sábado, 26 de junho de 2010

Evangelho de João ....

Evangelho de São João

Da Bíblia Sagrad

Este Evangelho tem características muito próprias, que o distinguem dos Sinópticos. Mesmo quando refere idênticos acontecimentos, João apresenta perspectivas e pormenores diferentes dos Sinópticos. Não obstante, enquadra-se, como estes, no mesmo género literário de Evangelho e conserva a mesma estrutura fundamental e o mesmo carácter de proclamação da mensagem de Jesus.


UM EVANGELHO ORIGINAL
Alguns temas importantes dos Sinópticos não aparecem aqui: a infância de Jesus e as tentações, o sermão da montanha, o ensino em parábolas, as expulsões de demónios, a transfiguração, a instituição da Eucaristia… Por outro lado, só João apresenta as alegorias do bom pastor, da porta, do grão de trigo e da videira, o discurso do pão da vida, o da ceia e a oração sacerdotal, os episódios das bodas de Caná, da ressurreição de Lázaro e do lava-pés, os diálogos com Nicodemos e com a samaritana…
Ao contrário dos Sinópticos, em que toda a vida pública de Jesus se enquadra fundamentalmente na Galileia, numa única viagem a Jerusalém e na breve presença nesta cidade pela Páscoa da Paixão e Morte, no IV Evangelho Jesus actua sobretudo na Judeia e em Jerusalém, onde se encontra pelo menos em três Páscoas diferentes (2,13; 6,4; 11,55; ver 5,1).
O vocabulário é reduzido, mas muito expressivo, de forte poder evocativo e profundo simbolismo, com muitas palavras-chave: verdade, luz, vida, amor, glória, mundo, julgamento, hora, testemunho, água, espírito, amar, conhecer, ver, ouvir, testemunhar, manifestar, dar, fazer, julgar...
Mas a grande originalidade de João são os discursos. Nos Sinópticos, estes são pequenas unidades literárias sistematizadas; aqui, longas unidades com um único tema (3,14-16; 4,26; 10,30; 14,6).
O estilo é muito característico, desenvolvendo as mesmas ideias de forma concêntrica e crescente. Assim, os temas da “Luz”: 1,4.5.9; 3,19-21; 8,12; 9; 11,9-10; 12,35-36.46; da “Vida”: 1,4; 3,15-16; 5,1-6,71 (desenvolvimento); 10,10.17-18.28; 11,25-26; 12,25.50; da “Hora”: 2,4; 5,25.28; 7,30; 8,20; 12,23.
Tem um carácter dramático. Depois de tantos anos, Jesus continua a ser rejeitado pelo seu próprio povo (1,11) e os judeus cristãos a serem hostilizados pelos judeus incrédulos (9,22.34; 12,42; 16,2). O homem aceita a oferta divina e tem a vida eterna, ou a rejeita e sofre a condenação definitiva (3,36).
Apesar disso, todo o Evangelho respira serenidade e vai ao ponto de transformar as dúvidas em confissões de fé (4,19.25; 6,68-69), os escárnios em aclamações (19,3.14) e a infâmia da cruz num trono de glória (3,14; 8,28; 12,32). Para isso, o evangelista serve-se dos recursos literários da ironia (3,10; 4,12; 18,28), do mal-entendido (2,19.22; 3,3; 4,10.31-34; 6,41-42.51; 7,33-36; 8,21-22.31-33.51-53.56-58), das antíteses (luz-trevas, verdade-mentira, vida-morte, salvação-condenação, celeste-terreno) e das expressões com dois sentidos: do alto ou de novo (3,3), pneuma (3,8), no sentido de vento e espírito, erguer para significar crucificar e exaltar, ver no sentido físico e espiritual, água viva, etc..
Outra característica é o simbolismo, que pertence à própria estrutura deste Evangelho, organizado para revelar tudo o que nele se relata: milagres, diálogos e discursos. Assim, os milagres são chamados “sinais”, porque revelam a identidade de Jesus, a sua glória, o seu ser divino e o seu poder salvador, como pão (6), luz (9), vida e ressurreição (11), em ordem a crer nele; outras vezes são “obras do Pai”, mas que o Filho também faz (5,19-20.36).


COMPOSIÇÃO E AUTOR
Embora seja evidente a unidade da obra e o seu fio condutor, notam-se algumas pequenas irregularidades. A mais surpreendente é uma dupla conclusão (20,30-31; 21,24-25); o capítulo 16 parece uma repetição do 14; em 14,31 Jesus manda sair do lugar da ceia e só em 18,1 é que de facto saem... Isto leva a pensar que a obra não foi redigida de uma só vez.
Este Evangelho tem na base uma testemunha ocular «que dá testemunho destas coisas e que as escreveu» (21,24; ver 19,35). O autor esconde-se atrás de um singular epíteto: «O discípulo que Jesus amava» (13,23; 19,26; 20,2; 21,24; ver 1,35-39; 18,15). A tradição, a partir de Santo Ireneu, é unânime em atribuir o IV Evangelho a João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, um dos Doze Apóstolos.
A análise interna deixa ver que o autor era judeu e tinha convivido com Jesus. Não constitui problema para a autoria joanina o facto de João ser um pescador, iletrado; então, era corrente não ser o próprio autor a escrever a sua obra. Também é provável que um grupo de discípulos interviesse na redacção, sob a sua orientação e autoridade; daí a primeira pessoa do plural «nós», que por vezes aparece (3,11; 21,24).
Foi este o último Evangelho a ser publicado, entre o ano 90 e 100. Não pode ser uma obra tardia do século II, como pretendeu a crítica liberal do século passado; a sua utilização por Santo Inácio de Antioquia, martirizado em 107, e a publicação em 1935 do papiro de Rylands, datado de cerca do ano 120, desautorizou tal pretensão.
Tem-se discutido muito acerca do meio cultural de que depende; mas devemos ter em conta a sua grande originalidade e a afinidade com o pensamento paulino das Cartas do cativeiro. Os discursos de auto-revelação, que não aparecem em toda a Bíblia, não procedem dos escritos gnósticos e mandeus (parece serem estes que imitam João); têm raízes no Antigo Testamento, sobretudo nos livros sapienciais, onde a Sabedoria personificada se auto-revela falando na primeira pessoa (Pr 8,12-31; Sb 6,12-21).


VALOR HISTÓRICO
Chamar “sinais” aos milagres é indicar que se trata de factos significativos e não de meros símbolos. Com efeito, o próprio Jesus se proclama testemunha da verdade (18,37) e o texto apoia-se numa testemunha ocular. É um testemunho que não se confina a meros acontecimentos históricos, pois tem como objecto a fé na pessoa e na obra salvadora de Jesus; mas brota de acontecimentos vistos por essa testemunha (19,35; 20,8; 21,24).
Ao incluir alguns termos aramaicos e uma sintaxe semita, mostra que é um escrito ligado à primitiva tradição oral palestinense. Por outro lado, os muitos pormenores relativos às instituições judaicas, à cronologia e geografia, provam o rigor da informação, às vezes confirmada por descobertas arqueológicas. Sem as informações de João, não se poderiam entender correctamente os dados dos Sinópticos.
Se fosse apenas uma obra teológica, o autor não teria o cuidado constante de ligar o relato às condições reais da vida de Jesus. Uma contraprova do seu valor histórico: quando não possui dados certos, não inventa. Assim, no período anterior à Encarnação, fala da preexistência do Verbo, mas nada diz da sua vida no seio do Pai, como seria de esperar.


DIVISÃO E CONTEÚDO
A concepção desta obra obedece a uma linha de pensamento teológico coerente e unificadora. Face aos vários esquemas propostos, limitamo-nos a assinalar as unidades do conjunto para deixar ver um pouco da sua riqueza e profundidade:
Prólogo (1,1-18): uma solene abertura, que anuncia as ideias mestras.
I. Manifestação de Jesus ao mundo (1,19-12,50), como Messias, Filho de Deus, através de sinais, discursos e encontros. Distinguem-se aqui cinco grandes secções:
1. Primeiro ciclo da manifestação de Jesus: 1,19-4,54. Semana inaugural.
2. Jesus revela a sua divindade: Ele é «o Filho», igual ao Pai: 5,1-47
3. Jesus é «o Pão da Vida»: 6,1-71.
4. Jesus é «a luz do mundo»: grandes declarações messiânicas por ocasião das festas das Tendas e da Dedicação: 7,1-10,42.
5. Jesus é «a vida» do mundo: 11,1-12,50.
II. Revelação de Jesus aos seus (13,1-21,25): manifestação a todos como Messias e Filho de Deus através do “Grande Sinal”, por ocasião da sua Páscoa definitiva.
6. A Última Ceia: 13,1-17,26.
7. Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus: 18,1-20,29.
Epílogo (20,30-21,25): dupla conclusão. Aparição na Galileia.


