ela acreditou na palavra de Satanás e duvidou da bondade de Deus. Essa condição espiritual e pecaminosa o casal transmitiu à sua posteridade, e esse foi o grande pecado de todos os séculos.


• A sorte da mulher (Gn 3.16).
 Além das conseqüências más sobre o casal em geral, a mulher sofreu uma maldição tríplice: a concepção multiplicada, um aumento de dores durante a maternidade e a sujeição ao domínio do homem.

• A maldição sobre a Serpente (Gn 3.14,15).
 A serpente recebeu pior maldição do que qualquer outro animal – foi condenada a rastejar-se sobre o ventre e a comer o pó da terra. Haveria guerra perpétua entre ela e o homem, a serpente lhe feriria o calcanhar e ela lhe esmagaria a cabeça. Entendemos que essa é uma profecia referente a Cristo, que esmagou a cabeça de Satanás, destruindo-o para sempre.

• A natureza humana (Ec 12.6,7).
 De todas as criaturas que Deus fez, o ser humano é incomparavelmente superior e também a mais complexa. Por seu orgulho, no entanto, o ser humano comumente se esquece de que Deus é o seu Criador, que ele é um ser criado, e que depende de Deus.
 A Bíblia ensina claramente que Deus, mediante decisão especial criou a raça humana, à sua imagem e semelhança. Por terem sidos à semelhança de Deus. Adão e Eva podiam comunicar-se com Deus. Adão e Eva tinham semelhança “moral” com Deus, por serem justos e santos, com um coração capaz de amar e também determinado a fazer o que era bom. Tinham semelhança com Deus na “inteligência”, pois foram criados com espírito, emoções e capacidade de escolha.
 Quando Adão e Eva pecaram, essa imagem de Deus neles, foi seriamente danificada, mas não totalmente destruída. Inevitavelmente, a semelhança moral com Deus, no homem, ficou arruinada quando Adão e Eva pecaram; deixaram de ser perfeitos e santos e passaram a ser propensos ao pecado; propensão esta, ou tendência que transmitiram aos filhos.
 A Bíblia revela que a “natureza humana”, criada à imagem de Deus, é trina e uma, composta de três componentes, a saber: “espírito”, “alma” e “corpo” (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Deus formou Adão do pó da terra (seu corpo) e soprou nas suas narinas o fôlego da vida (seu espírito), e ele tornou-se um ser vivente (sua alma).
 A alma (hb. Nephesh; gr. Psyche), frequentemente traduzida por “vida”, pode ser definida, de modo resumido, como os aspectos imateriais da mente, das emoções e da vontade, no ser humano, resultantes da união entre o espírito e o corpo. A alma juntamente com o espírito humano, continuará a existir após a morte física da pessoa. A alma está tão ligada à natureza imaterial do ser humano, que, às vezes, o termo “alma” é usado como sinônimo de “pessoa”.
 O corpo (hb. basar; gr. soma) pode ser definido, em resumo, como o componente do ser humano que volta ao pó quando a pessoa morre (às vezes, é chamada “carne”).
 O espírito (hb. ruach; gr. pneuma) pode ser definido, em resumo, como o componente imaterial do ser humano, em que reside a nossa faculdade espiritual, inclusive a consciência. É principalmente através desse componente que se tem comunhão com o Espírito de Deus.
 Desses três componentes, que constituem a completa natureza humana, somente o espírito e a alma são indestrutíveis e sobrevivem à morte, para então seguirem para o céu (Ap 6.9; Ap 20.4) ou para o inferno (Sl 16.10; Mt 16.26).
 Quando ao corpo, a Bíblia ensina repetidamente que enquanto o crente aqui viver, deve cuidar bem do seu corpo, através da sua conversão, isento de imoralidade e de iniqüidade (Rm 6.6,12,13) e da sua dedicação ao serviço de Deus.

A terra caótica

Conheça a Palavra de Deus
O Plano Divino revelado aos homens
A Terra Original \ Caótica \ Restaurada


 O homem acha loucura a Sabedoria de Deus, o plano de Deus não tem nenhuma sabedoria humana, mas DIVINA.
 A sabedoria deste mundo é uma sabedoria que EXCLUI A DEUS, que glorifica a auto-suficiência humana, que faz do homem a autoridade suprema e que se recusa a reconhecer a REVELAÇÂO DE DEUS em Jesus Cristo.
 Quando Deus criou o universo e todos os seres vivos, tinha em mente um Plano que seria executado em lugares e épocas por Ele determinados. Esse Plano visa à glorificação do seu nome em todo o Universo e durante toda a eternidade.
 O veículo pelo qual Deus revela esse Plano aos homens é a Palavra de Deus. Ela é o único documento autêntico que conta a verdade sobre a origem do Universo e do ser humano, Ela revela também o amor de Deu para com a humanidade, mostrando-lhe o único caminho para o céu, que é Jesus Cristo.
 O mundo rejeitou este caminho de redenção, seguindo as filosofias vãs da imaginação humana, como o apóstolo Paulo afirma em Romanos 1. Essas filosofias resultam no caos em que o mundo hoje se encontra.
 Felizmente, possuímos a Bíblia, que nos orienta quanto à maneira de sair do caos que o pecado nos causou. Todo e qualquer problema pessoal encontra a solução em Cristo, que é nossa Vida, nossa Luz, a Fonte de Amor, a Força, a Sabedoria, o Pão da Vida, o nosso Amigo e Guia.
 Ao manusearmos as paginas sagradas, podemos contar com a presença do Espírito Santo, o Autor das Escrituras, de quem disse Jesus: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas...” Jo 14.26. Nas Escrituras o Espírito Santo revela todo o propósito de Deus através dos séculos.
 A Bíblia manifesta as grandes e majestosas doutrinas sobre a Trindade, e a origem, queda, e a redenção do homem.
 Pela Bíblia aprendemos a verdade sobre a igreja, sua origem e destino, a relação entre a graça e a lei e as instruções necessárias para o crente.
 A profecia é parte integral das Escrituras, e podemos afirmar que a Bíblia é o único livro no mundo que apresenta legítimas profecias, autenticadas pelos acontecimentos históricos posteriores. As épocas ou eras e dispensações bíblicas constituem a espinha dorsal das Escrituras.
 A interpretação certa das profecias dependerá do conhecimento dessas épocas históricas e os respectivos pactos vigentes em Deus e os homens.


 A criação original (v.1) refere-se à criação dos céus e da terra, isto é, ao sistema solar, no passado. Deus podia formar o Universo, ou colocando em movimento certas forças que gradativamente resultariam num cosmo bem ordenado, ou também podia fazê-lo instantaneamente, por um só mandamento do seu poder. Não vemos razão porque não foi por este meio. Não há conflito entre a Bíblia e a ciência autêntica. Por quanto tempo a criação permaneceu neste estado de perfeição nós não sabemos, porque a Bíblia não o revela. ( ).
 A palavra Deus está no plural, e o verbo criou no singular (no hebraico há três números: singular, dual e plural); assim, a natureza de Deus é revelada nas primeiras palavras do Gênesis: uma Trindade porém um só Deus. Em outros lugares aprendemos que foi o Filho que criou todas as coisas (Jo 1.3, Cl 1.16; Hb 1.2).

“No principio, criou Deus os céus e a terra”. Gn l.1


• O Universo perfeito.
 Mas que foi um Universo perfeito em todo o sentido isso cremos, pois em Isaías 45.18 menciona a criação original da terra, que poderia ter sido aquele Éden, jardim de Deus composto de um reino mineral, todo glorioso, a que se referiu Ezequiel no capítulo 28.11-17, no qual Satanás, o “querubim da guarda ungido”, andava no brilho das pedras.


“Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ela a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro”. Is 45.18

 Podemos concluir também que foi dessa mesma posição exaltada que ocupava, que Satanás aspirou ser igual ao Altíssimo, ocasião em que a grande ira de Deus contra esse anjo fez reduzir a terra original a um estado de caos absoluto, fato registrado em Gênesis 1.2; 1 Tm 3.6. A terra se tornaria inabitável.

“Veio mais a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estava no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turqueza, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniqüidade em ti. ”. Ez 28.11-15

“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Gn l.2


 Satanás e suas hostes ficaram sem morada certa. Este fato serve para explicar por que ele retornou ao Éden, seu antigo lar, procurando a expulsão dos novos donos, que eram Adão e Eva, contra os quais teve ira.

“Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste e nunca mais serás para sempre”. Ez 28.16-19

 Satanás e suas hostes têm inimizade contra a raça humana até hoje. É sugestão de alguns que os demônios são espíritos destituídos de corpos físicos, que sempre o procuram (Mt 8.31), e que seriam os espíritos dos habitantes da terra no estado original.
 Contudo, sabemos que não havia homens na terra original, pois em 1 Co 15.45 lemos que Adão foi o primeiro homem.


 Como já observamos em Isaías 45.18, a terra original não foi criada como um caos. Porém, a terra tornou-se caos, sendo submergida na água. Não havia luz de espécie alguma. Nenhuma distinção havia entre terra e céus. Nenhuma terra seca havia e nenhum firmamento que dividisse as águas. E também nenhuma vida mais, a não ser alguma semente no fundo do oceano. Foi o castigo mais tremendo jamais aplicado a algo criado de Deus de que temos notícia. Que demonstração do poder destruidor de Deus quando tem de castigar alguém!
 A descrição de Gênesis 1.2, “a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo..”, significa que sobre a face da terra havia só água. Luz, calor, etc., não havia.
 Por quanto tempo durou essa condição não sabemos, mas presumivelmente podemos colocar neste espaço de tempo todas as eras geológicas que a geologia moderna ensina, e dizer que tudo isso existia antes dos “dias” da reconstrução da terra, mencionados no capítulo 1 de Gênesis.


 Os registros de Gênesis 1.3-31 e 2.1-3 não referem à obra da criação original, e sim, a um período de tempo em que a terra ficou liberta de sua condição caótica.
 Foi obra administrada pelo Espírito de Deus (Gn 1.2).
 As razões para opinar que esses “dias” não eram períodos de 24 horas são as seguintes: três desses completaram-se antes do aparecimento do sol.
 A palavra dia nas Escrituras muitas vezes significa um período de tempo de duração indefinida (como em Sl 95.8; Jo 8.56; 2 Co 6.2; e 2 Pe 3.8). Não há razão para dizer que o mundo tem só 6000 anos. A cronologia bíblia data a criação do homem, e não da criação do mundo.

“E disse Deus: Haja luz. E houve luz”. Gn l.3

 O primeiro dia (Gn 1.3-5)
 Nesta passagem encontramos duas palavras: criar e fazer, fato que serve para indicar que a obra de Deus era mais na forma de reconstrução. ( )
 A obra do primeiro dia não concerne ao sol, a lua e às estrelas, pois esses seres só aparecem no 4º dia. Antes houve o aparecimento de luz em si, separada das trevas. Os cientistas costumavam zombar da narrativa de Gênesis porque fala da luz como existente antes da criação do sol, que todos supunham se r a única fonte de luz. Mas hoje em dia a ciência já sabe da existência de luz cósmica na terra totalmente independente da luz solar.

 O segundo dia (Gn 1.6-8)
 A obra desse dia era a instituição do firmamento chamado céus, ou seja, a atmosfera em cima de nós, cujas nuvens retêm a unidade (as águas sobre o firmamento), separando-as das águas de sobre a terra.
 A geologia ensina o mesmo estágio na formação da terra.

 O terceiro dia (Gn 1.9-13)
 No terceiro dia o relevo do solo tansformou-se em grandes montanhas e enormes vales, nos quais se ajuntaram as águas que foram chamadas mares.
 A geologia ensina o mesmo fenômeno do aparecimento dos continentes na mesma seqüência da Bíblia.
 Os continentes produziram relva e árvore frutífera.
 A geologia também informa que a vida vegetal que produziu os vastos depósitos de carvão de pedra alimentava-se, não da luz, mas em meio à sombra. A madeira assim formada não ficou dura, como é a madeira produzida à luz solar.
 A narrativa de Gênesis também coloca a vegetação como aparecendo antes da luz solar.

 O quarto dia (Gn 1.14-19)
 Este dia viu aparecer o sol, a lua e as estrelas. O sol presidiria sobre o dia; a lua e as estrelas presidiriam sobre a noite. Dia e noite, anos e mudanças de estações resultariam daí e o tempo estava iniciado.
 Os luzeiros seriam os portadores de luz, e não necessariamente a luz em si.
 A geologia também concorda com essa seqüência.

 O quinto dia (Gn 1.20-23)
 Deus criou todas as aves e os animais marinhos no quinto dia.
 A geologia concorda também com essa seqüência.
 Isto indica que toda a vida animal anterior havia parecido na calamidade que sobreveio à terra original. Muitos fósseis e ossos de aves e animais de espécies diferentes das de hoje são encontrados na superfície da terra.

 O sexto dia (Gn 1.24-31)
 A obra dupla do sexto dia incluía animais terrestres e o homem. Esses animais provavelmente são os mesmos que conhecemos hoje.
 Tanto a geologia como o livro de Gênesis colocam o homem como o último da série a aparecer.
 O fato de que toda vida vegetal e cada espécie de vida animal foram feitas “segundo a sua espécie” e capazes de se frutificar e multiplicar-se prova que cada dia, por um ato instantâneo do poder de Deus, produziu uma obra perfeita e completa. Isto é confirmado pelo fato de que depois de cada dia (menos o segundo) e ainda depois da criação completada, Deus inspecionou a sua obra e a pronunciou boa.
 O sétimo dia (Gn 2.1-6)
 Nesse dia Deus descansou de sua obra da criação do Universo e de todos os seres vivos que o habitam.