OBJECTIVO E TEOLOGIA
Este Evangelho propõe-se confirmar na fé em Jesus, como Messias e Filho de Deus (20,30-31). Destina-se aos cristãos, na sua maioria vindos do paganismo (pois explica as palavras e costumes hebraicos), mas também em parte vindos do judaísmo, com dificuldades acerca da condição divina de Jesus e com apego exagerado às instituições religiosas judaicas que se apresentam como superadas (1,26-27; 2,19-22; 7,37-39; 19,36). Sem polemizar contra os gnósticos docetas, que negavam ter Jesus vindo em carne mortal (1 Jo 4,2-3; 5,6-7), João não deixa de sublinhar o realismo da humanidade de Jesus (1,14; 6,53-54; 19,34). Por outro lado, é um premente apelo à unidade (10,16; 11,52; 17,21-24; 19,23) e ao amor fraterno entre todos os fiéis (13,13.15.31-35; 15,12-13).
João pretende dar-nos a chave da compreensão do mistério da pessoa e da obra salvadora de Jesus, sobretudo através do recurso constante às Escrituras: «Investigai as Escrituras (...): são elas que dão testemunho a meu favor» (5,39). Embora seja o Evangelho com menos citações explícitas do Antigo Testamento, é aquele que o tem mais presente, procurando, das mais diversas maneiras (por métodos deráchicos), extrair-lhe toda a riqueza e profundidade de sentido em favor de Jesus como Messias e Filho de Deus, que cumpre tudo o que acerca dele estava anunciado por palavras e figuras (19,28.30).
Além destes temas fundamentais da fé e do amor, João contém a revelação mais completa dos mistérios da Santíssima Trindade e da Encarnação do Verbo, o Filho no seio do Pai, o Filho Unigénito, que nos torna filhos (adoptivos) de Deus; a doutrina sobre a Igreja (10,1-18; 15,1-17; 21,15-17) e os Sacramentos (3,1-8; 6,51-59; 20,22-23) e sobre o papel de Maria, a “mulher”, nova Eva, Mãe da nova humanidade resgatada (2,1-5; 19,25-27).

O evangelho de João

Este livro tem como tema chave a apresentação de Jesus como o Filho de Deus. O quarto evangelho declara, de forma inequívoca, a finalidade do livro: "Jesus... operou também... muitos outros sinais... Estes, porém, foram escritos para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome" (29:30, 31). Muito embora o quarto evangelho não mencione de modo definitivo seu
autor, não resta dúvida de que foi João, o amado, quem o escreveu.
O povo hebreu, que esperava seu futuro redentor, necessitava de provas das afirmativas de Jesus de que ele era o Filho de Deus. Milagres e discursos escolhidos de um período de vinte dias no ministério público de Jesus, ministério que durou três anos, confirmam-no dramaticamente como o Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou maravilhas revelam não só o seu poder, mas atestam sua glória como Portador divino da graça redentora. Jesus é o grande "Eu sou", a única esperança de uma raça que de outra sorte não teria esperança alguma. A água transforma-se em vinho; os mercadores e os animais destinados aos sacrifícios são expulsos do templo; o filho do nobre é curado à distância; o paralítico recebe cura no dia de descanso; a multiplicação dos pães; Jesus anda sobre o mar; o cego de nascença recebe a vista; Lázaro é ressuscitado. Estes milagres revelam quem é Jesus Cristo e o que faz. Progressivamente, João apresenta-o como Fonte da nova vida, a Água da vida e o Pão da vida. Por fim, seus próprios inimigos retrocederam e caíram por terra ante o "Eu sou", que se entrega voluntariamente para sofrer na cruz (18:5, 6). Procurando resgatar o homem do pecado e do juízo, e restaurá-lo à comunhão divina e santa, o Logos eterno faz deste mundo sua residência transitória (1:14). Em virtude de sua graça, o homem caído está capacitado para residir em Deus (14:20) e, finalmente, nas mansões eternas (14:2, 3). Em sua própria pessoa Jesus cumpre o significado das profecias e festas do Antigo Testamento. Por fim, triunfa sobre a própria morte e o túmulo, e deixa a seus seguidores um legado extraordinário para que levem avante esta missão de misericórdia, única na história. Deslocando-se de uma eternidade para outra, o quarto evangelho vincula o destino de judeus e gentios como parte da criação toda à resurreição do Logos encarnado e crucificado. Autor:Somente uma testemunha ocular, do círculo íntimo dos seguidores do Senhor Jesus Cristo (compare 12:16; 13:29) poderia proporcionar-nos determinados pormenores do livro. Além disso, o relato especial e às vezes indireto da participação de João confirmaria sua paternidade literária (1:37-40; 19:26; 20:2, 4, 8; 21:20, 23, 24). Exegetas conservadores colocam sua data depois que foram escritos os outros evangelhos, portanto, entre o ano 69 da nossa era (antes da queda de Jerusalém) e o ano 90.

Os apóstolos

OS APÓSTOLOS
No começo do seu ministério Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam esses homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.
Por conseguinte, a seleção dos Doze foi de grande responsabilidade.  "Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolo"  (Lc 6.12-13).
A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como "Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno"  (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus.
Nenhum dos escritores dos Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas pistas que nos ajudam a fazer "conjeturas razoáveis" sobre como pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Cristo.

Os doze apóstolos foram:

1) André;
2) Bartolomeu (Natanael);
3) Tiago (Filho de Alfeu);
4) Tiago (Filho de Zebedeu);
5) João;
6) Judas (não o iscariotes);
7) Judas Iscariotes;
8) Mateus;
9) Filipe;
10) Simão Pedro;
11) Simão Zelote;
12) Tomé;
13) Matias (Substituindo a Judas)


                                  Resumo sobre a vida dos Apóstolos:


1) André 
No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: "Rabi, onde assistes?" Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André   (Jo 1.38-40).  André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: "Achamos o Messias..." (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
André é tradução do grego Andreas, que significa "varonil". Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores.
André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez.
André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã.
Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de "X", símbolo religioso conhecido como Cruz de Sto André.

2) Bartolomeu (Natanael)
Falta-nos informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.
A palavra aramaica bar significa "filho", por isso o nome Bartolomeu significa literalmente, "filho de Talmai". A Bíblia não identifica quem foi Talmai.
Supondo que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de "israelita em quem não há dolo" (Jo 1.47). Diz a tradição que ele serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo.

3) Tiago - Filho de Alfeu
Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14).  Outros crêem que este Tiago se identificava como "Tiago, o Menor", mas não temos  prova alguma de que esses dois nomes se referiam ao mesmo homem   (Mc 15.40). Se o filho de Alfeu era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor, talvez ele tenha sido primo de Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi traído.  (Mc 14.43-45; Lc 22.47-48).  Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não há informações concretas sobre sua vida, ministério posterior e morte.

4) Tiago - Filho de Zebedeu 
Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a "Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes"  (Mc 1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço.
Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de "Tiago e João". Até no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como "Tiago, irmão de João" (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de "filhos do trovão" (Mc 3.17).
A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como Tiago. "Entretanto a Palavra do Senhor  crescia e se multiplicava" (At 12.24).
As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha.

5) João
Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com "os empregados" de seu pai (Mc 1.20).
Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus   (Mc 15.40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25), João pode ter sido primo de Jesus.
Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes - milagre que os convenceram do poder de Jesus. "E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram" (Lc 5.11) Simão Pedro foi com eles.
João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de "filhos do trovão" (Mc 3.17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2.9).
Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. "E nós lho proibimos", disse ele a Jesus, "porque não seguia conosco" (Mc 9.38). Jesus replicou: "Não lho proibais... pois quem não é contra a nós, é por nós" (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41).
Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que João era " conhecido  do sumo sacerdote".  Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8).
Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
Diz a tradição que ele cuidou da mãe  de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

6) Judas - Não o Iscariotes
João refere-se a um dos discípulos como "Judas, não o Iscariotes" (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem.
O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas - Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama.
Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como "Judas, filho de Tiago" (Lc 6.16; At 1.13).
Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu.
O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia.  Diz outra tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas.

7) Judas Iscariotes 

Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus.
A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa "homem de Queriote". Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros            (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: "Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?" (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto "não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão."
Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: "O que pretendes fazer,  faze-o depressa" (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que "como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa..." (Jo 13.28-29).
Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5)

8) Mateus
Nos tempos de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro trabalho de coletar. Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade de, também, cobrar impostos dos pescadores.
Normalmente um publicano cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam no mar da Galiléia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades situadas no outro lado do lago.
O judeus consideravam impuro o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria com publicanos (Mt 9.10-13).
Mas os judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos gabbai,  que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de recenseamento. O  Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo. Mateus pertencia a esta classe.
O Evangelho de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: "Segue-me!" Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9).
Evidentemente, Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. "E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa" (Lc 5.29). O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico.
Por causa da natureza de seu trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 dC, indicam que os publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos.
Mateus pode ter tido algum grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser "filho de Alfeu" (Mt 10.3; Mc 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi para referir-se a Mateus (Lc 5.27-29). Daí alguns estudiosos crerem que o nome de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu um novo nome, que significa "dádiva de Deus". Outros sugerem que Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi.
De todos os evangelhos, o de Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do qu de qualquer outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam. O relato de Mateus desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o Messias prometido.
Não sabemos o que aconteceu com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC.  Não podemos julgar se esta informação é digna de confiança. 

9) Filipe
O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1.28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. "Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para  receber cada um o seu pedaço", disse ele (Jo 6.7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12.20-22).
Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta" (Jo 14.8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia.  Nada de concreto portanto.

10) Simão Pedro
Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Ele respondeu de imediato: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo" (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: "E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo..." Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro.
Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: "Nunca me lavarás os pés." Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: "Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça" (Jo 13.8,9).
Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: "Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!" (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71).
Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o Espírito Santo o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um "homem-rocha" (Pedro significa "rocha") em todo o sentido.
Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15.14), que pode significar "ouvir". O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa "rocha". O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa "Pedra" ou "rocha"; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três.
Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: "Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas" (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia        (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia (Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1.40-42)
Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que "permaneceram a contemplar de longe estas coisas" (Lc 23.49). Em 1Pe 5.1, ele escreveu: "...eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo..."
Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o  líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.1-11).
O livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma.
Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja  e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.
A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva.

Pedro, primeiro papa? Clique Aqui.

11) Simão Zelote
Mateus refere-se a um discípulo chamado "Simão, o  Cananeu", enquanto Lucas e o livro de Atos referem-se a "Simão, o Zelote". esses nomes referem-se à mesma pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa "zeloso"; "cananeu" é transliteração da palavra aramaica kanna'ah,  que também significa "zeloso"; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como zelotes.
A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22).
Temos diversos relatos conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar a uma conclusão.