 O princípio de planejamento divino.
 Percebe-se claramente na Palavra de Deus sete períodos distintos chamados dispensações.

 Deus dotou suas criaturas de livre-arbítrio e consequentemente essa vontade precisa ser provada, para que seja determinado se estará concorde com Deus ou em desobediência a Ele. Em Apocalipse 21.27 é revelado o grande propósito de Deus de ter um “reino”, um Universo sobre o qual Ele presidirá e do qual será banido para sempre tudo que não estiver em harmonia com Ele.

“E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”. Ap 21.27

 Facilmente podemos entender que, para Deus alcançar seu objetivo, será necessário que a volição do homem seja posta à prova, e confirmada a obediência a Deus, para que O Plano Divino não sofra prejuízo por outras repetidas desobediências.
 Deus não fez como um brinquedo mecânico que se põe em movimento por meio de corda. Ao contrário, dotou-nos de capacidade para amá-lo, glorificá-lo e viver em comunhão com Ele.
 Após a queda de Satanás, o homem, a nova criatura que acabava de ser criada por Deus, necessariamente seria provada. Portanto, o que lemos no livro de Gênesis acerca da prova e da queda do homem no Jardim do Éden era coisa esperada.


 O argumento da criação.
 Toda a história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos. ( )
 A razão argumenta que o universo deve ter tido um principio. Todo efeito deve ter uma causa suficiente.
 Consideremos a extensão do universo – O universo, é um sistema de milhares e milhões de galáxias. Cada uma delas se compõe de milhares e milhares de estrelas. Perto da circunferência de uma dessas galáxias – a Via Láctea – existe uma estrela de tamanho médio e temperatura moderada, já amarelada pela velhice – que é o nosso Sol.
 E imaginem que o Sol é milhões de vezes maior que a nossa Terra! O Sol esta girando numa órbita vertiginosa em direção à circunferência da Via Láctea a 19.300 metros por segundo, levando consigo a Terra e todos os planetas, e ao mesmo tempo todo sistema solar está girando num gigantesco circuito à velocidade incrível de 321 quilômetros por segundo, enquanto a própria galáxia gira, qual colossal roda gigante estrelar.



 No observatório de Harvard College tem uma fotografia que inclui as imagens de mais de 200 Vias Lácteas – todas registradas numa chapa fotográfica de 35 x 42 cms. Calcula-se que o número de galáxias de que se compõe o universo é de ordem de 500 milhões de milhões.
 Consideremos nosso pequeno planeta e nele várias formas de vida existentes, as quais revelam inteligência e desígnio divinos. Naturalmente surge a questão: Como se originou tudo isso? A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira Causa, ou um Criador.


“No principio, criou Deus os céus e a terra”. Gn l.1

Plano divino atraves dos seculos

Conheça a Palavra de Deus
O Plano Divino revelado aos homens


 O Plano Divino Revelado aos Homens - Estaremos transmitindo um estudo simples, e os irmãos devem estar dispostos a manejar estudos simples.
 O Plano de Deus - Aprouve Deus usar a cruz para revelar o maior de todos os mistérios da humanidade; Jesus Cristo, Filho de Deus, morreu numa cruz para salvar o mundo do pecado.
 O homem acha loucura a Sabedoria de Deus, o plano de Deus não tem nenhuma sabedoria humana, mas DIVINA.
 A sabedoria deste mundo é uma sabedoria que EXCLUI A DEUS, que glorifica a auto-suficiência humana, que faz do homem a autoridade suprema e que se recusa a reconhecer a REVELAÇÂO DE DEUS em Jesus Cristo.

 Quando Deus criou o Universo e todos os seres vivos, tinha em mente um plano que seria executado em lugares e épocas por Ele determinados. Esse plano visa à glorificação do seu nome em todo o Universo e durante toda a eternidade. ( )
 A Bíblia é o veículo pelo qual Deus revela esse plano aos homens é a Palavra de Deus. Ela é o único documento autêntico que conta a verdade sobre a origem do Universo e do ser humano
 A Palavra de Deus revela o amor de Deus para com a humanidade, mostrando-lhe o único caminho para o céu, que é Jesus Cristo.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jo 14.6

• O princípio do planejamento divino.
 Percebe-se claramente na Palavra de Deus sete períodos distintos chamados dispensações.

 Deus dotou suas criaturas de livre-arbítrio e consequentemente essa vontade precisa ser provada, para que seja determinado se estará concorde com Deus ou em desobediência a Ele. Em Apocalipse 21.27 é revelado o grande propósito de Deus de ter um “reino”, um Universo sobre o qual Ele presidirá e do qual será banido para sempre tudo que não estiver em harmonia com Ele.

“E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”. Ap 21.27

 Facilmente podemos entender que, para Deus alcançar seu objetivo, será necessário que a volição do homem seja posta à prova, e confirmada a obediência a Deus, para que O Plano Divino não sofra prejuízo por outras repetidas desobediências.
 Deus não fez como um brinquedo mecânico que se põe em movimento por meio de corda. Ao contrário, dotou-nos de capacidade para amá-lo, glorificá-lo e viver em comunhão com Ele.
 Após a queda de “Satanás”, o homem, a nova criatura que acabava de ser criada por Deus, necessariamente seria provada. Portanto, o que lemos no livro de Gênesis acerca da prova e da queda do homem no Jardim do Éden era coisa esperada.

 Etimologicamente, o termo Bíblia é o plural da palavra grega Biblos ou a forma diminutiva biblion, mais utilizada na versão LXX e no Novo Testamento. ( )
 A palavra grega Biblos, coleção de pequenos livros. Vocábulo aplicado as escrituras pela primeira vez por João Crisóstomos patriarca de Constantinopla no século IV. Mesmo contendo diversos livros, a Bíblia apresenta uma unidade na diversidade.

• Inspiração das Escrituras.
 A influencia SOBRENATURAL do Espírito de Deus sobre a mente humana, pela qual os profetas, apóstolos e escritores sacros foram habilitados para exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro. ( )
 Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento.

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de PARTICULAR INTERPRETAÇÂO”.
“Porque A PROFECIA NUNCA foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram INSPIRADOS pelo Espírito Santo ”. 2 Pe 1.20-21

 Deus é o AUTOR da Igreja e das Escrituras. Desse modo, os fatores divino e humano, que concorreram para a produção das Escrituras, estão relacionados entre si como causa principal e instrumental.
 Refere-se à influencia do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influencia que os ajuda a compreender as coisas de Deus.

“A minha palavra e a minha pregação NÂO consistiram em palavras persuasivas de SABEDORIA HUMANA, mas em demonstração do Espírito e de poder”. 1 Co 2.4


Precisamos fazer distinção entre REVELAÇÂO e a INSPIRAÇÂO
 Por Revelação – Queremos dizer aquele “ATO de Deus” pelo qual Ele dá a conhecer o que o homem por si mesmo NÂO podia saber. Os Dez Mandamentos foram revelados.
 Por Inspiração – Queremos dizer que o escritor é preservado de qualquer “ERRO” ao escrever essa REVELAÇÂO. Moisés foi INSPIRADO ao registrá-los no Pentateuco.

• A Produção dos Livros do Antigo Testamento.
 Fontes da revelação – A revelação divina do Antigo Testamento veio de forma progressiva ao longo da história de Israel. Seu registro abrange um período de cerca de mil anos – de Gênesis a Malaquias. E foi dada aos judeus e ao mundo através de profetas, sacerdotes e reis. ( )
 Provas da Inspiração da Bíblia – Além de unir numa só linha de pensamento escritores de diversas épocas, lugares e culturas, a inspiração divina das escrituras é atestada, sobretudo pelo próprio testemunho da história, através do cumprimento de suas profecias.
 Sua inerrância – São 39 livros produzidos num período de aproximadamente mil anos, escritos por cerca de 30 autores, cada um deles vivendo em lugares e épocas diferentes. O Antigo Testamento passou por rigorosas investigações e escrutínios. Entretanto, ninguém jamais conseguiu encontrar nele erro ou neutralizar a sua autoridade. Isso porque o Antigo Testamento é inspirado por Deus, e é o livro de Deus. Nem mesmos as mais recentes descobertas cientificas contradizem o que nele está escrito.
 Suas profecias – Uma característica peculiar do Antigo Testamento, que podemos usar como prova de sua inspiração, são as suas profecias cumpridas. Nem o Alcorão, nem o Livro de Mórmon, nem o Tripitaka dos budistas, nem o Vedas dos hindus, ou qualquer outro livro que reivindica autoridade espiritual contêm profecias. Somente a Bíblia é o livro de profecia.


• Os Livros Sagrados dos Judeus.
 Os livros Sagrados dos Judeus, o Antigo Testamento está dividido em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos.
 O Antigo Testamento foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de Esdras, Jeremias e Daniel compostos em língua aramaica.
 No período de maior pureza e refinamento do hebraico, foram produzidos os livros de Juízes, Samuel, Reis, Crônicas, Salmos, Provérbios, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias e Habacuque.
 Os livros Ester, Esdras e Neemias apresentam expressões idiomáticas e frases estrangeiras, denotando a influência das nações estrangeiras sobre o povo judeu.

• Os Livros Sagrados do Novo Testamento.
 Entre tantos escritos no começo da Igreja Primitiva, como podemos considerar os livros inspirados, e quais são esses livros?
 Ao escrever suas cartas às igrejas, o apóstolo Paulo as redigia para preencher as necessidades dos cristãos, sem ponderar que, mais tarde, fossem elas inseridas no Cânon do Novo Testamento.
 Por volta do 1º século, existiam muitos escritos, que eram lidos nas igrejas. Somente no 4º século o Cânon Sagrado foi fixado como os 27 livros, conforme temos hoje.
 Alguns requisitos foram necessários para os livros pudessem ser inscritos no Cânon Sagrado:
1º - Autoridade apostólica (exceto Marcos que, conforme a tradição, escreveu seu evangelho sob a influência de Pedro, e Lucas, sob a influência de Paulo).
2º - A ortodoxia (teologicamente correto). 3º - A antiguidade do escrito.

 O MATERIAL DA BÍBLIA
1) Papiro.
 O papiro era feito dos talos da planta do mesmo nome, comum no Egito. Cortava-se em tiras finas que, depois, eram sobrepostas em camadas cruzadas e prensadas. Escrevia-se sobre as fibras horizontais, que ficavam na parte interna do rolo de papiro enrolado. Em caso de necessidade, escrevia-se também do outro lado. Até a invenção do papel na china e de sua difusão pela Síria e Egito, durante os séculos VII e VIII d.C., o papiro foi o material mais corrente da escrita no mundo antigo. ( )
 Escrevia-se com hastes de cana e tinta preta feita de fuligem. O papiro egípcio transformou-se em material de exportação, porém, as condições de umidade dos demais paises tornaram impossível a conservação de papiros escritos, a não ser na região do mar morto.
 O contrato de compra firmado pelo profeta Jeremias (Jr 32.10-14) foi, sem dúvida, escrito em papiro dobrado e selado. As cartas de Paulo e outros textos do Novo Testamento também foram escritos em papiro. Documentos enterrados nos túmulos e ruínas, nas areias secas do Egito, sobreviveram até os dias de hoje.


2) Pergaminho.
 O pergaminho era de pele do animal curtida. Sua utilização remonta ao terceiro milênio a.C. O exemplar mais antigo conservado é de cerca de 2000 a.C. Durante o século II a.C., a técnica de preparação do pergaminho aperfeiçoou-se bastante na cidade de Pérgamo, da qual tomou o nome.
 O fragmento mais antigo de um escrito cristão conservado em pergaminho é o Diatéssaron de Dura-Europos, da primeira metade de século II d.C. Do Novo Testamento não se conservaram manuscritos em pergaminhos anteriores ao século IV.
 Inicialmente, os papiros referentes a um livro eram emendados e enrolados, formando um rolo ou volume (“enrolar” em latim). Esse tipo de rolo era conhecido em hebraico como megilla. Um rolo podia conter um livro da mesma extensão de Isaías. O Pentateuco necessitava de cinco rolos. Os rolos eram guardados em grandes jarros de cerâmica, do mesmo modo que foram encontrados os manuscritos do Mar Morto.


 AS LÍNGUAS DA BÍBLIA
1) Hebraico.
 Os cananeus, povos primitivos da Palestina, falavam uma língua semelhante ao hebraico e passaram essa herança aos israelitas.
 O Hebraico é conhecido como a língua de Canaã ou mais frequentemente como judaico. Os primeiros israelitas começaram a falar esta língua quando chegaram a Canaã.

“Naquele tempo haverá cinco cidades na terra do Egito que falarão a língua de Canaã e farão juramento ao Senhor dos Exércitos; e uma se chamará: Cidade de destruição”. Is 19.18

 O alfabeto hebraico possui 22 caracteres, todos eles consoantes. De 900 a 600 a.C., a ortografia hebraica era escrita só de consoantes. A partir daí começaram a utilizar as chamadas “matres lectionis” para indicar as vogais longas, principalmente no final das palavras. Com o passar do tempo, começaram a marcar também as vogais breves.
 A característica mais curiosa da língua hebraica e das semíticas é a composição trilítera das raízes. Da mesma raiz podem derivar verbos e substantivos com o mesmo significado. Exemplo: as três consoantes “MLK” formam o substantivo “MeLeK” (rei) ou a forma verbal “MaLaK” (ele reinou). Somente pelo contexto se pode obter uma dedução clara de forma utilizada.