12) Tomé
O Evangelho  de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo    (Jo 20.24). A palavra grega para "gêmeos" assim como a palavra hebraica t'hom significa "gêmeo". A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio.
Não sabemos quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo, que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a profissão de pescador quando jovem.
Diz a tradição que Tomé finalmente tornou-se missionário na Índia. Afirma-se que ele foi martirizado ali e sepultado em Mylapore, hoje subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado pelo próprio título da igreja Martoma ou "Mestre Tome".

13) Matias - Substituto de Judas Iscariotes
Após a morte de Judas, Pedro propôs que os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro esboçava certas qualificações para o novo apóstolo ( At 1.15-22). O apóstolo tinha de conhecer a Jesus "começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas". Tinha de ser também, "testemunha conosco de sua ressurreição" (At 1.22).
Os apóstolos encontraram dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias (At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre Matias.
O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa "dom de Deus". Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.

domingo, 2 de maio de 2010

JAFÉ, CAM E SEM

JAFÉ, CAM E SEM

Capítulo 10

O capítulo 10 contém em sua maior parte genealogias das primeiras famílias, das quais descende toda a população do mundo.
A ordem que encontramos é: os filhos de Jafé, em seguida os de Cam e finalmente os de Sem; como em outras partes da Bíblia, vemos que as duas linhas "rejeitadas" são mencionadas primeiro, com alguns comentários, para não ser mencionadas mais; a dos "escolhidos", mencionada por último, segue pela Bíblia até o nascimento de Jesus Cristo: hoje em dia é a única (dos judeus) que não se misturou com as outras!

Os descendentes de Jafé:

Um enólogo chamado H S Miller fez um estudo aprofundado da origem das nações com base neste capítulo, outras porções bíblicas e descobertas arqueológicas, e preparou um mapa etnológico donde se tira as seguintes conclusões:
  • De Magogue: os citas, eslavos, russos, búlgaros, boêmios, polacos, eslovacos, e croatas.
  • De Madai: os indianos e as raças iranianas: medos, persas, afgãs, curdos.
  • De Javã: os gregos, romanos e as nacionalidades latinas como portugueses, franceses, italianos, espanhóis.
  • De Tiras: os trácios, os teutões, os alemães, os saxões, os anglos, e deles os escandinavos, dinamarqueses, holandeses, ingleses, austríacos, checos, húngaros.

Os descendentes de Cam:

Segundo o mesmo mapa, concluímos que sua descendência foi:
  • De Canaã, sobre quem pesou a maldição de Noé: os fenícios, hititas, jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus.
  • De Cuxe: os africanos, etíopes, líbios.
    Temos detalhes de um dos seus filhos: Ninrode. Ele começou a ser poderoso na terra, e era valente caçador diante do Senhor, não se tratando, segundo os estudiosos, de caça de animais, mas de conquista de poder sobre os homens. Ele começou na terra de Sinear, onde se encontrava Babel, de onde se tornou rei (e decerto promoveu a construção da torre), e, ambiciosamente, queria tornar-se imperador do mundo (segundo a história secular). Ele foi o rebelde, o fundador de Babel, o caçador das almas dos homens, figura ou tipo do último príncipe do mundo que virá, o anticristo. Depois da ruína do projeto da torre de Babel, ele afastou-se para a Assíria, onde deu início a várias cidades.

Os descendentes de Sem:

Duas coisas curiosas aparecem no versículo 21:
  1. Sem é descrito como pai de todos os filhos de Héber, seu bisneto (v.25): os israelitas, descendentes de Héber, por isso chamados hebreus na antigüidade (Gênesis 14:13, Filipenses 3:5), eram todos também filhos de Sem, ou semitas - ainda hoje têm esse nome! Nenhum outro povo é chamado semita: nem mesmo os árabes, que também são da descendência de Abraão, mas ilegítimos, sendo filhos não da sua esposa, mas da sua escrava egípcia.
  2. Irmão de Jafé, o mais velho: esta é a tradução literal do hebraico, embora alguns tradutores não tenham resistido à tentação de traduzirem irmão mais velho de Jafé, que parece mais lógico. Segundo o original, Jafé era o filho mais velho de Noé - e aparece em primeiro lugar neste capítulo.
Dos descendentes de Sem não constam outras nações além dessas, possivelmente porque perderam sua identidade ao se misturarem com as outras.
Pelegue recebeu esse nome, que provavelmente significa "repartição" porque nasceu nos dias em que a terra foi repartida. Existem três hipóteses:
  1. ao nascer ele, seu pai Héber repartiu seu território entre seus dois filhos.
  2. Noé talvez havia tentado repartir a terra entre seus descendentes, antes do episódio de Babel, na época em que Pelegue nasceu.
  3. mais provavelmente, Pelegue nasceu quando se deu a confusão de línguas em Babel.

Sem , Cão e Jafet

Cam,Sem e JAfé...filhos d Noé q repovoaram a terra depois do diluvio
                                                                             quase todo cristão com base no relato de genesis acredita q o mundo foi repovoado logo após o diluvio; q todas as nações hoje existentes só passaram a existir depois do diluvio qdo a posteridade de Noé se repartiu formando os diversos paises...

mas muitos(céticos) ficam nos perguntando como explicar civilizações tão antigas, e seus achados como a India, china, mesopotamia e o Egito

quem teria fundado a India ou a china dos descendentes de Noé?

Os descendentes de Adão e Eva povoaram a região próxima ao Jardim do Éden onde se localizam o Iraque e o Irã atualmente.

Diante da corrupção humana, Deus resolveu exterminar toda a humanidade e seres viventes, através do dilúvio. Dentre todos os homens, Deus encontrou um homem fiel, chamado Noé. Deus mandou que ele construísse uma Arca onde ele entrou com a sua família e os animais.

Noé se tornou então o segundo patriarca (pai) da humanidade através dos seus três filhos: Sem, Cam (Cão) e Jafé que repovoaram a Terra.
 
 
 

Cam é o ascendente da raça camitica (Africana).

Após anos do Dilúvio, Cam teria deparado-se Noé embriagado e viu a sua nudez em sua tenda, e teria delatado seus irmãos, ao invés de cobrir o pai (Gênesis 9). Quando recobrou a consciência, Noé amaldiçoou o filho de Cam, Canaã, referindo-se a ele como o "servo dos servos". Gênesis 9:25 "e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos".

Noé continua abençoando seus outros dois filhos, e novamente dizendo que Canaã será escravo deles (Gn 9:25-26 ). Mesmo tendo sido a sua linhagem condenada a ser o mais baixo dos escravos diante dos seus irmãos, ainda assim os seus descendentes floresceram. Entretanto, ao proferir tais palavras, Noé estaria profetizando que um dos descendentes de Sem(seu irmão), iria herdar a terra dos cananeus, apontando assim para a descendencia de Abraão...

Diz-se que da linha de Cam veio a maior porcentagem dos não brancos. De Cam vieram as pessoas da África, e os Aborígines da Austrália. Cam teve quatro filhos:

Cuxe, que teve seis filhos: Sebá, principe dos sebaenses; Havilá, principe dos havilenses, q agora são chamados getulienses; Sabtá, principe dos sabataenses(Astabarienses); e Raamá, principe dos ramaenses; Sabtecá; e Ninrode, que ficou entre os babilonios e tornou-se senhor deles...

Pute(agora é a Africa)e Canaã(que estabeleceu-se na judéia e a qual colocou seu nome).

e Mizraim,que foi pai de oito filhos que ocuparam todos os países que estão entre Gaza e o Egito.
Os descendentes de Mizraim são facilmente identificados com o Egito através de dois dos seus filhos, Naftuim e Patrusim. Cuse, o primeiro filho mencionado, é o pai do Sudão e da Etiópia. Pute está ligado à Líbia, da qual floresceram os seus descendentes. Canaã, o único filho amaldiçoado de Cam, cresceu, e da sua herança vieram os Heveus, os Jebuseus, os Arvadeus, os Girgaseus, os Amorreus, os Arqueus, os Sineus, os Hititas, os Sidonitas, os Perizitas e os Zemareus. Os povos Hamíticos são conhecidos por suas invenções. Presume-se que o povo Hamítico foi o primeiro a domesticar muitos animais, descobrir o cobre, o ferro e o aço, e inventar maquinaria e técnicas. O mundo de hoje deve ao povo Hamítico a invenção de muitas técnicas de construção, ferramentas e materiais. Como o único filho amaldiçoado de Cam, é interessante saber que os seus descendentes tornaram-se os adversários mais perversos dos Hebreus.

Os chineses são também descendentes de Cão. Deixaram a Caldéia para povoarem a China.

Os hindus são também descedentes de Cão. Invadiram a Índia há 2.500 a.C. vindos da Caldéia, origem de todos os povos. Sua religião oficial é o bramanismo (Brama). essas são as civilizações descendentes de seus filhos.
 

Sem

Sem é o ascendente da raça semita tanto é que semita(sem+ita quer dizer descendentes de Sem)(Oriente médio).

O texto bíblico informa que Noé, com a idade de quinhentos anos gerou a Sem, Cam e Jafé.

o texto bíblico informa que Sem, com a idade de cem anos, gerou a Arpachade, dois anos depois do dilúvio. Depois ainda viveu mais quinhentos anos, sendo pai de muitos filhos, chegando, portanto, a seiscentos anos de vida. Assim, pela biblia e pelos cálculos aritiméticos, Sem teria alcançado até a décima geração de sua desdendência, isto é, o patriarca Jacó.

Através da descendência de Sem surgiram Abraão e Ló. E também seria através de Sem que Abraão é dito que o patriarca hebreu teria herdado o Sacerdócio e a terra da Palestina, confirmando que havia sido dito por Noé, quando este disse que Canaã seria escravo de Sem. E também foi a linhagem de Sem que foi preservada para avinda do messias ao mundo...