2) Aramaico.
 A língua, o aramaico, passou a ser utilizada nas negociações diplomáticas e no comércio em todo o Oriente Médio, a partir de 750 a.C., aproximadamente.
 Após o exílio na Babilônia, o aramaico começou a suplantar o hebraico na conversação cotidiana dos israelitas. Por isso, havia a preocupação em copiar as Escrituras Sagradas em hebraico, para não se esquecerem da língua escrita e falada.
 Há diversas frases em aramaico, como por exemplo, “taalitha Kúmi” (menina, levanta-te!); “abba” (Pai) e “Eli, Eli lama sabachtâni” (palavras de Jesus na cruz: Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?).

3) Grego.
 O Novo Testamento foi escrito em grego.
 O grego bíblico possui características especiais. Os escritores pagãos possuíam aversão à língua do Novo Testamento, distante do grego clássico. Os apologistas cristãos, como Crisóstomos, Agostinho ou Jerônimo, tratavam de justificar o estilo “simples” e “popular” dos textos.


 AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
1) A Septuaginta.
 Logo após o cativeiro babilônico, a língua hebraica já não era tão mais falada por sofrer influencia do idioma aramaico em uso corrente na Babilônia.
 A tradução grega foi feita por 72 sábios judeus (por isso o seu nome Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C. Da seleção desses 72 sábios, seis eram de cada tribo de Israel, os quais foram enviados a Alexandria. Os sábios judeus se isolaram em locais preparados antecipadamente e ali traduziram o Antigo Testamento para o grego. Isso ocorreu por volta do ano 250 a.C.
2) Vulgata latina.
 No século II d.C., o “latim” substituiu o grego, tornando-se, durante muitos anos, a linguagem diplomática da Europa. Por isso, o bispo Dêmaso, em 382 d.C., encarregou São Jerônimo de traduzir da Septuaginta para o latim o livro de “Salmos” e o “Novo Testamento”.
 Essa tradução ficou conhecida por “Vulgata” e foi a base de todas as traduções durante os mil anos seguintes. No Concílio de “Trento” (1545 – 1547), a igreja católica proclamou a Vulgata como autêntica versão das Escrituras em latim.

3) Versão de João Wicliffe (1383).
 O inglês John Wicliffe agrupou as palavras-chave dos duzentos idiomas falados em sua pátria e fez deles uma língua. Traduzindo quase todas as Escrituras Sagradas, partindo-se da Vulgata Latina.
 Seu objetivo, com isso, era dar aos ingleses uma versão no seu próprio idioma. Conseguiu o seu intento e fez uma versão da Bíblia inteira para o inglês, a partir da Vulgata.

4) As traduções de Lutero e Tyndale.
 Chegamos agora ao tempo da invenção da imprensa, por Gutenberg, na Alemanha, em 1454. Essa foi uma tremenda ajuda para a propagação da Palavra de Deus.
 Por volta dos anos 1521 e 1522, na Alemanha, Martinho Lutero traduziu o “Novo Testamento” do grego para o alemão popular e, logo após, segue seu intento iniciando a tradução de todo o Antigo Testamento diretamente do hebraico, terminando onze anos mais tarde, mais precisamente em 1534.
 O inglês William Tyndale, da mesma época de Lutero, empenhou-se na grande tarefa de colocar a Bíblia na mão de seu povo. Para tanto, deixou a Inglaterra, em 1524, e foi para a Alemanha, certo de que essa campanha seria impossível em sua pátria. Ao fim de um extenuante ano de trabalho, Tyndale lança o Novo Testamento em inglês, baseado nos idiomas que Wicliffe havia reunido. Em oculto, no ano 1526, cerca de seis mil cópias da poderosa Palavra de Deus foram distribuídas.
 Os sofrimentos viriam para pôr em prova o povo de Deus. O bispo Tunstall e o cardeal Wolsey, líderes da oposição à Bíblia, prenderam dezenas de pessoas, queimaram vivos todos os condenados à morte e enviaram agentes à Alemanha para prender Tyndale e o levarem vivo à Inglaterra. Tyndale foi preso e queimado em praça pública, em Antuérpia.

 Deus não deve a sua existência a ninguém, porque Ele é o principio e o fim, o Alfa e o Ômega.

“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Sl 90.2

 Esta expressão refere-se à existência eterna de Deus, que não tem começo nem fim. Eternidade (hb. Olam) não significa em primeiro lugar que Deus transcende o tempo mas, sim, que é infindável no tempo. As escrituras não ensinam que Deus existe num tipo eterno de tempo presente, onde não há nem passado nem o futuro. ( ).
 A existência de Deus é um fato incontestável. A Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus, mas começa o seu primeiro versículo falando de Deus, como a principal personagem em todo o Universo.

“No principio, criou Deus os céus e a terra”. Gn 1.1


 Deus é Onipresente.
 Ele está presente em todos os lugares a um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos. (Sl 139.7-12) Deus está ali; Deus observa tudo quanto fazemos. ( )( )

 Deus é Onisciente
 Ele sabe todas as coisas. Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nosso próprios pensamentos (1 Sm 16.7). Quando a Bíblia fala da presciência de Deus (Is 42.9), significa que Ele conhece com precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exeqüíveis, reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados (1 Sm 23.10-13). A presciência de Deus não subentende determinismo “filosófico”. Deus é “plenamente soberano” para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na história, segundo sua própria vontade e sabedoria.

 Deus é Onipotente.
 Ele é Todo-poderoso e detém a autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18).


 Deus é Eterno.
 Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que Deus não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (Sl 90.4), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU” (Ex 3.14).

 Deus é Imutável.
 Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm 14.1-20).

 O mundo rejeitou este caminho de redenção, seguindo as filosofias vãs da imaginação humana, como o apóstolo Paulo afirma no capitulo 1º de Romanos.
 Essas filosofias resultaram no caos em que o mundo hoje se encontra.

“Os sábios foram envergonhados, foram espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, teriam?”. Jr 8.9

 Crenças errôneas ( ) – O agnosticismo – expressão originada de duas palavras gregas que significam “não saber”, nega a capacidade humana de conhecer a Deus. A mente finita não pode alcançar o infinito, declara o agnóstico. Não podemos compreender Deus, isto é, conhece-lo inteira e perfeitamente; mas podemos aprender, isto é, ter uma concepção da sua Pessoa. ( )
 Crenças errôneas – O politeísmo – culto de muitos deuses, era característico das religiões antigas e pratica-se ainda hoje em muitas terras pagãs. Baseia-se ele na idéia de que o universo é governado, não por uma força só, mas sim por muitas, de maneira que há um deus da água, um deus do fogo, um deus da montanhas, um deus da guerra, etc. Abraão foi chamado a separar-se do paganismo e a tornar-se uma testemunha do único verdadeiro Deus; sua chamada foi o começo da missão de Israel, a qual era pregar o monoteísmo (o culto a um só Deus), o contrário do politeísmo das nações vizinhas.
 Crenças errôneas – O panteísmo – é o sistema de pensamento que identifica Deus com o universo. Árvores e pedras, pássaros, terra e água, répteis e homens – todos são declarados partes de Deus, e Deus vive e expressa-se a si mesmo através das substancias e forças como a alma se expressa através do corpo.
 Crenças errôneas – O materialismo – nega qualquer distinção entre a mente e a matéria; afirma que todas as manifestações da vida e da mente e todas as forças são simplesmente propriedades da matéria. O homem é simplesmente um animal, declaram eles, pensamento que com isto poderão extinguir o conceito generalizado acerca da superioridade do ser humano e do seu destino divino.
 Crenças errôneas – O deísmo – admite que haja um Deus pessoal, que criou o mundo; mas insiste em que, depois da criação, Deus o entregou para ser governado pelas leis naturais.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Escatologia

ESCATOLOGIA

Escatologia é uma palavra que no original grego se subdivide em dois termos:

• ESKATOS = Significa "último"
• LOGIA = Significa "estudo"

Portanto, ESCATOLOGIA significa "Estudo das Últimas Coisas" ou "Estudo das Coisas Futuras".


POR QUE ESTUDAR A BÍBLIA E AS PROFECIAS?

A Bíblia nos exorta a crescer no conhecimento da Palavra de Deus, inclusive nos acontecimentos proféticos:

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” (2 Pe 1:19)

“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22:29)

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15)

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Tm 3:16-17)

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4:7-8)

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1:3)

“Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.” (Ap 22:7)


PRÉ-TRIBULACIONISMO:

O arrebatamento da Igreja acontece antes da Grande Tribulação.

“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3:10).

A Igreja não passará pela tribulação, porque:
• A Bíblia nunca assim o declarou explicitamente.
• Ap 1 fala do passado (“as coisas que vistes”); Ap 2 e Ap 3 do presente (“as coisas que são”); Ap 4 até Ap 22 do futuro (“as coisas que hão de ser”). Depois de Ap 3 a Igreja nunca é mencionada. Em Ap 4, os 24 anciãos (símbolos da Igreja) já estão no trono antes de começar a Tribulação; em Ap 19:8, 14, a Igreja VOLTA a terra ao final da Tribulação; logo não estava aqui naquele período!
• Cristo prometeu à Igreja verdadeira “Eu te guardarei da hora da tentação” Ap 3:10.
• Ap 15:1; 16:1, 19 dizem que a Grande Tribulação é um período de juízo sobre um mundo ímpio, a Igreja apóstata e Israel rebelde. Usam expressões fortíssimas: “flagelo”, “vinho do furor de Deus”, “7 taças da cólera de Deus”! Mas Jo 5:24, Rm 5:9, 1 Ts 1:10; 5:9 nos garantem que o salvo “não entra em juízo”, “não foi destinado para a ira”, e “Jesus nos livra da ira vindoura”.
• A Grande Tribulação, embora afetando o mundo inteiro, é primordialmente para castigar Israel Jr 30:4-9; Dn 12:1; Mt 24:15, 21.
• Não há nenhum sinal cronológico quanto à vinda de Cristo para arrebatar a Igreja; mas há muitos sinais cronológicos (“1260”, “2520 dias”, “tempo, tempos e metade de tempo”, “42 meses”, etc.) que se aplicam só a Israel.
• Dn 9:25-27 profetizou 70 semanas para Israel e Jerusalém. Na 69ª semana, Israel rejeitou e crucificou seu Senhor. Por isso a “fita” de Israel foi interrompida e acionada a da Igreja. Completada esta, será reacionada a fita de Israel, para cumprir-se a 70ª semana, a Grande Tribulação, chamada “Tribulação de Jacó” em Dn 12:1; Jr 30:7; Ap 12:7-9. Como a Igreja não esteve presente nas primeiras 69 semanas, não estará na 70ª (última).
• A trombeta de 1 Co 15:52 (instantânea, relacionada com o Arrebatamento) é diferente daquela de Ap 10:17; 11:15-19 (prolongada; relacionada com juízo)!
• José (tipo de Cristo) casou-se com Azenate (tipo da Igreja) quando estava rejeitado pelos seus irmãos (tipo de Israel) e antes dos 7 anos de fome (Gn 41:45). Enoque foi arrebatado antes do dilúvio (Jd 14-16; Gn 5:24). Noé, antes das águas (Gn 6; Lc 17:26-27,30). Ló, antes do fogo (Gn 19; Lc 17:28-30).
• A Igreja, o corpo de Cristo, é uma só com Ele e em Ele. Portanto, se a Igreja passasse pela 70ª semana, o próprio Cristo passaria pelo julgamento e castigo de Deus, o que é impossível (Hb 9:25-27).
• Se a Igreja passasse pela Tribulação, como todos nesse período terão que se sujeitar ao Diabo (Ap 13:7), então Cristo estaria sujeito ao Diabo ou deixaria de ser o Cabeça da Igreja.
• A igreja é o sal da terra e a luz do mundo. Somente quando a Igreja (“o sal”) for retirado é que o mundo entrará em completa e veloz putrefação moral e espiritual, resultando na Grande Tribulação (Mt 5:13-16; 2 Ts 2:6-10).