Cinco dos filhos de Sem foram Elão, Assur, Arpachade, Lude e Arã.

De Elão vieram os Elamitas, os habitantes originais do Irã, e também da Arábia, os persas

Do povo Assur veio a Assíria.Ele construiu a cidade de Ninive.

De Lude vieram os Lidianitas, que fundaram Anatólia, que se tornou a Turquia.

De Arã veio o povo Aramaico, Armênia, Mesopotâmia e Síria. mbora pouco se sabe a respeitop de Arã, diz o texto bíblico que ele foi pai de Uz, Hul, Geter e Más (Gênesis 10:23)

Arpachade que se acredita ser um dos antepassados de Abraão, era o pai dos Acádios que viveram no Iraque e construíram o primeiro Império pós-Babel. Hoje são os caldeus.

Arpachade foi pai de Salá, e Salá foi pai de Heber, que teve por filho Joctã, e Pelegue. e Joctã teve numerosos filhos, os quais seriam: Almodá, Selefe, Hazar-Mavé, Jerá, Hadorão, Uzal, Dicla, Obal, Abimael, Sabá, Ofir, Havilá e Jobade, que se espalharam desde o rio Confem que esta na India, até a Assiria. Já Pelegue, teve por filho Réu, que foi pai de Serugue, que foi pai de Naor, e q teve terá, q foi o pai de Abraão.
Os hebreus são descendentes de Sem, conhecidos pelo termo "hebreus" apartir de Héber.

A sua pátria era Canaã ou Palestina. Mas foram dominados pelos caldeus, persas, gregos e romanos. Como foram rebeldes, foram dispersos pelo mundo despatriadamente. Em 1948 d.C foi criado o estado de Israel. Muitos judeus deixaram os países onde moravam e voltaram à pátria dos seus ancestrais, Israel, cuja capital é Jerusalém; e ainda estão voltando nos dias de hoje..
 

Jafé seria o pai dos europeus

Foi o terceiro filho de Noé, é conhecido pela sua contribuição intelectual para o mundo. Jafé teve, no total, sete filhos, Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. De Gomer vieram os Sumerianos, que residiram onde hoje é a Rússia, até que os Scitianos, que eram descendentes de Magogue(outro filho de Jafé) , os expulsaram. Também vieram da linha de Magogue os Eslavos, os Russos, os Búlgaros, os Boêmios, os Poles os Eslovacos e os Croatas. Madai, o terceiro filho de Jafé, é antepassado dos Medos, Persas, Afegãos e Curdos. Tubal deu seu nome aos tubalinos, que foram os iberos e que hoje são os espanhois. Javã e seus quatro filhos, Elisá, Tarsis, Quitim e Dodanim, são conhecidos como os antepassados do povo Mediterrâneo. Presume-se que dos filhos de Javã veio Grécia, Chipre, os Tarsos, Cilícia, Itália e Rodes (ilha grega). Vivendo ao Sul do Mar Negro os primeiros descendentes de Tiras foram os Trácios, uma raça atualmente extinta. Os Trácios foram também os predecessores dos Albaneses. De Tiras vem a linha dos Georgianos, Armênios e Caldeus, todos da Capadócia ou do Leste da Turquia. Meseque foi o pai dos Prigianos, que habitaram a Turquia.





os Semiticos tenderam a pôr ênfase na procura pela retidão, buscavam encontrar um caminho que os conduzissem a Deus; os Jaféticos ou o povo indo-europeu pôs ênfase na procura do entendimento, originando a filosofia; e os Hamíticos procuraram o poder, riquezas...

É incrível perceber quantas diferentes raças e culturas foram trazidas ao mundo! Os três filhos, Sem, Cam e Jafé, todos trouxeram características específicas, planejadas por Deus, para encher a terra. Embora tenha havido erros durante o caminho, a vontade de Deus foi feita em tudo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

7 igrejas Mapa

as sete igrejas

5. As Sete Igrejas de Deus
A maioria dos livros do Novo Testamento são cartas que foram escritas pelos apóstolos a várias congregações, e que o
cristianismo aceita como Palavra autorizada de Deus para nossa época. Mas existe algo que faz do Apocalipse um livro
sagrado realmente singular. E a revelação de Jesus Cristo, expressa em cartas enviadas a sete igrejas situadas na Ásia com
instrução para elas e com mensagens proféticas aplicadas aos sete períodos específicos da história da igreja.
Ao mesmo tempo contém mensagens universais que produzem a edificação espiritual do crente.
Graças a Deus porque neste estudo hoje temos a oportunidade de lê-las, estuda-las e ser abençoados com suas orientações.
Mas lembremos que, além de penetrar em seu conteúdo, devemos obedecer a ele ( Apocalipse 1:3 ), e seremos bemaventurados.
3 MENSAGENS EM COMUM
Há alguma coisa em comum nas cartas escritas às sete igrejas: escreve-se ao anjo ou mensageiro de cada uma delas. Em
cada caso, o Senhor Jesus Se apresenta com uma identificação especial adequada às necessidades desse período da igreja.
Por exemplo, ao escrever a Esmirna (era de perseguição e martírio), apresenta-Se como "o que esteve morto e tornou a
viver" ( Apocalipse 2:8 ). Há um elogio que reflete as virtudes de cada período (menos no caso de Laodicéia, devido a sua
mornidão espiritual). Há uma reprovação destinada a ajudar a crescer em áreas débeis da igreja, com exceção do período de
Esmirna (era das perseguições e martírio) e Filadélfia (era do reavivamento). Também se inclui uma admoestação e uma
promessa. As promessas nós as veremos no estudo número 8.
1. Há três declarações de Jesus que aparecem em Suas mensagens a todas as igrejas e que
é muito importante para os cristãos de todas as eras. Quais são essas três mensagens universais?
A. "Conheço as tuas . . . . . ..." ( Apocalipse 2:2, 9,13,19; 3:1, 8, 15 ).
B. "Ao que . . . . . . ..." ( Apocalipse 2:7,11,17, 26; 3:5,12, 21 ).
C. “Quem tem ouvidos, ouça o que o . . . . . . . . diz às igrejas ..." ( Apocalipse 2:7, 11,17, 29; 3:6,
13.22 ).
Nota: Dessas três declarações, surgem nitidamente três mensagens de Deus para toda pessoa de nosso século: (1) Deus me
conhece totalmente, não posso enganá-Lo. (2) É imperativo vencer; O apóstolo Paulo nos dá a chave: "Tudo posso nAquele
que me fortalece" ( Filipenses 4:13 ). (3) Devo sempre obedecer à voz do Espírito Santo de Deus.
ANALISANDO AS SETE IGREJAS
Veremos os pontos mais destacados da mensagem às sete igrejas, as quais estavam localizadas na província romana da
Ásia, conhecida como Ásia Menor, na atual Turquia. Veja desenho ao final do estudo.
As sete igrejas são a primeira das séries de sete em Apocalipse (7 igrejas, 7 selos, 7 trombetas, etc.). A repetição abundante
do número sete nos sugere um uso simbólico. O fato de que nessa região havia mais de sete igrejas, sugere a idéia de que
foram escolhidas devido a suas características como símbolos proféticos, de sete períodos específicos da igreja cristã. O
estudo da história confirma esta idéia.
ÉFESO: ERA DA PUREZA APOSTÓLICA
2. Quais seriam as características mais destacadas da igreja durante o período profético de
Éfeso? Apocalipse 2:1-7.
A. Elogio: "Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua . . . . . . . . . . . . ; sei que não podes
suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem ser . . . . . . . . . e não o são, e os achaste
mentirosos;”
B. Reprovação: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro . . . . .”
As Sete Igrejas de Deus
2
Nota: É a época dos apóstolos, durante o século 1. Foi um tempo de grande crescimento. O historiador Gibbons diz que os
cristãos chegaram a ser nessa época uns 6.000.000. Os apóstolos deixaram bem claro, na Santa Bíblia, a pura doutrina de
Cristo.
ESMIRNA: ERA DE PERSEGUIÇÃO E MARTÍRIO
3. Quais seriam as características mais notáveis da época da igreja simbolizada por
Esmirna?
Apocalipse 2:8-11.
A. Elogio: Verso 9 “Conheço a tua . . . . . . . . . e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia
dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás.”
Nota: Esmirna representa a igreja desde o ano 100 até o ano 313. Foi o período de horrendas perseguições do Império
Romano contra os cristãos que foram queimados vivos, decapitados, entregues às feras no circo romano, etc. Para esses
fiéis mártires o Senhor não tem reprovação. O período termina com o edito de tolerância de Milão, assinado por Constantino
no ano 313.
PÉRGAMO: ERA DE COMPROMISSOS
4. Quais seriam os principais traços do cristianismo durante a época representada por
Pérgamo? Apocalipse 2:12-17.
A. Elogio: "... conservas o Meu . . . . e não negaste a Minha . . ..." ( Apocalipse 2:13 ).
B. Reprovação: "14 entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a
doutrina de . . . . . . , o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel,
introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. 15 Assim tens também
alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. 16 . . . . . . . . . . . ., pois; ou se não, virei a ti
em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.”
Nota: Pérgamo cobre os séculos IV, V e a primeira metade do VI. Como Satanás não pode destruir a igreja com as
perseguições, tratou de corrompê-la e colocá-la em compromisso com o Estado, introduzindo na igreja pagãos nãoconvertidos
e que conservaram parte de suas idéias. Foi neste período que entraram na igreja os dogmas da: imortalidade
da alma, batismo por aspersão, trindade, guarda do domingo, autoridade da igreja e etc. Esse paganismo todo introduzido
na igreja, foi tirando sua força espiritual, produzindo seus efeitos até os nossos dias.
TIATIRA: ERA DE APOSTASIA
5. Quais seriam os pontos principais da mensagem à época representada por Tiatira?
Apocalipse 2:18-29.
A. Elogio: Verso 19 "Conheço as tuas obras, e o teu . . . . , e a tua . . , e o teu . . . . . . . , e a tua .
. . . . . . . . . . . , e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras.
B. Reprovação: Verso 20 "Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa;
ela ensina e . . . . . os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a . . . . . . ;”
Nota: Tiatira representa o período que vai desde o século VI ao XV. É a Idade Média. Jezabel, filha de um rei sidônio,
adoradora de Baal, a qual introduziu a idolatria e corrupção religiosa em Israel, é aqui o símbolo da apostasia e corrupção
religiosa aberta. A igreja se paganizara.
6. Que palavras indicam que ainda ficava um pequeno remanescente? Apocalipse 2:24.
"Digo-vos, porém, a vós os demais que estão em Tiatira, a todos quantos . . . têm esta doutrina, e
não conhecem as chamadas profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei;”
SARDES: ERA DA REFORMA
7. Quais seriam as características mais destacadas da igreja durante o período
representado por Sardes? Apocalipse 3:1-6.
As Sete Igrejas de Deus
3
A. Reprovação: Verso 1 "... Conheço as tuas obras, que tens nome de que estás . . . . . e estás . . .
. . .”
B. Elogio: Verso 4 “Mas também tens em Sardes algumas poucas . . . . . . . que não contaminaram
as suas vestes e comigo andarão vestidas de branco, porquanto são dignas."
Nota: Sardes corresponde à igreja no século XVII e primeira parte do século XVIII, quando a verdade bíblica começou a abrir
caminho por meio da pregação dos reformadores. Apocalipse 3:2 profetiza a tragédia vivida pelas igrejas que, após a
morte de seus fundadores, deixaram morrer grande parte das verdades descobertas e pregadas pelos reformadores.
FILADÉLFIA: ERA DO REAVIVAMENTO
8. Quais são os traços preeminentes do período da igreja profetizado por Filadélfia?
Apocalipse 3:7-13.
A. Elogio: Verso 8 "Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que
ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto . . . . . . . . . a minha palavra e não negaste o
meu nome”
Nota: Filadélfia, que quer dizer amor fraternal, representa a última parte do século XVIII e a primeira do século XIX, com o
nascimento da expansão missionária e a organização das Sociedades Bíblicas Mundiais. Começa a estudar-se o livro de
Daniel e Apocalipse e surgem os maiores reavivamentos da História.
LAODICÉIA: A ERA PRESENTE
9. Quais são as características profetizadas para nosso tempo, representado por Laodicéia?
Apocalipse 3:14-22.
A. Elogio: Não há.
B. Repreensão: Verso 15 e 16 “Conheço as tuas obras, que nem és . . . . nem . . . . . . ... assim
porque és morno, . . . . . . . . . . da minha . . . . “
C. Conselho: Verso 18 "Aconselho-te que de Mim compres . . . . . provado no fogo, e vestiduras
. . . . . . ... e . . . . . . . para ungires os teus olhos..."
10. Qual é a conduta que deveria seguir a orgulhosa e auto-suficiente Laodicéia?
Apocalipse 3:19.
"Eu repreendo e disciplino a todos quantos amo. Sê, pois, zeloso e . . . . . . . . . . . . ."
Nota: A triste condição de auto-suficiência e miséria espiritual de Laodicéia, levaria ao ato de Deus vomitá-la Apocalipse
3:16. Ele ainda faz o último convite ao remanescente, e individualmente apela aos sinceros. Não tolera porém seus erros, e
lhes dirige os mais sérios conselhos Apocalipse 3:17. Todavia, se Lhe abrirmos o coração, e a