PRÉ-MILENISMO DISPENSACIONALISTA:

A Grande Tribulação corresponde à 70ª semana de Daniel (Dn 9:24-27) e acontece antes do Milênio (2 Tm2:12; Ap 20:6).
O Pré-milenismo ensina que Jesus Cristo voltará antes do período milenar (Dn 2:35; Dn 7:27; Sl 2:8-9; Zc 8:23; Ap 5:10; Ap 20:4-6).
Esse entendimento começou a desaparecer com o início da igreja católica, no tempo de Agostinho (354-430 A. D.). O Catolicismo unido com o Estado, na época de Constantino, fez esmorecer a esperança da volta de Jesus.
Os amilenistas (como são conhecidos), não crêem na literalidade do Reino Milenial de Jesus Cristo aqui na Terra. Para eles, o Milênio é uma realidade puramente “espiritual”, que se estende do primeiro advento ao segundo advento de Cristo, período este que já completou quase 2000 anos e que culminará na Grande Tribulação, para a restauração da igreja e o progresso do testemunho do evangelho.
Eles são preteristas e não futuristas e afirmam, ainda, que os eventos dos fins dos tempos já se cumpriram no ano 70 d. C., quando da destruição do templo de Jerusalém, pelas legiões romanas do General Tito.
Devemos nos lembrar que, em Mt 24:15, o Senhor Jesus não está se referindo à destruição do templo em 70 d. C., mas Ele está falando dos tempos do fim.
Mateus 24 menciona algo que se cumprirá apenas nos tempos do fim: "a abominação da desolação" (v. 15) e o versículo 30 prova que os eventos dos fins dos tempos não se resumiram à destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d. C., pois o próprio Senhor Jesus Cristo voltará ao seu final.
Devemos observar a "Lei do Duplo Cumprimento", que diz que antes do infalível cumprimento "maior" (literal + completo + definitivo) de uma profecia, às vezes a mesma pode ser cumprida somente num sentido "menor" (simbólico + incompleto + temporário). Ex: a profecia de Jl 2:28-32 (referente ao fim dos tempos), cumprida em escala menor no Pentecostes (At 2:17-21); a destruição de Jerusalém no ano 70 d. C., que é uma "pequena amostra preliminar" da profecia de Dn 9:26, que de modo algum substitui ou impede o cumprimento total e literal da mesma, etc.
Lembremos que sempre houve pré-milenistas. Durante a Reforma, os anabatistas ajudaram a reviver o pré-milenismo.
As bases Bíblicas para o pré-milenismo [embora Ap 20:1-7 seja um forte apoio] são desenvolvidas no A.T. e N.T.

“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos...” (Ap 20:4)

As alianças do A.T. com Abraão e Davi estabelecem uma promessa incondicional de um reino em Canaã liderado pelo definitivo Filho de Davi (Is 65).


FUTURISMO:

É uma maneira de se entender as profecias do Apocalipse, segundo a qual, virtualmente todos os eventos ali descritos ocorrerão no futuro, durante a Grande Tribulação, na 2ª vinda de Jesus Cristo e no Milênio.
O futurismo teve aceitação ampla na Igreja primitiva, que acreditava nos eventos futuros. Um terço da Bíblia é profecia e a maior parte dela versa sobre o futuro. Uma abordagem literal das escrituras será futurista conseqüentemente.
As vantagens do futurismo são relacionadas a textos da Bíblia que indicam a vinda pessoal e física de Jesus a terra pela segunda vez (At 1:9-11; Lc 21:27).
Na Bíblia lemos sobre dias, meses e anos, que devem ser aceitos literalmente.



Como se distinguem entre si "o Dia de Jesus Cristo", "o Dia do Senhor" e o "Dia de Deus"?

Na 1 Tessalonicenses, o apóstolo Paulo fala principalmente do "Dia de Jesus Cristo" (arrebatamento) e na 2 Ts fala do "Dia do Senhor" (Tribulação). No versículo 1, da 2 Ts, ele menciona a "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" e a nossa "reunião com Ele" (arrebatamento). No versículo 2, do mesmo capítulo, ele fala do "Dia do Senhor".
Vejamos as diferenças:

O "Dia de Jesus Cristo" foi revelado somente no N. T. e se aplica unicamente à Igreja de Jesus. Ele está relacionado quase sempre com bênçãos, com promessas e com a esperança da glória de Cristo. Ele diz respeito ao arrebatamento, retorno dos crentes renascidos para o reino do Pai (a casa do Pai), mas também ao tribunal de Cristo que vai acontecer nessa ocasião. (1 Co 1:7-8; 5:5; 2 Co 1:14; 5:10; Fp 1:6, 10; 2.16; Cl 3:3-4; 1 Ts 4:15-18; 2 Ts 2:1; 1 Tm 6:14; 2 Tm 4:8; 1 Pe 1:7; 4:13 e 1 Jo 2:28).
O "Dia do Senhor" tem a ver com o justo juízo de Deus que cairá sobre o mundo incrédulo e castigará a rebelião contra Ele. Trata-se da intervenção evidente e visível de Deus nos acontecimentos deste mundo. Esse “dia” (semana de anos) é o dia da Grande Tribulação e começa depois do "Dia de Cristo", ou seja, depois do arrebatamento. (Is 2:12, 19; Ez 30:3; Jl 1:15; 2:1-2; Sf 1:14; Zc 14:4-5, 8; At 2:19-20; 1 Ts 5:1-5; 2 Ts 2:2, 10-12; 2 Pe 1:16; 3:10; Jd 14-15; Ap 6:15-17).
O "Dia de Deus" é (após todos os acontecimentos mencionados anteriormente) o dia em que o próprio Deus triunfará definitivamente, depois que todo o mal tiver sido afastado e tudo estiver implantado na nova situação eterna e permanente, quando Deus será tudo em todos. (1 Co 15:25-28; 2 Pe 3:12-13).

A Importância de estudarmos as 70 semanas de Daniel:

Por que os líderes espirituais de Israel negligenciaram completamente a profecia das 70 semanas de Daniel?
A resposta é realmente bem simples. Vários séculos antes de Jesus Cristo nascer, os líderes judeus começaram a aceitar e a propagar dois ensinos terrivelmente errôneos.

. Primeiro, ensinavam que as Santas Escrituras não deveriam ser interpretadas literalmente, alegando que não eram totalmente inspiradas por Deus e, portanto, continham erros.
. Segundo, ensinavam que as profecias não deviam ser interpretadas literalmente, mas deveriam ser espiritualizadas.

Os livros proféticos, como Daniel, não eram mais lidos, pois continham muitas profecias. Após a passagem de várias gerações, esse pouco caso com as profecias ficou solidificado, e os líderes espirituais no tempo de Jesus desconheciam completamente as 70 semanas de Daniel, dando mais valor às tradições. Assim, "não conheceram o tempo da sua visitação" (Dn 9:25; Lc 19:44).
O mais absurdo é que os magos pagãos que visitaram o menino Jesus conheciam os escritos de Daniel, haja vista que Daniel viveu entre os antepassados deles, na corte do Rei Nabucodonosor. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época daquela profecia se cumprir.
O significado do estudo das profecias para os dias de hoje é simples e óbvio. O mesmo ensino errôneo que nega a inspiração e a inerrância das Escrituras está sendo propagado nos dias atuais.
A maioria das pessoas não sabe que mais de trezentas profecias referentes à segunda vinda de Jesus Cristo já se cumpriram ou estão sendo cumpridas. Essas pessoas não sabem que isso nunca ocorreu antes!
Portanto, muitas pessoas estão negligenciando as profecias e perderão a segunda visitação de Jesus Cristo, correndo assim grande perigo espiritual.
Jesus disse enfaticamente aos judeus que aqueles que conhecem as profecias sobre sua segunda vinda poderão saber quando Ele estará às portas (Mt 24:33). Ele também disse qual tipo de atitude precisariam ter ao virem a proximidade da Sua segunda vinda. Ele disse:

“E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (Mc 13:37).

Isso significa que nós também (igreja) devemos estar atentos aos eventos mundiais e ler nossas Bíblias diariamente, para que o Espírito Santo nos mantenha fiéis a Jesus Cristo, nesta época de tanta enganação espiritual. É bom lembrarmos que já estamos vivendo em dias como os de Noé! (Mt 24:37).
No entanto, precisamos também aplicar outro ensino que aprendemos com essa profecia das setenta semanas: Deus é meticuloso no cumprimento de todas as suas profecias. Ele nos diz “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará, ninguém faltará com a sua companheira; porque a minha boca tem ordenado, e o seu espírito mesmo as tem ajuntado” (Is 34:16).
Nenhuma das profecias de Deus falhará, de modo que Ele nos instrui a "buscar" as profecias aplicáveis para que as conheçamos e não sejamos surpreendidos quando forem cumpridas.

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

Texto chave: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9:24-27)

Quando Deus deu a profecia das 70 semanas a Daniel, Israel estava cativo na Babilônia. No entanto, Deus já tinha anunciado anteriormente, por meio do profeta Jeremias, que esse cativeiro duraria setenta anos (Jr 25:11-13; 19:10). Esse período de setenta anos estava terminando rapidamente.


CÁLCULO DAS 70 SEMANAS:

Calendário bíblico ou profético:

Mês=30 dias
Ano=360 dias

O ano bíblico ou profético tem uma duração de 360 dias, pois em Gênesis 7:11 e 8:4 temos "cinco meses" (tempo do dilúvio), e em Gênesis 7:24 e 8:3, a sua quantidade em dias = 150 dias. Logo cada mês tem 30 dias.
Portanto, o ano bíblico ou profético tem 12 X 30 = 360 dias.
Em Apocalipse 11:3, 12:6 e 13:5, a expressão 1260 dias equivale exatamente a 42 meses (42 x 30 =1260) ou seja 3 anos e meio.
É bom lembrar, ainda, que Dn 7:2 fala em 42 meses. Por outro lado, Dn 12:7 e Ap 12:14, ambos falam em “... um tempo (1 ano), tempos (2 anos) e metade do tempo (6 meses)” o que equivale a 3 anos (de 360 dias) e meio, ou seja, 1260 dias.
As 70 semanas de Daniel são semanas de anos e não de dias. O termo semana referindo-se a sete anos era comum entre os judeus. O termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-8 para cultivar um campo por seis anos, permitindo que descanse no sétimo ano. Esse período de sete anos veio a ser conhecido como “semana de anos” (ver também: Gn 29:27; Lv 25:8; Ez 4:5-6 e Dn 9:2, 24).

“Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.” (Lv 25:8)

Total de anos: 70 (semanas) x 7 (anos) = 490 anos, com um total de 176.400 dias (no calendário bíblico ou profético).

Semanas que já se cumpriram: 69 semanas
Quantidade de anos das 69 semanas: 69 x 7 = 483 anos.
Quantidade de dias das 69 semanas: 483 x 360 = 173880 dias.

INÍCIO DAS 69 SEMANAS: (7 semanas + 62 semanas) = 483 anos

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” (Dn 9:25)

“Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele.” (Ne 2:1)

No mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes = Março de 445 a.C.


7 SEMANAS = 49 anos (É o período da reconstrução dos muros de Jerusalém)

Esse primeiro período tem duração de 7 semanas (= 49 anos), que se inicia com o decreto para a reconstrução dos muros de Jerusalém. Tendo começado em 445 a. C., culminou em 396 a. C., exatamente 49 anos, conforme profetizado.
A história registra que o rei medo-persa Artaxerxes emitiu o decreto autorizando a reconstrução, em 14 de março de 445 a. C.
Se você estudar o livro de Neemias, verá o relato da migração dos judeus para reconstruírem os muros de Jerusalém após esse decreto. Neemias assumiu a liderança dos esforços para a reconstrução, que foi realizada com tantas dificuldades e sob tantas ameaças dos inimigos, que os construtores carregavam espadas na cintura enquanto trabalhavam na reedificação dos muros.

Decreto para reedificar os muros de Jerusalém:

“Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele. E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira. E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo? E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus, e disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. Então o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo. Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do rio, para que me permitam passar até que chegue a Judá. Como também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, para o muro da cidade e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim.” (Ne 2:1-8).

Foi um período difícil onde encontraram oposição de Sambalate e Tobias e tiveram de trabalhar armados, pois a qualquer momento podiam ser atacados.

“E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo. E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros. No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós. Assim trabalhávamos na obra; e metade deles tinha as lanças desde a subida da alva até ao sair das estrelas. Também naquele tempo disse ao povo: Cada um com o seu servo fique em Jerusalém, para que à noite nos sirvam de guarda, e de dia na obra. E nem eu, nem meus irmãos, nem meus servos, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos as nossas vestes; cada um tinha suas armas e água.” (Ne 4:16-23).

Porém Neemias confiava em Deus, sabia que o Senhor estava com eles e completaram a reconstrução dos muros.

“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinqüenta e dois dias. E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.” (Ne 6:15-16).


62 SEMANAS = 434 anos

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos” (Dn 9:25).

Este período de 434 anos foi de 396 a. C. (quando terminaram a reconstrução dos muros de Jerusalém) até 32 d. C. (data da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando Ele foi aclamado Rei).

“E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos”. (Lc 19:37-39)

A profecia de Daniel estipulava que o Messias seria apresentado a Israel e que seria morto após a passagem de 69 semanas de anos (7 + 62 semanas= 483 anos ou 173.880 dias).
Portanto, podemos esperar que 173.880 dias após o período inicial dado na profecia (Março de 445 a. C.), o Messias se apresentaria a Israel como o Rei.
No ponto exato na história, Israel podia esperar que o Messias se apresentasse. Que grande notícia!
Isso significava que Israel não poderia deixar de reconhecer o Messias! Tudo o que os israelitas precisavam fazer era contar, acompanhar os eventos daqueles dias que se desdobravam e conhecer essa profecia.
Jesus tinha todo o direito de esperar que as pessoas soubessem quando Ele apareceria, pois esse segredo precioso tinha sido revelado ao profeta Daniel mais de 500 anos antes.
Vemos Jesus chorando pelo povo de Jerusalém, pois não o reconheceram como o Messias:

“E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação”. (Lc 19:41-44).

Logo após, Ele foi crucificado e morto (“cortado”):

“E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo...” (Dn 9:26a)


FINAL DAS 69 SEMANAS (= 483 anos judaicos ou 173.880 dias) = Crucificação de Jesus Cristo

“Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.” (Is 53:8).

Calculando o final das 69 semanas: (173.880 dias)

John MacArthur Jr., em seu livro "The Future of Israel", Word of Grace Communications, páginas 21 e 22, nos relata que:

“Os estudiosos mais conservadores compreendem que Dn 9:26a refere-se a Jesus Cristo, não no seu nascimento, mas em sua apresentação como o Príncipe, o Messias.
Existem dois eventos na vida de Cristo em que Ele foi apresentado oficialmente. Um foi no seu batismo e o outro foi quando entrou triunfantemente em Jerusalém. Esse último evento tornou-se conhecido como Domingo de Ramos. Quando ocorreu? O Messias Jesus veio a Jerusalém na Páscoa, em 6 de Abril de 32 d. C.
- Quando contamos de 14 de Março de 445 a. C. até 6 de Abril de 32 d. C., temos 477 anos e 24 dias. No entanto, precisamos deduzir um ano porque há somente um ano entre 1 a. C. e 1 d. C. Isso nos dá 476 anos e 24 dias, ou 173.764 dias.
- Em seguida, precisamos adicionar 119 dias referentes aos anos bissextos durante esse período de 476 anos (476 dividido por 4). Agora, temos 173.883 dias.
- No entanto, existe uma pequena imprecisão no calendário juliano quando comparado com o ano solar. O Observatório Real de Londres calcula que um ano juliano é 1/128 dias mais longo que o ano judaico solar. [Nota: É por esse motivo que os anos terminados em 00 não são bissextos, exceto quando divisíveis por 400]. Quando multiplicamos 476 por 1/128, temos 3 dias. Subtraindo 3 do valor acima, chegamos a 173.880 dias”.

Portanto, existem exatamente 69 Semanas de Anos (173.880 dias) entre o decreto do rei Artaxerxes, que permitiu a reconstrução de Jerusalém, em 14 de Março de 445 a. C., até o Domingo de Ramos, em 6 de abril de 32 d. C.!!
Deus anunciou o dia exato em que o Messias se apresentaria a Israel como seu Rei!


ERA DA IGREJA – TEMPO DOS GENTIOS:

A era da igreja começou no dia de Pentecostes e vai até o arrebatamento da mesma. Esta era também é conhecida como dispensação da graça.

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1:8)

“Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.” (Ef 3:1-7).

No livro de Apocalipse temos representadas a era da igreja em diversas épocas, através das sete igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (a última igreja).

OBS: Este período não é contado como dentro das 70 semanas, pois não corresponde a "teu povo e a tua santa cidade" (Dn 9:24 - Israel e Jerusalém), mas sim à Igreja, pois a profecia é para Israel e Jerusalém. A igreja será arrebatada antes do início da 70ª semana.

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.” (Dn 9:24).

O termo "tempos dos gentios" é o período no qual Jerusalém estaria sob o domínio dos gentios, desde o cativeiro babilônico, continuando até hoje e continuará durante a tribulação. Terminando na 2ª vinda de Jesus a terra onde irá julgar as nações. (Dn 2:35).

Jerusalém foi invadida em 70 d. C. pelas legiões romanos do General Tito e o templo foi destruído e os judeus foram dispersos pelo mundo.

“E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” (Lc 21:24).

“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.” (Rm 11:25)
A natureza da igreja:
A Igreja é um mistério (Ef 3:3-4), judeus e gentios se unem em um só corpo. A Igreja tem promessa de libertação do tempo da ira de Deus, durante a Tribulação (1 Ts 1:9-10 e 1 Ts 5:9). Nenhum cristão verdadeiro (portanto, somente os realmente “nascidos de novo” – João 3) permanecerá na terra durante a tribulação.
A exortação neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Jesus Cristo (Jo 14:1; 1 Ts 4:18) não mais teria sentido se os crentes tivessem que passar por qualquer porção da Tribulação!

A obra do Espírito Santo:

Sabe-se que durante a Grande Tribulação reinará na terra o anticristo, do qual Paulo fala em 2 Ts 2. Lemos ainda nos versos 6 e 7 que Alguém o detém, e somente Deus, através do Espírito Santo, pode detê-lo. E Ele continuará a deter o plano e o programa de Satanás até a hora certa e então "Ele" [o Espírito Santo] tirará sua força restritora ao poder do mal, quando sua presença (dentro do coração dos cristãos) sairá juntamente com a igreja.
Deus pode [e acredito que irá] simplesmente retirar sua mão restritora dos assuntos terreais e permitir que Satanás tenha liberdade total durante certo período de tempo (até porque, o Espírito Santo, sendo Deus, é onisciente e não poderá deixar de estar presente).


DIFERENÇAS ENTRE ISRAEL E A IGREJA:

É muito importante saber que Deus tem dois povos: Israel e a Igreja. Mas isso não implica que haja dois modos de salvação. A Bíblia claramente diz que Jesus Cristo, em Sua obra redentora, é o Único Caminho, uma vez que judeus e gentios são descendentes do mesmo homem caído - Adão.

Israel é particularmente uma escolha de Deus, por várias razões. Entre elas:

• uma propriedade particular e nação santa (Êx 19:5-6);
• um povo que revelaria ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8);
• Israel deveria trazer o Messias ao mundo e a salvação aos gentios (Rm 9:4-5; Jo 4:22).

Estes são aspectos importantes de Israel. Nenhum cristão deve negar esses aspectos quando leva a sério as Escrituras.

A Igreja é uma obra à parte do povo judeu. Isso por inúmeras razões.

Vejamos algumas mais importantes:

• a Igreja nasceu em Pentecostes e Israel há muitos séculos. Para provar isso lemos em Mt 16:18 que a Igreja ainda seria edificada;
• a Igreja só poderia existir após certos acontecimentos no ministério de Jesus Cristo. A ressurreição e ascensão são inclusos nesses eventos, bem como a capacitação do Espírito Santo através de dons;
• a Igreja é um mistério, referência nunca dada a Israel. Na Bíblia lemos algumas características que demonstram a Igreja ser um mistério: judeus e gentios são unidos em um só corpo (Ef 3:3-6); Cristo em cada crente (Cl 1:27); a Igreja como noiva de Cristo (Ef 5:32); o arrebatamento da Igreja (1 Co 15:51-52);
• o relacionamento entre judeus e gentios na Igreja é peculiar, completamente diferente do relacionamento incrédulo entre ambos (Ef 2:11-16). Deus ainda salva pessoas judias e gentios combinando-os em um terceiro organismo completamente novo, a Igreja;
• a distinção em Gl 6:16 é clara: “Israel de Deus” é logicamente uma referência aos judeus convertidos ao Cristianismo. Isso mostra também a separação do Israel incrédulo, a quem Paulo chama de “Israel segundo a carne” em 1 Co 10;
• no livro de Atos, Israel e a Igreja existem simultaneamente, o termo Israel é mencionado 20 vezes e o termo Igreja, 19 vezes.

Israel e a Igreja são vistos como dois organismos diferentes pela Bíblia. Se fosse apenas um não haveria necessidade da restauração de Israel.
Não é correto fundir Israel e a Igreja em um único objeto apenas, pois além de todas as razões já vistas, lemos no N.T. o arrebatamento da Igreja e não de Israel, o qual passará pela Tribulação e ao fim da mesma se converterá a Jesus Cristo, contemplando Aquele a Quem transpassaram.
Uma distinção entre Israel e a Igreja, conforme ensinada na Bíblia, oferece mais uma base de apoio ao arrebatamento pré-tribulacional.


ARREBATAMENTO DA IGREJA:

“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14:2-3)

O propósito de Cristo, no arrebatamento, é receber Sua noiva (o conjunto de todos os salvos do N.T.= igreja) em eterna e bendita união (Ef 5:27; Ap 19:6-8; 22:20). Retirada a Igreja (seu sal), o mundo rapidamente entrará no mais completo estado de putrefação moral e espiritual (Gn 6:3; Mt 5:13-16; 2 Ts 2:6-8).
Os corpos de todos os que morreram em Cristo (logo, só os salvos do N.T.) serão ressuscitados. Uma fração de segundos depois, os corpos de todos os salvos, então vivos, serão transformados.
“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (I Ts 4:17)


AS RESSURREIÇÕES:

Imediatamente após a morte, vai-se para um estado real e consciente: os salvos para o Paraíso, para gozo inefável (2 Co 5:6-9); os perdidos para o inferno, para sofrimento indescritível (Lc 16:19-31).
A Bíblia ensina sobre a ressurreição física, corporal, literal (Gn 22:5; 1 Rs 17:21-22; Lc 14:13-14; 1 Co 15:20-22; 1 Ts 4:16-17; Ap 20:4-6, 12-13).

• Há 2 ressurreições distintas:

- A 1ª ressurreição (para a vida) é em etapas:

• Etapa Primícias: Cristo, quando ressuscitou (1 Co 15:23a; Mt 27:52-53);
• Etapa Igreja: Todos os salvos do N. T., no arrebatamento (1 Co 15:23; 1 Ts 4:16);
• Etapa das 2 testemunhas do Apocalipse: Moisés e Elias (Ap 11:11);
• Etapa V. T. + mártires da Tribulação: Todos os salvos do V. T. + os mártires da Tribulação, ao final dos seus 7 anos (Is 26:19; Ez 37:12-14; Dn 12:2-3; Ap 20:4);
• Etapa milênio: Necessariamente haverá ressurreição ou transformação dos corpos dos salvos do milênio. Mas a Bíblia não dá detalhes.

- A 2ª ressurreição (para a morte): ocorrerá após o Milênio (Jo 5:29b; Ap 20:5a, 11-13).


A IMINÊNCIA DA VOLTA DE JESUS CRISTO: (Iminência = “a qualquer momento”)

O momento do arrebatamento é e sempre foi IMINENTE.
Ao lermos o N.T. veremos que o ensino dado sobre a volta de Jesus Cristo aqui para arrebatar Sua Igreja é sem que ocorra algum evento precedente; isto é, não há nenhum sinal prévio e obrigatório para anteceder a vinda de Cristo à Igreja.
Portanto, o N.T. ensina a volta iminente de nosso Senhor Jesus Cristo.
O Novo Testamento uniformemente instrui a igreja a olhar para a volta de Jesus Cristo; ao passo que os santos da Tribulação são exortados a observar os sinais.

O Que é Iminência?

Uma definição bíblica para um fato iminente é descrita como segue:

• Um acontecimento iminente é aquele que está prestes a acontecer, a qualquer momento, sendo que outros fatos podem até ocorrer antes, mas nada precisa ocorrer antes de acontecer o evento iminente. Se houver necessidade de ocorrer algo antes, então o fato não é iminente.
• Se o fato é iminente, não existe um período de tempo pré-determinado ao fato; isto é, ele pode ocorrer a qualquer momento.
• Não existe uma data pré-estabelecida para um evento iminente, seja ela direta ou implícita.
• Um acontecimento iminente não pode ser “em breve”, porque um fato breve precisa ocorrer dentro de um período de tempo pequeno. Contudo, o fato iminente pode até ocorrer em um período pequeno de tempo, mas não precisa ser assim para ser iminente.

Nas Escrituras lemos a Doutrina da Vinda Iminente de Jesus Cristo à Sua Igreja, nos seguintes textos sagrados: 1 Co 1:7; 1 Co 16:22; Fp 3:20; Fp 4:5; 1 Ts 1:10; 1 Ts 4:15-18;1 Ts 5:6; 1 Tm 6:14; Tt 2:13; Hb 9:28; Tg 5:7-9; 1 Pe 1:13; Jd 21; Ap 3:11; Ap 22:7, 12, 20 e Ap 22:17, 20.
Nos textos acima verificamos a doutrina da iminência quando o leitor é ensinado a aguardar pacientemente a Vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo (observe que não há aviso prévio, apenas diz que Ele virá a qualquer momento).
A Igreja aguarda Alguém, Uma Pessoa - Jesus Cristo - e não uma série de eventos, pois todos os sinais que Jesus diz ocorrer em Mateus 24, por exemplo, estão relacionados com a Tribulação e a volta dEle, com Sua Igreja, para estabelecer Seu Reino Milenar. Porém, para o arrebatamento não há nenhum sinal deixado por Ele.
“Maranata” ou “Marah natha” significa Vem Nosso Senhor, um termo que só tem sentido se a vinda for a qualquer momento, isto é, iminente. Os cristãos antigos utilizavam esse termo como uma saudação (1 Co 16:22).
Não devemos nos esquecer que uma série de eventos tem ocorrido nos últimos anos, os quais nos levam a crer na Vinda de Jesus estar realmente às portas.
Observe que poderá ocorrer ainda este ano ou daqui a vários anos. A questão é que se vive em dias difíceis (2 Tm 3:1), onde a Igreja de Jesus Cristo padece, é atacada por uma variedade de investidas, às vezes partindo de dentro de si mesma.
A volta de Jesus Cristo deve ser aguardada a qualquer momento, mais agora do que nunca! Pode ser que Ele volte hoje!

[MAR (Senhor) ANA (nosso) THA (vem)]


Como devemos aguardar a volta de Jesus (arrebatamento da igreja)?

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2:11-14)

Só alcançaremos o nível espiritual e a vida santificada que o N. T. ensina, quando a espera pelo Senhor receber tanto espaço em nossos corações, como o tinha nas igrejas dos tempos apostólicos.
O Dr. Kaftan disse: “O maravilhoso poder da igreja primitiva residia única e exclusivamente em sua esperança viva pela volta visível e pessoal de Cristo”.






O TRIBUNAL DE CRISTO:

Antes das Bodas do Cordeiro os cristãos serão julgados diante do Tribunal de Cristo.