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O espírito Santo e os Dons

Texto base: I Co. 12.1ss

Introdução: Os dons do Espírito säo de suma importância para a igreja de nosso Senhor e Salvador Jesus, pois os mesmo tem como objetivo equipar a igreja do Mestre para a obra que lhe foi confiada.

1. Definindo o dom
A palavra dom provem da palavra grega CHARISMA, e significa um dom pela graça, um dom livre, gratificação divina, dote espiritual, capacidade milagrosa. Esta palavra e usada especialmente para designar os dons do Espírito. Cf. 1 Co. 12.4-10

2. Existe três tipos de dons
2.1. dons naturais
2.2. dons ministeriais – Ef. 4.11
2.3. dons espirituais – I Co. 12.1ss

2.3.1. existe o dom do Pai – é o Filho – Jô. 3.16
2.3.2. existe o dom do Filho – é o Espírito Santo – At. 2.1ss
2.3.3. existe o dom do Espírito Santo – são nove distribuídos a igreja de Cristo – I Co . 12.1-11

3. A finalidade dos dons

3.1. A edificação da igreja – Ef. 4.7-16; I Ped. 2.5; I Co. 2.9-12
3.2. A glorificação do nome de Jesus – I Co. 10.4
3.3. Adornar a igreja – Gn. 24.15-22
3.4. Equipar a igreja – Ef. 6.10ss


4. Impedimentos a manifestacao dos dons

4.1. Incredulidade – Ef. 2.8; Rm. 8.32; At. 2.17
4.2. Falta de interesse – II Tm. 1.6
4.3. Falta de temor, adoração e santidade – Pv. 8.13; Js. 3.5; At. 2.43

5. A utilidade dos dons

5.1. Útil para nos ensinar verdades espirituais
5.2. Útil para o incremento da evangelização
5.3. Útil para o crescimento da igreja

6. Teorias a respeito dos dons

6.1. Os dons são naturais
6.2. Os dons são totalmente sobrenaturais – essa teoria nega o envolvimento humano, afirmando que o Espírito ignora a mente do homem.
6.3. Os dons são encarnacionais – Isto e Deus opera através de seres humanos. O espírito capacita o crente a ministrar de modo sobrenatural acima de suas capacidade humanas.


7. Falsos conceitos em relação aos dons

7.1. Os dons nos são dados não para a nossa exaltação – Lc. 9.46
7.2. Os dons nos são dados não para demonstrar o nosso egoísmo – Lc. 9.49-50
7.3. Os dons nos são dados não para fazermos o que queremos – Lc. 9.52-54


8. A classificação geral dos dons

8.1. Dons de Revelação
• Palavra da sabedoria
• Palavra do conhecimento (ciência)
• Discernimento dos espíritos


8.2. Dons de Poder
• Dom da fé
• Dons de curar
• Dons de operação de milagres

8.3. Dons de Elocução
• Profecia
• Variedade de línguas
• Interpretação de línguas

9. Uma vista geral dos dons

9.1. Aqueles que concedem poder para saber sobrenaturamente – (dons de revelação) Mt. 13.11; I Co. 2.10
9.2. aqueles que concedem poder para agir sobrenaturalmente – (dons de poder)
At. 6.8; 19.11,12; II Co. 10.3-5
9.3. Aqueles que conceder poder para falar sobrenaturalmente – (dons de elocução)
At. 13.9-12; II Ped. 1.21

10. Dons de Revelação

10.1 – A palavra de Conhecimento

Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstancias ou de verdades bíblicas.- cf. At. 5.1-10; 10.47,48; 13.2; 15.7-11; II Rs 6.8-17; 8.7-15; Jô. 2.25; 1.46,47; 4.17,18; 11.4-11; Mt. 21.2; Lc. 22.8-13; 22.34; At. 27.10
• A palavra do conhecimento não e conhecimento natural
• A palavra do conhecimento não e um profundo conhecimento da Bíblia
• A palavra do conhecimento não e conhecer a Deus mediante comunhão com Ele.

10.2 – Manifestação do dom da palavra do conhecimento. No ministério de :
• Jesus – Jô. 2.25; 4.1ss; 11.4-11; Mt. 21.2
• Pedro – At. 10.9-19
• Ananias – At. 9.10ss
• Eliseu – II Rs. 5.21-24

10.2 A palavra de Sabedoria

Trata-se de uma enunciação do Espírito Santo aplicando a palavra de Deus, ou a sua sabedoria, a uma determinada situação – At. 6.3,10; 15.13-21; 27.10, 23-24.
Existem três tipos de sabedoria:
a) Satânica – Ez. 28.12-17; Tg. 3.14-16
b) Humana – Lc. 14.28-32
c) Divina – I Co. 2.6

A palavra da sabedoria no ministério de Jesus:
a) Em sua resposta ao homem avarento – Lc. 12.13ss
b) Nas respostas aos seus inimigos – Mt. 21.25; 22.21,32
c) Nos acusadores da mulher adultera – Jô. 8.1ss

10.3 O discernimento dos espíritos
a) Capacidade especial para julgasse profecias e enunciações proféticas, provem do Espírito de Deus.
b) Poder sobrenatural para detectar o domínio dos espíritos e suas atividades
c) Implica o poder do discernimento espiritual, revelação sobrenatural dos planos e propósitos do inimigo e suas forças.

10.4 O que não é discernimento dos espíritos
a) Não é habilidade para descobrir falha dos outros
b) Não é leitura de pensamentos
c) Não tem relação com a psicologia.
Vide I Jo.4.1-3; At.8.10-13; Lc.13.11-16; Mc.9.25; I Tm.4.1; Ap. 13.14; Jr. 23.21-26
Lc. 8.29; Mt. 24.24.


11. O s Dons de Poder

11.1. FÉ
Fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus, para a realização de milagres.

Existe 3 tipos de Fé:
1. Fé natural;
2. Fé salvadora;
3. Fé como um dom do Espírito.