“De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Rm 14:12)

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (2 Co 5:10)
Tribunal em grego significa “bema”. O que é bema?
A Concordância Bíblica de Strong diz o seguinte: Bema, item 968: Bema, da base do grego 939; um passo, isto é, por implicação uma plataforma, ou seja, o assento do juiz no tribunal, colocar [o pé] em, trono. (ênfase nossa).
A imagem mental que Paulo está projetando para nós diz respeito a um de seus métodos favoritos de ilustração - o esporte da época - os jogos greco-romanos.
Bema era uma plataforma elevada na qual os juízes das diversas competições atléticas ficavam para premiar os vencedores. Isso se parece com o assento elevado de um juiz - alguém que detém o poder da vida e da morte em suas mãos? De forma alguma! É uma imagem de grande consolação para o cristão, pois combina o aspecto solene do julgamento com o de uma recompensa em potencial.
O termo em grego "Bema" se refere a um julgamento para galardões (recompensas) aos crentes, de acordo com as suas obras.
Nosso grande, misericordioso e gracioso Deus prometeu que o servo fiel não ficará sem recompensa!

“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” (Ap 22:12)

Observe o que Paulo tem a dizer na 1 Coríntios 3:11-15:

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.”

Jesus Cristo se assentará para julgar as obras dos membros do seu corpo, a sua noiva, a igreja, provando-as (as obras) pelo fogo. Observe a ordem descendente do seu valor relativo: "Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha". O ouro, a prata e as pedras preciosas resistem ao calor, mas a madeira, o feno e a palha são queimados. O Senhor determina o grau de valor e o fogo revelará o resultado.
Se as obras de um cristão forem inteiramente consumidas no processo e assim se revelarem inúteis, ele sofrerá a perda de não ser o "vencedor da corrida", porém sua salvação nunca estará em questão. Esse ponto foi definitivamente estabelecido na cruz do Calvário. Este julgamento não é para salvação, pois o crente foi julgado como pecador em Cristo e já está salvo:
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5:21)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.” (Gl 3:13)

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5:24)

A nossa salvação não depende de nossas obras, mas da obra redentora que Jesus fez por nós no calvário (Rm 8:1-2, 2 Co 5:21, Gl 3:13, Jo 5:24).

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” (Rm 8:1-2)

Os ímpios, aqueles que morreram sem a salvação, não serão ressuscitados/julgados nesse período, mas apenas após os 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na Terra.

“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição...“ (Ap 20:4-5). [Ver Ap 20:11-15]

Serão distribuídas várias coroas aos santos: 2Tm 4:8 (Coroa da Justiça aos que amam a Sua vinda); Tg 1:12 e Ap 2:10 (Coroa da Vida aos mártires) e 1 Pe 5:1-4 (Coroa da Glória aos presbíteros).
Elas são incorruptíveis (1 Co 9:25) e, ao contrário da salvação (que é imperdível), as coroas podem ser perdidas (Ap 3:11).


BODAS DO CORDEIRO:

Após o Tribunal de Cristo (Ef 5:27 e Ap 19:7-8), inicia-se a festa das Bodas do Cordeiro (de Jesus Cristo com sua noiva – a igreja):

“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11:2).

“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.” (Ap 19:7).





70ª Semana = A GRANDE TRIBULAÇÃO:

Quantidade de anos da 70ª semana: 1 (semana) x 7 (anos) = 7 anos.

Quantidade de dias da 70ª semana: 7 (anos) x 360 (dias do ano bíblico ou profético) = 2520 dias (divididos em dois períodos de 3 anos e ½, ou 1260 dias ou 42 meses).

OBS: Segundo as Escrituras o período total da tribulação é de sete anos, porém este tempo será abreviado por causa dos eleitos (Mt 24:22).

Esta última semana divide-se em dois períodos de 3 anos e ½ cada um:

• Anos: a expressão "um tempo, tempos e metade de um tempo" (Dn 7:25;12:7; Ap 12:14) se refere a "um ano, dois anos e metade de um ano", o que equivale a "três anos e ½".
• Meses: este período de três anos e meio equivale ao período de "quarenta e dois meses" mencionado na Bíblia (Ap 11:2; 13:5).
• Dias: o mesmo período também identificado na Bíblia por dias: "1260 dias" (Ap 11:3; 12:6; Dn 12:11, 12).

“E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9:27)

“E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” (Dn 7:24-25)

“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.” (Ap 11:2-3)

“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda.” (Mt 24:15)

Pela Bíblia, sabemos a duração da 70ª semana, mas não a data da 2ª vinda de Jesus Cristo.

“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.” (Mt 25:13)



A NATUREZA DA TRIBULAÇÃO:
Haverá um tempo de angústia e tribulação qual nunca houve nem há de haver depois. Nele, Deus derramará toda a Sua indignação, contida há milênios, sobre a terra.
Isto é ensinado no V. T. (Is 2:10-22; 24:17-21; 26:20-21; 34:1-3; Jr 30:4-9; Dn 12:1; Jl 1:15; 2:1; 3:14; Am 5:18-20; Zc 14:1-3); por Cristo (Mt 24:21-29); no N.T. (1 Co 1:8; 5:5; 2 Co 1:14; Fp 1:6-10; Ap 3:10; 7:14).

POR QUE IRÁ OCORRER A GRANDE TRIBULAÇÃO?

É claro que há motivos para essa determinação de Deus. De acordo com Dt 4:29-30 e Jr 30:7-11, vemos que a Grande Tribulação é primeiramente um tempo para restauração de Israel, período chamado de Dia do Senhor, Angústia de Jacó, Dia da ira de Deus (conforme Sf 2:3 e Lc 21:23).
Lemos ainda em Ob 14, Sf 1:15, 17 e Zc 14:1, outras definições para o período da Grande Tribulação, demonstrando tempos de “fogo” na terra, pois o planeta também precisa ser redimido e somente pelo fogo o será; afinal só sangue e fogo purificam (1 Co 3:13-15; 2 Pe 3:7).
Aqueles que insistem que o período da Tribulação servirá para remover "as máculas e as rugas" da igreja (Ef 5:27), antes que ela possa se apresentar diante de Cristo, negligenciam esse fato básico: as imperfeições humanas e toda mancha do pecado precisam ser removidas de nós como um pré-requisito para que possamos comparecer na presença de Deus - porém isso será realizado instantaneamente no arrebatamento (1 Co 15:50-58).
Tal crença forma a base para a falsa idéia do Purgatório, de modo que aqueles que acreditam que a igreja precisa passar por um período de "purificação" estão aceitando a mentira do Purgatório! Os cristãos que constituem a igreja são imaculados, pois Jesus Cristo nos imputou sua perfeição.
O Período da Tribulação objetiva fazer a purificação (Ap 7:9 e 14:4) e preparar a conversão nacional de Israel (compare com Ez 20:37-38; Zc 13:1, 8, 9).
Encontramos outro forte argumento para um arrebatamento anterior à Tribulação em 1 Ts 5:9, em que lemos:

"Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo."

Outro ponto interessante é que a igreja é mencionada freqüentemente até Ap 3, mas então no verso 1 do capítulo 4, João recebe uma súbita ordem "Sobe aqui" (simbólica do arrebatamento?) e a igreja não é mencionada novamente até muito mais tarde, onde a encontramos como a "esposa do Cordeiro", no capítulo 21.
Outros nomes que a Bíblia descreve a 70ª semana de Daniel: O dia da vingança de nosso Deus (Sf 2:3; Rm 2:5); o tempo da angústia de Jacó (Jr 30:7); o dia de trevas (Jl 2:2; Sf 1:15); o dia do Senhor (Jl 2:31; Am 5:18; etc); aquele dia (Ez 39:22); o grande dia (Sf 1:14; Ap 6:17); dia da ira (Pv 1:14; Ap 6:17).






Acontecimentos:

Os sofrimentos da 2ª metade da Tribulação são recapitulados, sob diferentes pontos de vista, nos 6 primeiros selos (Ap 6:1-17), nas 6 primeiras trombetas (Ap 8:2 - 9:21) e nas 7 taças (Ap 16:1-21):
- Pelo menos 2/3 da humanidade morre de fome e guerras e pestes;
- 1/3 da terra, 1/3 das árvores, 100% da erva verde são queimadas com fogo;
- 100% do mar e águas doces se transformam em sangue;
- 100% dos peixes morrem e os homens têm que beber sangue;
- os homens são atormentados por gafanhotos com poder de escorpiões (por 5 meses);
- os homens são crestados pelo sol, são cercados por terríveis trevas, e são atormentados por chaga má e fétida. Tudo isto fazendo com que: clamem que as montanhas caiam sobre eles, mastiguem as próprias línguas de dor e busquem a morte, mas em vão;
- a natureza desmaia, há um terremoto tão pavoroso qual nunca houve;
- o sol e a lua e as estrelas são escurecidos, as estrelas caem;
- todas as ilhas e montanhas não mais são encontradas, todas as cidades caem;
- granizo de pedras de 45 kg cai, com fogo, misturado com sangue!!!

Politicamente, ter-se-á o sistema do império romano levado à sua forma mais extrema, autocrática, cruel e blasfema. O Anticristo será o tirânico ditador mundial (Dn 2:40-43; 7:7-8, 19-26; 8:23-25; Ap 13:1-10).
Religiosamente, os 10 reis (sob o Anticristo) destruirão a prostituta [a igreja ecumênica e mundial] Ap 17:16-17. O Anticristo exigirá adoração de todos (Ap 13:4, 6-8). O Falso Profeta operará grandes sinais e forçará todos a adorarem o Anticristo e à imagem deste (Ap 13:13-15).
Dentre somente os que não tinham ouvido e entendido o evangelho durante a dispensação da Graça (2Ts 2:9-12), multidões serão salvas (Ap 7:9, 14), mas estarão sendo condenadas à decapitação (como os judeus dos campos de concentração foram condenados à câmara de gás e os cristãos da igreja primitiva eram lançados aos leões).
Economicamente, ter-se-á o caos e o último estágio da exploração humana (Tg 5:1-6). Quem não adorar o Anticristo e sua imagem (colocando sua marca na testa ou destra), não poderá nem comprar nem vender, e será condenado à decapitação (Ap 13:16-17). Um grande empório comercial será rapidamente erigido [Babilônia literal (no Iraque)? Ou seu sistema?], mas destruído em 1 hora, com os céus regozijando (Ap 18:10, 15).


2ª METADE DA 70 ª SEMANA = ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO:

“... e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” (Dn 7:24-25)

“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses...” (Ap 11:2)

“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda.” (Mt 24:15)

“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2 Ts 2:3-4)

Em Mt 24:16-28, o Senhor Jesus explica que o remanescente dos judeus deve fugir nesse período (veja também Ap 12:6) e que os dias serão abreviados para que os escolhidos sejam salvos (Mt 24:22) e falsos cristos e falsos profetas farão milagres e sinais (veja também Ap 13:13-14).
Gogue, Magogue e os reis da terra determinam destruir Israel (Ez 38, 39), mas são destruídos (Ap 20:8).
As 2 testemunhas de Deus pregam, imortais, com poder semelhante aos de Elias e Moisés (Ap 11:3, 5-6). 144.000 Israelitas, virgens, convertem-se e, imortais, pregam o evangelho do reino por todo o mundo (Mt 24:14; Ap 7:4; 14:3-5).
O Diabo, com seus exércitos, são arremessados na terra e ele faz tudo para destruir Israel completamente (Ap 12:3-4, 9).
O Falso Profeta ergue uma imagem do Anticristo no Templo (Dn 12:11; Mt 24:15; Ap 13:14-15).
Ao final, Jerusalém é cercada (Jl 3:12; Zc 14:2) e sua mais completa destruição parece inevitável.
As nações cercarão os Judeus na guerra do Armagedom:

“E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.” (Ap 16:16)

Final da 70ª semana:

O período terminará quando Jesus Cristo aparecer para resgatar os Seus eleitos (Rm 11:26) e estabelecer o Seu reino de 1000 anos (Mt 24:30-31; 25:31-46; Ap 19:11-21; 20:4-6).


A 2ª VINDA DE JESUS CRISTO:

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Dn 7:13-14).

“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24:29-30)

Jesus Cristo volta (Mt 24:27), destrói Seus inimigos na batalha do Armagedom (no vale e elevação de Megido), e salva Israel (Ap 14:15-20; 16:14, 16; 19:9).
Os acompanhantes da sua vinda serão os salvos de todos os tempos, em glória, com os anjos (Zc 14:5; Cl 3:4).
A natureza desmaia, tremendo terremoto move todas as ilhas e montanhas, cai granizo de pedras de 45 kg (peso de um talento), misturado com fogo e sangue.
"É lançada a foice" e espremido o lagar da ira de Deus. Os exércitos do Diabo e do Anticristo são mortos e seu sangue cobre 28,8 km, ou 1600 estádios (Na 1:8; Ap 14:20) até a altura de uns 1,50m (isto seria o sangue de mais de 300 milhões de soldados?!!!).
Israel se converte e lamenta como se fosse uma só pessoa (Zc 12:10-13:2; Rm 11:25-26).


JULGAMENTO DAS NAÇÕES:

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo... Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. (Mt 25:31-46).


DIFERENÇAS IMPORTANTES ENTRE O ARREBATAMENTO E A SEGUNDA VINDA:

Nas igrejas e denominações, inclusive na hinologia, a diferença entre o arrebatamento e a volta de Jesus Cristo praticamente inexiste ou é desconhecida.
Quando se chega a falar sobre a volta de Jesus, pensa-se sempre na volta visível do Senhor, sobre o Monte das Oliveiras.
Mas, essa é a esperança de Israel e não da Igreja de Jesus Cristo.
O arrebatamento da igreja de Jesus é o próximo acontecimento para a igreja, o próximo evento pelo qual ela deve esperar. E essa volta não está condicionada a sinais prévios!
Na Bíblia encontramos diferenças nas passagens referentes ao arrebatamento e à segunda vinda. Tanto um fato, como o outro, tratam de vindas de Cristo; contudo, são distintas entre si.

A primeira vinda é o arrebatamento da Igreja nas nuvens, antes dos sete anos de Tribulação e a 2ª vinda é o retorno de Cristo a terra, o que ocorrerá no fim da Tribulação.

Obviamente, a Bíblia não contém um texto que explique a diferença entre as duas vindas de Cristo; porém, as Escrituras ensinam a diferença de um modo peculiar (da mesma forma que cremos na Trindade, mas sabemos que não há nenhuma passagem bíblica que afirme clara e simplesmente a tri-Unidade de Deus, porém sabemos que a Bíblia ensina isso de um modo diferente).
O arrebatamento é versado claramente no texto de I Ts 4:13-18. A expressão “arrebatamento” é a tradução do verbo grego “harpazo”, o qual tem significado de “agarrar para o alto ou puxar com força”.
O arrebatamento é comparado muitas vezes ao caso de Enoque (Gn 5:24) e de Elias (2 Rs 2:12). Jesus Cristo também foi arrebatado ao céu, conforme At 1:9.
O arrebatamento é definido como um mistério (1 Co 15:51-54), ao passo que a segunda vinda de Cristo já é predita desde o A.T. (Zc 14:4; 12:10).
No arrebatamento há um deslocamento da terra para o céu (o oposto do Pentecostes) e na segunda vinda ocorre o inverso.

A seguir uma comparação entre os dois eventos:

ARREBATAMENTO SEGUNDA VINDA
Os santos arrebatados vão ao céu Os santos vêm a terra
Acontecimento iminente, sem sinais Seguem sinais, inclusive a tribulação
A terra não é julgada A terra é julgada
Não é mencionado no A.T. Predito várias vezes no A.T
Envolve apenas os salvos da igreja Afeta todos os homens
Nenhuma referência a Satanás Satanás é amarrado
Cristo vem para os Seus Cristo vem com os Seus
Ele vem nos ares Ele vem a terra
Somente os Seus o vêem Todo olho O verá
Começa a Tribulação Começa o Milênio

Esses contrastes deixam clara a diferença entre o translado da Igreja e a volta do Senhor Jesus, além disso, lê-se em Ap 19:7, 8, 14 que a igreja (Noiva) é preparada para acompanhá-Lo em Sua volta a terra. Como isso poderia ocorrer se a igreja estivesse aqui?

PASSAGENS DO ARREBATAMENTO PASSAGENS DA SEGUNDA VINDA
Jo 14:1-3 1 Ts 3:13 Tg 5:7-9 Dn 2:44-45 Mc 14:62 Jd 14-15
Rm 8:19 1 Ts 4:13-18 1 Pe 1:7, 13 Dn 7:9-14 Lc 21:25-28 Ap 1:7
1 Co 1:7-8 1 Ts 5:9 1 Pe 5:4 Dn 12:1-3 At 1:9-11 Ap 19:11
1 Co 15:51-53 1 Ts 5:23 1 Jo 2:28 Zc 12:10 At 3:19-21 Ap 20:6
1 Co 16:22 2 Ts 2:1 1 Jo 3:2 Zc 14:1-15 2 Ts 1:6-10 Ap 22:7
Fp 3:20-21 1 Tm 6:14 Jd 21 Mt 13:41 2 Ts 2:8 Ap 22:12, 20
Fp 4:5 2 Tm 4:1 Ap 2:25 Mt 24:15-31 1 Pe 4:12-13
Cl 3:4 2 Tm 4:8 Ap 3:10 Mt 26:64 2 Pe 3:1-14
1 Ts 1:10 Tt 2:13
1 Ts 2:19 Hb 9:28

Analogias bíblicas aos dois aspectos da volta de Jesus Cristo:

• Davi: a volta de Davi da outra banda do Jordão depois de Abraão e seus seguidores terem sido derrotados; a ida de Judá ao seu encontro, e a volta dos dois juntos para Jerusalém (2 Sm 19:10-15, 40; 2 Sm 20:1-3);
• Joiada: a revelação particular de Joiada aos capitães e aos centuriões, e sua revelação pública um pouco mais tarde (2 Rs 11:4-12);
• Pedro: o encontro de Pedro com Jesus, andando sobre as águas. Pedro foi até Ele, e os dois voltaram juntos para o barco (Mt 14:22-34);
• Paulo: quando Paulo aproximou-se de Roma, os irmãos foram ao seu encontro e todos voltaram juntos para a capital (At 18:15,16);
• Isaque: o encontro de Isaque com Rebeca (Gn 24). Neste trecho Abraão é um tipo de um Rei que faria o casamento de seu filho (Mt 22:2). O servo anônimo é um tipo do Espírito Santo, que não fala de si mesmo, mas das coisas do “Noivo” para conquistar a “noiva” (Jo 16:13, 14), e que enriquece a noiva com presentes do Noivo (1 Co 12:7-11; Gl 5:22-23), e que traz a noiva ao encontro do Noivo (At 13:4; 16:6-7; Rm 8:11; 1 Ts 4:14-17). Rebeca é um tipo da igreja, a virgem noiva de Cristo (Gn 24:16; 2 Co 11:2; Ef 5:25-32). Isaque, um tipo do Noivo, a quem não havendo visto, a noiva ama através do testemunho do servo anônimo (1 Pe 1:8), e que sai ao encontro de sua noiva para recebê-la (Gn 24:63; 1 Ts 4:14-17).

Estes incidentes não provam a teoria, mas ilustram a dupla natureza da volta de Cristo (o arrebatamento e a 2ª vinda a terra).


A QUEM JESUS DIRIGIU, EM PRIMEIRO LUGAR, AS PALAVRAS DE Mt 24 E 25?

A resposta é: basicamente aos judeus – e não à Igreja.

Mateus 24 é um dos capítulos mais mal compreendidos e mal aplicados de toda a Bíblia, no que se refere às profecias. Até mesmo os doutores em teologia, que deveriam conhecer mais, tropeçam nessa porção das Escrituras e a consideram inteiramente fora do contexto quando tentam aplicar uma parte dela ao arrebatamento.
Quando o Senhor disse isso aos seus discípulos, Ele tinha acabado de ser rejeitado como rei pela nação de Israel e sabia que Suas palavras eram para uma futura geração de descendentes dos judeus. Em nenhum lugar a igreja aparece aqui!
O senso comum diz que Paulo sabia sobre o que estava falando em 1 Co 15:51, quando disse:

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados."

O que a palavra "mistério" (grego musterion) significa quando é usada no Novo Testamento?
Ela se refere a uma Escritura anteriormente não revelada! Em outras palavras, Paulo está nos dizendo algo aqui em aproximadamente 59-60 d. C., que nunca antes tinha sido revelado por Deus: o assunto do arrebatamento.
Esse fato apenas exige que nenhuma das palavras de Cristo em Mateus 24 possa estar se referindo ao arrebatamento!
Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsêmani, como está registrado em João 14. Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias, que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17:22-37).
Por que esse ponto é importante? Você pode perguntar. Bem, vamos apenas olhar para o capítulo e destacar alguns detalhes.
Na cena que temos diante de nós, o Senhor está respondendo às perguntas feitas pelos seus discípulos. É muito provável que nesse ponto particular o grupo era formado unicamente de judeus.
Jesus Cristo ainda não tinha morrido (seu trabalho ainda não estava “consumado”) e a época da Graça ainda não tinha iniciado, de modo que 100% do que encontramos nos relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça!
Nenhum dos profetas do A. T. "viu" a época da Igreja, porque Deus não revelou isso a eles - era um "mistério" divino! E o ensino do Senhor aqui é perfeitamente coerente com esse princípio. Ele está instruindo os judeus sobre o que a "geração" (Mt 24:34 – os judeus) experimentará durante o Período da Tribulação, pois a igreja ainda não estava visível e ainda seria revelada (Pentecostes)!
Com essa idéia em mente, observe que Mt 24:4-13 descreve os acontecimentos que o remanescente judaico eleito experimentará durante os dias tenebrosos do período da Tribulação - o "tempo da angústia de Jacó" (Jr 30:7).
Falsos profetas e falsos cristos, como são chamados em Mt 24:5, 23, 26, representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve preocupar-se mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir os espíritos (2 Co 11:13; 2 Pe 2:1; Gl 1:6-9). Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos.
Mateus 24:9 diz muito claramente que, "Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome."
Deus selará 144.000 judeus no início desse período terrível e é para eles que esse discurso é dirigido. O verso 13 tem sido mal compreendido e mal aplicado por muitos cristãos, pensando que precisamos "perseverar até o fim" para sermos salvos, quando na realidade isso está se referindo ao livramento físico dos judeus que estarão vivos na 2ª vinda de Cristo - no final do Período da Tribulação!
Lembre-se que isso não pode se aplicar aos cristãos de forma alguma, pois naquele ponto - quando Jesus proferiu as palavras registradas em Mateus 24 - a igreja ainda era um mistério (Ef 3:1-6).
Somente no Pentecostes a igreja foi incluída no agir de Deus e, posteriormente, revelada através do apóstolo Paulo.
Observe que o verso 14 diz: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim."
Muitos interpretam erroneamente essa passagem, como se estivesse se referindo à igreja. Pensam que é missão da igreja “converter o mundo inteiro” e que ela “governará o mundo”, pois, somente assim, Jesus Cristo retornaria. Isso é teologia católico-romana (Teologia do Domínio) e tem muito crente acreditando nisso!!
Jesus Cristo, em sua 2ª vinda, não encontrará um mundo esperando-O e crendo nEle:

“... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18:8b)

E, ainda, lemos na Palavra de Deus, que o mundo estará em uma total apostasia e não em um “avivamento”, quando do retorno de Jesus Cristo (como muitos pensam), conforme podemos constatar em 2 Ts 2:3.
Meus amigos, o evangelho da graça ainda era desconhecido naquele tempo! Esse "evangelho do reino" (v. 14) - a mensagem que João Batista e Jesus Cristo pregaram e à qual o Senhor está se referindo aqui - era "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus".
Essa mensagem será pregada novamente durante o período da Tribulação pelos 144.000 israelitas citados em Ap 7 e pelas "duas testemunhas" de Ap 11:3.
O final do Período da Tribulação - que ocorrerá com a 2ª vinda de Cristo - não acontecerá até que essa mensagem específica do evangelho tenha sido ouvida por todas as nações e por meio da qual elas saberão que o reino literal de Jesus Cristo (o reino de Deus) na Terra está prestes a ser iniciado [o Milênio].
O "abominável da desolação" (Mt 24:15) diz respeito claramente à terra judaica, ao templo judaico e aos sacrifícios judaicos. O profeta Daniel já havia falado a esse respeito. E Daniel não falava da Igreja, mas de "teu povo... e de tua santa cidade" (Dn 9:24).
A frase: "então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (Mt 24:16), é bem clara. Trata-se nitidamente da terra de Israel. Pois no Novo Testamento a Igreja de Jesus nunca é conclamada a fugir para os montes.
Igualmente o texto que fala do sábado diz respeito aos judeus, aos seus costumes e suas leis (v. 20).
Que os judeus são o foco principal desse discurso é deixado claro no relato paralelo encontrado em Mc 13. Observe o fraseado do verso 9:

"Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho" (Mc 13:9).

Até onde sabemos, os judeus não costumam levar os cristãos às suas sinagogas por razão alguma, muito menos para surrá-los! No entanto, durante a Tribulação, os 144.000 judeus selados serão perseguidos pelo seu próprio povo, bem como pelos gentios.
Em seguida, no verso 22, temos uma frase muito interessante sobre a abreviação "daqueles dias" por Deus, pois se Ele não fizesse isso, nenhuma carne se salvaria!
Há ainda o verso 36 - outro comentário feito pelo Senhor - que tem sido mal aplicado há muitos anos. Os pastores dizem aos seus rebanhos, com base nesse verso, que ninguém poderá saber o "dia e a hora" do arrebatamento - quando esse verso não tem absolutamente nada que ver com o arrebatamento, pois considerado no contexto correto, está claramente se referindo à 2ª vinda de Jesus Cristo.
A perseguição e matança serão tão grandes que Deus abreviará aqueles dias para que alguns permaneçam vivos para povoar o Reino Milenar. E, como o período será abreviado (algo menor que o número total de dias profetizado por Daniel, conforme Mt 24:22), ninguém saberá o dia e a hora exatos da 2ª vinda do Senhor sobre o Monte das Oliveiras!!!
Lembre-se que todo o capítulo 24 de Mateus está lidando com os judeus sob a lei e não com a igreja sob a graça - o arrebatamento, naquele tempo, ainda era um mistério não revelado dos conselhos de Deus.
Também a parábola da figueira (v. 32) é uma representação simbólica da nação judaica. Do mesmo modo, a expressão "esta geração" (v. 43) aplica-se a Israel.
O verso 44 (um dos argumentos usados contra "saber o dia e a hora") tem sido usado para fortalecer o argumento de que ninguém pode saber o tempo do arrebatamento, quando na verdade ele está falando dos judeus aterrorizados que estarão escondidos e suas mentes preocupadas com a sobrevivência, não em contar o número de dias que faltam na "Grande Tribulação" (conforme informado ao profeta Daniel).