As dimensões da Fé
• Sem fé – Hb. 11.6
• Fé crescente – 2 Ts. 1.3
• Fé pequena – Mt. 14.28-31
• Fé Grande – Mt. 15.21-28


Exemplos específicos:

• O centurião de cafarnaum – Mt. 8.5-13
• Um leproso – Lc. 17.11-19
• Dois cegos – Mt. 9.27-29
• O pai do jovem lunático – Lc. 9.36-50


11.2. Dons de Curar

Restauração da saúde de alguém, por meios sobrenaturais divinos. – cf. Mt. 4.23,24; Jô. 6.2; Lc. 4.40,41, At. 4.30; 5.15,16; 9.32-34.

11.3. Dom de Operação de Maravilhas
Poder divino sobrenatural para alterar o curso da natureza. Consiste de dois plurais: dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energema (resultados eficazes). Esse dom pode estar relacionado à proteção, provisão, expulsão de demönios, alteração de circunstancias ou juízo.

11.3.1 Exemplos específicos:
• No ministério de Paulo – At. 13.4-12; 19.11
• No ministério de Pedro – At. 9.36-43
• No ministério de Elias – I Rs. 17.8-16-24; II Rs. 1.9-15
• No ministério de Eliseu – II Rs. 4.38-41,42-44; 6.1-7
• No ministério de Moisés – Ex.15.23-25; Nm. 16.1-21-33
• No ministério de Jesus – Jô. 6.5-14; Lc. 8.22-25
• Vide outros exemplos: Js. 10.12-15; Is. 38.1-8; Ex. 13.17-22

12. Dons de Elocução

12.1. Dom de profecia

A palavra mais usada no sentido de profeta, na língua hebraica, inclui a idéia de: BORBULHAR de uma fonte d’água, TRANSBORDAR de um caldeirão fervendo, ALEGRAR-SE com uma visão, e também, DESCOBRIR A VERADE POR OBSERVAÇAO. Portanto um profeta é aquele que fala em nome de alguém, predizendo a maneira pela qual Deus vai agir no meio de seu povo.

12.1.1 A finalidade da profecia
a) Exortar;
b) Consolar;
c) edificar a igreja.

12.1.2. Existe três tipos de profetas
a) profeta do obvio;
b) profeta da confusão;
c) profeta de Deus.


12.1.3. Exemplos específicos do dom da profecia

a) Agabo profetizou uma grande fome – At. 11.28-30
b) Na igreja de Antioquia havia crentes com esse dom – At. 13.1-3
c) Na igreja de Corinto – I Co. 14.1ss


12.2. Dom de variedades de línguas

Variedade é o mesmo que diversidade(subdivisões, baseadas em ligeiras diferenças) obedecendo sempre um mesmo principio ou fonte. Um exemplo deste dom vemos em At. 2.7-12. Este dom deve ser acompanhado por interpretação de línguas – cf. I Co. !4.5,13,23.


12.3. O dom de interpretação de línguas

Devemos ter em conta que o DOM é sobrenatural e não pode ser interpretado pelo fato de alguém ter aprendido algum idioma humano. Aqui vemos em foco o que é sobrenatural e não o que é natural.



Conclusão: Que Deus nos ajude a manter sempre acessa a chama do Espírito, para que possamos sempre desejar os seus dons e abundar neles para a glória de Deus Pai. Meu amado irmão, busque os dons do Espírito, pois eles te capacitarão de uma maneira gloriosa para o trabalho do Mestre. Amém!

domingo, 28 de março de 2010

Origem dos povos

A Origem dos Povos
14/03/2010 milerfreitas Ver comentários Comentar
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Antigos Habitantes

Depois do dilúvio, Noé profetizou acerca do destino e distribuição dos descendentes de seus três filhos: Sem, Cão e Jafé (Gn 9.25-27). Os jafetitas se dirigiram para o Ocidente, povoaram todas as ilhas do Mediterrâneo, a Europa e parte da Ásia. Hoje, estão espalhados pelos quatro cantos da terra, detendo a cultura mundial, desenvolvendo as artes, as indústrias e as ciências. Os descendentes de Cão se espalharam pela Etiópia, Egito, imediações do Mar Cáspio.

Cuche, filho mais velho de Cão, foi pai de Ninrode, chefe da primeira coligação de povos da Mesopotâmia. Canaã, o filho mais novo de Cão, foi pai dos cananeus, dos fenícios e de outros pequenos povos destruídos pelos semitas.

Hete, um dos filhos de Canaã, deu origem aos heteus ou hititas, um império perdido cuja literatura decifrada esclareceu muitos pontos obscuros da antiga civilização. Os descendentes de Sem deram origem aos assírios, aos cal-deus, aos hebreus, lídios, arameus.

HABITANTES DA PALESTINA
Amonitas
Eram aparentados com os israelitas por meio de Ló, e não se opuseram à sua marcha rumo à Terra Prometida.Atacaram-nos depois, no tempo dos juízes e do rei Saul. Davi tomou a capital dos amonitas, atual Amã, assumindo o controle do país. Salomão deixou-se influenciar pela religião dos amonitas e seguiu a Milcom, deusa do povo (1Rs 11.5). Após o exílio, o amonita Tobias interferiu na obra de Neemias (Ne 4.3).

Cananeus
Estavam espalhados pelo território distribuído entre as tribos de Manas-sés, Efraim, Zebulom, Aser, Naftali e Dã. Nunca foram exterminados pelos israelitas (Jz 1.30-36; 3.1-6). Muitos séculos depois da ocupação da terra, são mencionados nas Escrituras, por ocasião do recenseamento feito por Davi (2Sm 24.7). Casaram-se com os israelitas (1Cr 2.3). Um dos apóstolos era cananeu (Mt 10.4). Receberam benefícios diretos de Jesus durante seu ministério (Mt 15.21-28).

Os principais portos eram Tiro, Sidom, Beirute e Biblos, de onde exporta-vam-se madeira de cedro, óleo, vinho e outras mercadorias para o Egito, Creta e Grécia. A língua dos cananeus era semelhante à hebraica e, talvez, fosse a mesma.

Edomitas (Nm 20.14-21)
Habitavam no Monte Seir (Gn 32.3). Eram, também, parentes chegados dos israelitas, descendentes de Esaú. Alguns eram comerciantes e outros, trabalhavam nas minas de cobre e na agricultura. Durante o êxodo, recusaram passagem pelo seu território (Nm 20.18-21). No período dos juízes, chegaram a invadir o território de Israel. Somente durante o reinado de Davi foram dominados. Mas durante o reinado de Salomão ganharam a independência (2Sm 8.13,14; lRs 11.14-22). Salomão utilizava seu porto no mar Vermelho, Eziom-Geber (Elate). No período macabeu, fizeram nova investida contra Israel, chegando a penetrar até Betzur, território de Judá, mas foram repelidos pelos macabeus. Houve várias profecias contra eles (Is 63.1-6; Ez 25.12-14; Am 1.11,12; Ob 1; MI 1.1-5). Herodes, o Grande, que reinou quase quarenta anos sobre a Palestina, era um mestiço de edomita e judeu, natural da Iduméia.

Fenícios
Uma das suas antigas cidades era Biblos, onde se desenvolvia grande comércio marítimo, por volta do século XVIII a.C. Nos dias de Salomão, a Fenícia fornecia madeira de lei, ouro e artesãos habilitados para a construção do templo e dos palácios em Jerusalém, além de marinheiros e navios para a frota real. Depois da divisão entre os reinos do Norte e do Sul, a Fenícia manteve a supremacia dos mares por muito tempo. O rei Acabe casou com a filha de um rei de Sidom e a religião fenícia entrou em Israel: adoração a deuses estranhos, como Baal (1Rs 16.29-34). Quando Elias teve de fugir para o estrangeiro, provavelmente dirigiu-se a Tiro, cidade considerada o empório do mundo. Em seu mercado, uma espécie de feira internacional de amostras, havia artigos de todas as partes do mundo (Ez 27). Jesus também visitou os lados de Tiro e Sidom e ali curou a filha da mulher sirofenícia. Também falou do julgamento final daquelas cidades (Mt 15.21-28; Mt 11.21,22). A antiga Fenícia corresponde ao atual Líbano.

Filisteus (Gn 10.14)
O nome Palestina deriva-se de Filístia. No tempo dos juízes até os dias de Davi, os filisteus representavam uma ameaça a Israel. Seu território era dividido politicamente em cinco partes, cada uma com sua capital, sendo Asdod a capital federal da confederação. Parece que eram de linhagem semita e não grega, pois traziam as características e crenças religiosas dos semitas. O Antigo Testamento dá nomes semíticos aos deuses filisteus: Dagon, Baalzebub, Astarte. Os filisteus foram os mais ferrenhos inimigos de Israel e nunca foram completamente vencidos, por causa do enfraquecimento moral e espiritual de Israel. Sansão foi um dos juízes que lutou contra eles. O gigante Golias, com quem se confrontou o jovem Davi, era filisteu.

Gibeonitas
Também chamados de heveus, eram ainda conhecidos como amorreus, descendendo da mesma linhagem cananéia, isto é, do ramo camita. São inúmeros os acontecimentos históricos relacionados com Gibeão e referidos na Bíblia (Js 21.17; 2.12; 20.1-13; 1Rs 3.1-15; Ne 7.25).

Girgaseus (Gn 15.19,20)
Na Bíblia, são citados como um dos habitantes da Palestina por ocasião da conquista da terra (Gn 10.16; Dt 7.1). Provavelmente, ocupavam uma região à margem ocidental do Jordão, pois foi perto de Jericó que os israelitas os encontraram pela primeira vez (Js 24.11).