Pense nisto: os cristãos são exortados em todo o N. T. a vigiar e aguardar o retorno do Senhor para nos levar para Si mesmo e somos ensinados que Ele não virá como uma surpresa, de acordo com o seguinte:

"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios." (1 Ts 5:4-6).

O ajuntamento dos escolhidos de Deus "desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (verso 31) é "logo depois da aflição daqueles dias..." (verso 29).
Assim, novamente, vemos que as afirmações em Mateus 24 não podem estar se referindo ao arrebatamento.
Essa é a 2ª vinda de Jesus Cristo e não o arrebatamento. As ilustrações "será levado um, e deixado o outro" dos versos 40 e 41 - tão freqüentemente usadas para ilustrar o arrebatamento - na verdade referem-se à separação das ovelhas e dos bodes discutida em Mt 25:33. Os que ficarem são aqueles que entrarão no Reino Milenar. E essa passagem está, logicamente, em um contexto não interrompido, e é parte dos comentários estendidos do Senhor com relação à sua 2ª vinda.
É compreensível que muitos tentem usar Mateus 24 como texto de prova para o arrebatamento, pois grande parte do capítulo “parece se encaixar" nele; mas, como vimos, uma inspeção cuidadosa revela que isso simplesmente não é o caso.


O MILÊNIO: (O reinado de 1000 anos de Jesus Cristo na Terra).

“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Ap 20:4-6)

Jesus reinará:

“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.” (Dn 7:27)

Será na Terra:

“Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.” (Dn 2:35)

“Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.” (Sl 2:8-9)

“E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.” (Ap 5:10)

A igreja estará glorificada no milênio e reinará com Jesus Cristo:

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Ap 20:6)

Multidões de pessoas nascerão:

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas; levando cada um, na mão, o seu bordão, por causa da sua muita idade. E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 8:4-6).

Israel será a nação principal:

“E os gentios verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus.” (Is 62:2-3)

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.” (Zc 8:23)

A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO (Sl 45:14; Mt 22:2-3, 9, 11-13; Ap 19:9)

As bodas ocorrerão nos céus, paralelamente à 70ª semana de Daniel, mas a Ceia (o banquete nupcial), correspondente ao milênio, ocorrerá na terra e após a Revelação de Cristo (Sua vinda para a terra, tocando-lhe com os pés), porque um perdido poderia tentar participar furtivamente da ceia (Mt 22:11-13).
As bodas envolvem só Cristo e a igreja, mas a Ceia envolverá também os "convidados e amigos" (Israel convertida, os salvos do V. T., os mártires da Tribulação, e as ovelhas do julgamento das nações).

O milênio será um tempo de:

- Paz universal (Is 2:4; Mq 4:3-4);
- Júbilo, gozo, alegria (Is 9:3-4; 12:3-6; Jr 30:18-19; 31:13-14; Zc 10:6-7);
- Santidade (Is 4:3-4; 29:18-23; Ez 36:24-31; 43:7-12; Zc 14:20-21);
- Glória (Is 4:2; 24:23; 35:2; 40:5; 60:1-9);
- Conforto (Is 61:3-7; Jr 31:23-25; Ap 21:4);
- Justiça (Is 11:4-5; 61:11; 65:21-23);
- Completo conhecimento do Senhor (Is 11:1,2,9; Hc 2:14);
- Instrução emanando do Rei (Is 12:3-6; 29:17-24);
- Natureza abençoada, livre da maldição (Is 11:6-9; 35:9; 65:25);
- Doença eliminada, exceto como punição a pecado aberto (Is 33:24; Jr 30:17; Ez 34:16);
- Cura dos deformados, que existirem no início do milênio (Is 29:17-19; 35:3-6);
- Proteção da vida (Is 41:8-14);
- Ausência de opressão ou tirania (Is 14:3-6; 42:6-7; 49:8-9; Zc 9:11-12);
- Longevidade, ausência de falhas de desenvolvimento (Is 65:20);
- Muitos nascimentos dos que viverem com corpos físicos. Os seus filhos precisarão ser salvos (Jr 30:20; 31:29; Ez 47:22; Zc 10:8);
- Labor produtivo (Is 62:8-9; 65:21-23);
- Prosperidade econômica, abundância (Is 30:23-25; 62:8-9);
- Aumento da luz solar, talvez como meio para a produtividade (Is 4:5; 30:26; 60:19-20);
- Uma só linguagem (Sf 3:9);
- Adoração unificada (Is 52:1,7-10; 66:17-23; Ap 5:9-14);
- Manifesta PRESENÇA de Deus (Ez 37:27-28; Sf 2:2,10-13; Ap 21:3);
- Plenitude do Espírito (Is 32:13-15; Ez 36:26-27; Jl 2:28-29);
- Perpetuidade do estado milenial (Dn 9:24; Os 2:19-23; Jl 3:20; Am 9:15).

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. (Ap 21:4)

Após o milênio acontecerá:

- Guerra de Gogue e Magogue (Ap 20:7)
- A libertação de Satanás e a última rebelião (Ap 20:7-8)
- Julgamento do Diabo e dos anjos caídos (Ap 20:10)


A libertação de Satanás, a última rebelião e o seu fim:

“E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão. E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha”. (Ap 20:7-8)

A palavra grega traduzida como "nações" é ethnos e se refere à raça, ou etnia. Devemos observar que são nações - plural. Seduzidos por falsas promessas, as nações seguirão Satanás para sitiarem Jerusalém. Ele já havia convencido uma inumerável companhia de anjos a segui-lo na rebelião antes da criação, mas dessa vez está claro que se trata de uma rebelião humana.
Apesar do governo de Jesus Cristo ser absolutamente justo e perfeito nos 1000 anos, muitos homens (que habitarão no milênio, por serem descendentes dos que sobreviverão aos 7 anos da tribulação e, portanto, manterão seus corpos físicos e se reproduzirão) procurarão sua própria glória e poder, precipitando-se numa derrocada final.
Podemos pensar: como poderão os homens, neste período, serem tão cegos, a ponto de renegarem o governo divino?
Infelizmente, o coração humano é corrupto e desesperadamente enganoso (Jr 17:9). Aqueles que não se deixam ser limpos e lavados pelo sangue do Cordeiro, não podem salvar-se.
Esta última rebelião, agora do homem unido com o próprio Satanás, será a prova final de que é impossível a união da luz com as trevas! (2 Co 6:14-15).
Durante 1000 anos, os governos e os homens terão a oportunidade de ver a Jesus Cristo e Suas obras, porém teimarão em se rebelar. Será um pecado coletivo terrível, induzido pelo sedutor das nações. Os 7 anos sob o governo do Anticristo não serão suficientes para convencer os homens da inutilidade de buscar a rebelião contra o Criador!
Evidentemente, nem todos os homens serão seduzidos.







O Grande Trono Branco - O JUÍZO FINAL:

Por fim, Deus lançará fogo do céu que devorará as legiões rebeladas e Satanás será lançado no “lago de fogo”, onde já se encontrarão a besta e o falso profeta, e lá ficarão por toda a eternidade!

“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20:11-15)

Neste julgamento individual todos os mortos ímpios de todos os tempos, desde Adão (aqueles que não têm os nomes escritos no “livro da vida” = “do Cordeiro” - Lc 10:20; Ap 3:5; 13:8; 17:8; 21:27), ressuscitarão e serão julgados.
O julgamento levará em conta as suas obras (Lc 12:47-48) e a luz que receberam em vida (Jo 12:48), porém todos estão condenados. Haverá, com isso, diferentes e justos graus de punição (Mt 11:24; Lc 12:47-48; Rm 2:5-6; Ap 20:12-13).
Será uma sentença imutável (Lc 16:26) e a condenação será eterna (Mt 18:8; 25:41, 46; Ap 14:10-11; 19:20 + 20:10).
Será um local de tormento terrível e literal (Mt 26:24; Mc 9:47-48; Ap 14:10-11).


NOVOS CÉUS E NOVA TERRA:

“Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios... Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão”. (2 Pe 3:7, 10).

Por que Deus reservaria a Terra e sua atmosfera (os céus) para o fogo? Por que Ele quereria destruí-los, já que os mesmos foram restaurados no início do Milênio, à sua beleza original, conforme Is 65:17?
A razão é que as impressões digitais de Satanás estão por toda a parte! Os céus (a atmosfera em volta da Terra) foram a habitação de Satanás e de suas hordas de demônios. Satanás é chamado em Ef 2:2 de "príncipe das potestades do ar". A Terra e tudo em volta dela guarda o cheiro da pecaminosidade.

“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. (Ap 21:1-4).
ALERTA IMPORTANTE:

Embora a igreja seja poupada das perseguições do Anticristo, pois não passará pelo período da Tribulação, poderá passar pela fase final das dores de parto que produzirão o Anticristo (Mt 24:8), se nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não nos arrebatar antes desses eventos.
Quando e SE passarmos pelas "guerras, rumores de guerra, nações se levantando contra nação, reino contra reino, terremotos em muitos lugares", teremos a impressão que estaremos passando pelas perseguições do Anticristo que ocorrerão no período da Tribulação. Porém, Jesus Cristo nos informa que esses acontecimentos serão o princípio das dores e não a Grande Tribulação.
Todos os cristãos hoje precisam amadurecer espiritualmente bem depressa, pois não sabemos se seremos cercados, perseguidos e até torturados por causa da nossa fé.
Embora concordemos que seremos poupados do período da Tribulação propriamente, não há um ensino bíblico que garanta que não veremos o Anticristo aparecer e ascender ao poder!
Tudo o que a Bíblia diz é que o período da Tribulação ["o Dia do Senhor"] não começará até que a apostasia e manifestação do Anticristo aconteçam:

“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.“ (2 Ts 2:3).

A "revelação" do Anticristo pode ser qualquer coisa, desde a primeira menção do seu nome nos jornais, à assinatura da aliança com Israel (Dn 9:27), sendo que este ato (a assinatura do acordo), a propósito, é que será a data oficial do início da Tribulação.
Se essa revelação/manifestação coincidir com a assinatura da aliança, ela ainda atenderá ao critério de 2 Ts 2:3, pois precedeu o início do período da Tribulação. E, se não coincidir, então a ascensão do Anticristo ao poder (independente do tempo que levará) poderá muito bem ser vista e presenciada pelos cristãos, antes do arrebatamento.
E, se essa visão sobre esses eventos estiver correta e os cristãos genuínos (aqueles que foram ensinados que serão arrebatados antes de tudo isso ocorrer) subitamente encontrarem-se no meio dos eventos das dores de parto, que estão claramente relacionados com o Anticristo e, apesar disso, ainda estiverem por aqui?
E se o Diabo encenar um falso "arrebatamento" e as pessoas ouvirem na mídia de massa que milhões de pessoas desapareceram, porém aqueles que pensavam que estariam entre os eleitos de Deus ainda estiverem por aqui? Lembram-se do que aconteceu com os Tessalonicenses, diante das heresias que havia naquela época, afirmando que já estavam na Grande Tribulação (2 Ts 2)?
Isso pode não acontecer e podemos estar enganados, mas pelo amor de Deus, acordem para essa possibilidade e peçam a Deus que os ajude a se preparar para qualquer coisa que venha a acontecer.
Tomamos essa posição simplesmente para indicar que não devemos considerar que o assunto esteja escrito na rocha e desse modo cometer o erro de desconsiderar as outras possibilidades.
Certamente, acreditamos que o arrebatamento da igreja seja IMINENTE, mas também pode demorar mais alguns meses ou anos, e quem sabe o que o mundo, a carne e o Diabo poderão fazer contra nós nesse ínterim?

“Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima”. (Tg 5:8)
Embora muitos bons homens tenham "quebrado a cara" tentando prever a data do arrebatamento, Mateus 24:36 não é uma barreira legítima, por se referir à 2ª vinda do Senhor Jesus Cristo e não ao arrebatamento. Como crentes, podemos e devemos reconhecer os fatos escatológicos, apesar de não podermos marcar datas para o arrebatamento.
Verificamos que os eventos mundiais estão aparentemente convergindo a um perfeito alinhamento com o que as Escrituras dizem que serão as condições existentes na época do aparecimento do Anticristo.
Assim sendo, e pelas razões detalhadas nesta apostila, quanto à iminência do arrebatamento, acreditamos que este evento possa ocorrer a qualquer momento.

Você está preparado para encontrar o Senhor nos ares?

“Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus”. (Ap 22:20)


Dedicatória:

A todos aqueles que são “nascidos de novo” (João 3), para que possam estar firmes na Palavra, conhecendo as profecias, crendo nelas, observando os sinais dos tempos, para que não sejam “confundidos por Ele na Sua vinda” (1 Jo 2:28), “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pe 2:12). Sabendo, principalmente, que: “... ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37).
Aos ainda não salvos, com a esperança de que se arrependam e creiam, o quanto antes (Lucas 12:20), no Senhor Jesus Cristo, ÚNICO caminho que leva ao Pai (João 14:6), sabendo que “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12).
E, principalmente:

“... ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”.
(1Tm 1:17)