Heteus ou hititas (Êx 3.8)
Eram habitantes da Palestina quando Abraão ali chegou (Gn 15.20,22). Ocupavam também a Ásia Menor, onde se encontram monumentos erguidos por eles. Possivelmente, foi entre esse povo que se verificou o acontecimento narrado em Atos 14.11-18. Travaram algumas lutas com o Egito, com Israel e com a Assíria. Eles também desenvolveram sua própria escrita hieroglífica. Não foram totalmente expulsos pelos israelitas, pois encontramos referências a eles no tempo de Davi. Urias era heteu (1Sm 26.6; 2Sm 11.3). Salomão casou-se com diversas princesas hititas para estender seu domínio e conservar a paz com o povo; depois do cativeiro ainda estavam lá (Ed 9.1). De 1500 a 700 a.C., desem-penharam um papel importante na história da Ásia Menor e da Síria. O império hitita desapareceu sob os ataques dos “povos do mar” (filisteus).

Jebuseus (Gn 10.16)
Habitavam em Jerusalém e na região montanhosa que se chamava Jebus (Gn 15.21), pois seus colonizadores foram os filhos de Jebus. Era um povo muito forte e possuía, na vizinhança de Jerusalém, uma grande fortaleza, que só no tempo de Davi foi destruída (Jz 1.8; 15.8; 2Sm 5.6-16). Apesar de os israelitas terem dominado a região, os jebuseus não foram completamente dizimados. A área em que Salomão erigiu o templo foi comprada por Davi de um jebuseu (2Sm 24.18-26; 2Cr 3.1).

Midianitas (Gn 25.2)
Descendiam de Midiã, um dos dois filhos de Abraão com Quetura. Quando Moisés fugiu para a região de Mídia, e ali permaneceu durante quarenta anos, acredita-se que ele tenha preferido esta região em virtude do parentes-co com seu povo. Supõe-se que habitavam o deserto de Parã e a região do Sinai, pois antes de morrer Abraão separou os filhos de Quetura e os mandou para o Oriente (Gn 25.1-11). Dedicavam-se especialmente ao comércio e foram esses mercadores que venderam José para o Egito (Gn 37.25, 28, 36). Foi o último povo com o qual Moisés lutou antes de ser chamado por Deus (Nm 31.1,2). No período dos juízes, habitavam no lado oriental do Jordão. Chegaram a invadir a Israel e a praticar vários atos de vandalismo. Foi por esse tempo que surgiu Gideão com seus 300 valentes e desbaratou o numeroso acampamento midianita. Depois da estrondosa vitória de Gideão, não voltaram a invadir o território de Israel (Is 9.4; Sl 83.9).

Moabitas
Ocupavam a região de Moabe, lado ocidental do mar Morto. Eram descendentes de Ló (Gn 19.37) e parentes dos israelitas. Talvez, por causa deste parentesco, Moisés não quis guerrear contra eles, quando passavam pelo deserto (Dt 2.9). Alarmados com a aproximação dos israelitas, Balaque, rei de Moabe, mandou chamar a Balaão para maldizer os filhos de Israel (Nm 22.2-6). Por causa disso, os israelitas não permitiram sua entrada na congregação, mesmo depois da décima geração (Dt 23.3-6). Houve conflitos entre os moabitas e os israelitas, ao longo de sua história. Os profetas os consideravam inimigos do reino de Deus e contra eles profetizaram (Is 15 e 16; Jr 9.26; 25.21; Ez 25.8-11; Am 2.1,2; Sf 2.8-11).

A história de Noemi e Rute, a moabita, revela a amizade que havia entre os dois povos, apesar das lutas e desentendimentos (Rt 1.1-18). No tempo de Davi, pagaram-lhe tributos. Sua fé num deus que agia na história era semelhante à fé de Israel (Nm 21.10-15; Jz 11.17; 1Sm 14.47; 2Sm 8.2,12; 2Rs 13.20).

Perizeus ou ferezeus (Êx 3.8)
Habitavam nos lugares montanhosos (1s 11.3). Suas cidades não eram muradas e sua principal atividade era a agricultura. Estavam espalhados entre os cananeus, entretanto, as regiões que ocupavam não são bem definidas pelas informações disponíveis (Gn 13.7; 34.30). Quando os israelitas voltaram do cativeiro, ainda havia perizeus na terra (Ed 9.1; Ne 9.8).

Queneus (Gn 15.19)
Era um povo nômade, habitava na região do Sinai e tinha parentesco com os amalequitas. Mantinha amizade com Israel, possivelmente pela afinida-de que tinham, pois Jetro, sogro de Moisés, era queneu. No tempo dos juízes chegaram a fixar residência em Gadesh, perto de Meron (Jz 4.11; Nm 10.29). Quando Saul guerreou contra os amalequitas, avisou aos queneus que se reti-rassem do meio deles, o que evidencia a amizade existente (1Sm 15.6). Durante o reinado de Davi, havia um grupo deles ao sul de Judá (1Sm 27.10; 30.29). Dos queneus descendia outro povo nômade, os recabitas.

Descendentes de Noé

Noé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

Nota: Se procura a visão islâmica deste personagem, consulte: Nuh. Ainda, se procura a sura que leva seu nome, consulte: Nuh (sura).

Noé
Nome hebraico ou grego נח
Pais Lameque
Filhos Sem, Cam e Jafé
Anos de vida 950 anos
Livros Gênesis 5:29 - 9:29

Noé ou Noach (do hebraico נח, "descanso, alívio, conforto" ) é o nome do heroi bíblico que "recebeu ordens de Deus para a construção de uma arca, para salvar a Criação do Dilúvio". De acordo com o Pentateuco, os cinco primeiros livros do tradicional velho testamento da Bíblia escritos por Moises, Noé era filho de Lameque, que era filho de Matusalém, que era filho de Enoque, que era filho de Jarede, que era filho de Malalel, que era filho de Cainan ou Quenã, que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era filho de Adão que era filho de Deus.

Seus três filhos mais conhecidos eram Sem, Cam ou Cã e Jafé.

A mulher de Noé (Gênesis 6:18; 7:7, 13; 8:16, 18), segundo a tradição judaica não bíblica, é chamada de Noéma ou Naamá (Na'amah - cheia de beleza) uma mulher cananita. Há quem a identifique como proveniente da descendência de Caim, sendo irmã de Tubalcaim que era filho de Lameque. Por ter sido considerada de menor importância o seu nome, não vem mencionado do Pentateuco ou no Torá, na história de Noé. No livro dos Jubileus, o seu nome é conhecido por Enzara e seria sobrinha do Patriarca.
Índice
[esconder]

* 1 O nascimento de Noé (segundo livro de Enoque)
* 2 História bíblica
o 2.1 O Dilúvio
o 2.2 O repovoamento da Terra
o 2.3 Longevidade de Noé
o 2.4 Descendentes de Noé
* 3 A visão Muçulmana
* 4 Similariedades
* 5 Paralelismo
* 6 Referências bíblicas

[editar] O nascimento de Noé (segundo livro de Enoque)

O nascimento de Noé é relatado no apócrifo de Enoque e relata a história de uma estranha criança. Conta a história que Matusalém escolheu uma esposa para o seu filho Lameque e esta ficou grávida de um filho. Quando este nasceu repararam que era um bebê muito diferente dos outros e o seu pai teve medo. Ao ter medo dirigiu-se ao Matusalém para lhe contar o sucedido e disse-lhe: "Eu tive um filho estranho, diferente de qualquer homem, e a sua aparência é como a dos filhos de Deus do céu; e a sua natureza é diferente e não é como um de nós." (Enoque 106:7)

Matusalém ouvindo isto viajou para longe, ao encontro de Enoque e contou-lhe o sucedido e este ouvindo tudo lhe respondeu: "O senhor fará algo de novo na terra, porque na geração de meu pai Jared, alguns dos Anjos do Senhor transgrediram a palavra de Deus e a sua lei, e uniram-se pecaminosamente com as filhas dos homens e tiveram filhos. Estes filhos resultantes desta união foram gigantes, não de acordo com o espírito mas de acordo com a carne. Por isto, Deus destruirá a terra com um grande dilúvio e haverá grande destruição e castigo. E este filho que nasceu de teu filho será salvo, e os seus filhos com ele. E toda a humanidade restante morrerá." (Enoque 106:13-17)

Os livros de Enoque e esta história não foram aceitos pelos Judeus, porque, segundo a sua doutrina, os Anjos não se poderiam misturar com as mulheres comuns. Além disto, Matusalém não poderia ter feito qualquer menção a respeito de Noé a Enoque, pois este já não podia ser encontrada mesmo alguns anos antes do nascimento de Noé, conforme a Bíblia, no capítulo 5 do Livro de Gênesis, versículos 21 a 29.Afirma-se entretanto que a origem deste episódio, estaria na Bíblia, em uma das interpretações para os versículos 1 e 2 do capítulo 6 do livro de Gênesis.
[editar] História bíblica
Noé amaldiçoando seu neto Canaã, gravura de Gustave Doré (1832-1883).

A história de Noé encontra-se no livro de Gênesis, sendo seu nome mencionado pela primeira vez em 5:29, encerrando com sua morte, em 9:29, com 950 anos. O relato conta que Noé era descendente da linhagem de Sete, e viveu numa época em que as outras linhagens humanas (a partir dos descedentes de Caim e dos próprios parentes de Noé, provavelmente) mostraram-se corrompidas.
[editar] O Dilúvio

Ver artigo principal: Dilúvio

O livro de Gênesis diz que "E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente." (Gênesis 6:5) e decidiu eliminar a população provocando uma grande inundação. Porém, resolveu poupar a vida de Noé e de sua família, o qual era um homem justo e achou graça aos olhos do senhor (Gênesis 6:8).

Deus, então, falou com Noé, ordenando-lhe a construção de uma grande embarcação, onde ele reuniria todos os animais da Terra (do hebraico "ארץ" = Eretz. significa região) pelos 40 dias de dilúvio. Noé então reuniu um casal de cada espécie e abrigou sua família no interior da arca. A arca teria repousado nos Montes Ararat (Urartu), atual Turquia, por um período de quase 8 meses até que Deus confirmou o momento que poderiam descer da arca.
[editar] O repovoamento da Terra

A Noé e seus descendentes coube a tarefa de povoar a região. A fonte extra-bíblica de Flávio Josefo detalha em pormenores a descendência de Noé, e quais povos cada um de seus filhos e netos teria dado origem. A vida de Noé após o dilúvio, porém, é curiosamente deturpada pelo alcoolismo. Em certa altura, embebedara-se com o vinho produzido de sua própria videira de tal modo que encontrou-se nu em sua tenda. Seu filho Cam o viu e faz saber aos que estavam fora. Seus irmãos sabendo entraram na tenda de costas para cobrirem Noé sem o ver nu. Quando recobrou a consciência, Noé amaldiçoou seu filho Cã e seu neto Canaã, porém abençoando seus outros filhos, Sem e Jafé.

A história de Noé tem forte significado simbólico sobre boa parte da história de Israel, principalmente durante o período da conquista de Canaã narrada no livro de Josué. A maldição de Noé certamente foi usada pelos povos semitas (ou seja, descendentes de Sem, cujos hebreus fazem parte) como justificativa para a conquista da terra de Canaã (ocupada pelos cananeus, alegadamente descendentes de Canaã, neto amaldiçoado de Noé).
[editar] Longevidade de Noé

De acordo com o texto bíblico, Noé teria vivido 950 anos. Tinha 500 anos quando gerou a Sem, Cam e Jafé. Com a idade de 600 anos, enfrentou o dilúvio e ainda viveu mais três séculos e meio, o que significa que poderia ter falecido nos dias de Abraão, já na décima geração de seus descendentes.
Idades dos patriarcas nome ↓ idade ao ser pai ↓ idade ao morrer ↓
Adão 130 930
Sete 105 912
Enos 90 905
Cainan 70 910
Mahalalel 65 895
Jarede 162 962
Enoque 65 365
Matusalém 187 969
Lameque 182 777
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180
[editar] Descendentes de Noé
Nações bíblicas descendentes dos filhos de Noé Sem ↓ Cam ↓ Jafé ↓
Hebreus Cananeus Gregos
Caldeus Egípicios Trácios
Assírios Filisteus Citas
Persas Hititas
Sírios Amorreus

Os descendentes de Sem eram chamados semitas. Os descendentes de Cam estabeleceram-se em Canaã, no Egito e na África. Os descendentes de Jafé estabeleceram-se, em sua maioria, na Europa e Ásia Menor.
[editar] A visão Muçulmana

As 7 dispensações e aianças

AS SETE DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS DE DEUS


História Bíblica Dispensacional
Apostila FAETEL 2000

AS SETE DISPENSAÇÕES





1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
ALIANÇA EDÊNICA

Em Gn l .28, começa a "Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica da vontade divina.
O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das conseqüências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente, Ef l. 10; I Tm 2.14. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal, Gn 3.24. Nesta Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o Senhor andava no jardim na viração do dia, Gn 3.8.0 homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito.
O homem possuía por intuição, e não por um processo didático, uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele; mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada.
Em Gn l .28, temos também a primeira das oito grandes Alianças da Bíblia - A Edênica, que determina a vida e a salvação do homem.

Esta aliança tem seis elementos, onde o homem e a mulher haviam de:
1. Encher a Terra de uma nova ordem - a humana;
2. Subjugar a Terra, para o proveito humano;
3. Ter domínio sobre a criação animal;
4. Zelar do jardim;
5. Comer ervas e frutas;
6. Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
A penalidade pela desobediência desta última ordenação era a morte.
O Elemento Estranho
Satanás, cujo único desejo era introduzir confusão no ambiente de paz. O ardil usado foi a "Dúvida" que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada.
Em Gn 2.16,17: Deus disse: "... mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela mo comerás". O homem, com seu livre-arbítrio, estava sendo testado.

Verifique os passos que o homem deu para sua queda:
l°)ver;
2°) cobiçar;
3°) tomar;
4°) esconder;
5°) transmitir;
6°) morrer.

As Conseqüências da Queda do Homem
1°) Conhecimento do mal;
2°) A perda da comunhão com Deus;
3°) Separou-se de Cristo;
4°) O espírito do homem ficou em estado de morte;
5°) A perversão da natureza moral;
6°) Tornou-se escravo do pecado e de Satanás, e
7°) Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados
funestos).
As três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice:
1°) A concepção multiplicada;
2°) O aumento de dores durante a maternidade, e 3°) Sujeição ao domínio do homem.
Vedado o Caminho da Árvore da Vida, Gn 3.24.
Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos a morte física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo.
Em Gn 3.15, encontramos a Primeira Promessa do Redentor.

2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, Gn 3. l
Aliança Adâmica (Não deixe de Ver este estudo Aliança)

Enquanto a Primeira Dispensação não teve uma duração muito certa, a Segunda Dispensação, de "Adão ao Dilúvio", teve uma duração de 1656 anos, ^ quando deu-se a Tentação e a queda do homem até Gn 2.
Temos visto muitas coisas boas; porém em Gn 3, a cena muda e o mal aparece. O tentador, com o aspecto de uma serpente, tenta a mulher e ela comete o pecado da desobediência, acompanhando-a Adão. Se a serpente era simplesmente influenciada pelo maligno ou se era uma positiva materialização dele, não sabemos;
não resta dúvida porém que Satanás foi a causa original da tentação, Ap 12.9; 20.2. Ao menos, é evidente que a serpente foi possuída por Satanás e chegou a ser identificada com ele e o mesmo falou por ela, Gn 3.1,4: "...Diz que a Serpente falou". \
Por que Deus fez o homem com a capacidade de pecar? Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A Liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, liberdade de escolher, liberdade de consciência e sendo assim, ainda usa essa liberdade para rejeitar e desobedecer a seu Deus. j
Deus não sabia que o homem haveria de pecar? Sim. E Ele previu as terríveis conseqüências disso, e também previu seu resultado final. Sofremos e tomamos a sofrer, e indagamos sem atinarmos porque Deus fez o mundo assim, um dia, porém, depois tudo tiver chegado à plena realização, nosso sofrimento acabará } e todos enigmas se deslizarão,

E assim, desobedecendo, pecaram e trocaram sua inocência por uma consciência acusadora; sua ignorância por um conhecimento do bem que tinham desprezado e do mal que não podiam remediar. Tinham agora seus olhos abertos para descobrir o que teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente) para cobrir a sua nudez.
Notamos que Adão e Eva podiam estar tranqüilos com os aventais de folhas que fizeram, enquanto lhes parecia que Deus estava longe. Mas, em vindo o Senhor, logo se esconderam, sentindo-se, aos olhos divinos, descobertos e envergonhados.
Temos no pecado de Eva, os seguintes resultados:

a) A Concupiscência do Comer: "...boa para comer";
b) A Concupiscência dos Olhos: "...agradável aos olhos", e
c) A Soberba da Vida: "...desejável para entendimento ".
Notamos que a primeira conseqüência do pecado foi a vergonha que eles tiveram, ao encontrar-se com Deus, ao ponto de "fazerem aventais", Gn 3.7. O Todo Poderoso então fez túnicas de pele de animal, para vesti-los, Gn 3.21.

Aliança Adâmica
A Aliança Adâmica determina a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno.
"A própria criatura será liberada do cativeiro da correção para a Uberdade da glória dos filhos de Deus '\ Rm 8.21.

Os Elementos da Aliança Adâmica, são os seguintes:

1°)A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada;
2°) A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15;
3°) A condição da Mulher mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.
4°) A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17;
5°) O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17;
6°) O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e
7°) A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual.
"Deus dá uma demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover".

Aqui, duas Ofertas Diferentes:

1a) Abel oferece sangue. Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma "Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor. Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão:
"É bom notar que a "primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte ".
2a) Caim. Foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17. Edificou uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque.

Sua Linhagem Ímpia:
Lameque, Gn 4.19. Foi o "primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24. Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou.
Jabal, um dos filhos de Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento.
Jubal, outro filho de Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu.
Tubal-Caim era "fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas.
Esses homens: Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26.
Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências. Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina.

Uma pergunta freqüente é esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta: com uma irmã dele.
Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. Não podemos continuar nesta história, pois é muito longa.

Ao chegarmos a Terceira Dispensação é necessário que conheçamos:

A Genealogia de Adão a Noé e suas idades relacionadas: Adão, 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; Cainã, 910 anos; Maalelel, 895 anos; Jerede, 962 anos;
Enoque, 365 anos; Metusalém, 969 anos; Lameque, 777 anos; Noé, 950 anos.
Temos aí uma influência do pecado na raça humana. O homem perdendo vida, saúde e alegria; e hoje o salmista afirma: "que os nossos dias são de 70 anos e se alguns chegarão aos 80 anos pela sua robustez". SI 90.9,10.
No começo da Dispensarão, colocamos sua duração de 1656 anos. Vamos dividi-la: Adão viveu 930 anos e Noé, 950 anos; entre a morte de Adão e o nascimento de Noé, temos 126 anos. Do Dilúvio a Abraão, 427 anos e Noé viveu 600 anos antes do castigo divino e 350 anos após.
No final da Dispensação da Consciência, os homens estavam em um estado de iniqüidade desenfreada, soltando as rédeas às práticas carnais, isto com exemplos vividos pela geração passada, resultando em costumes e corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de iniqüidade encheu-se; porém o Justo Noé, passou a avisar seus compatriotas do que poderia acontecer. Foram 720 anos de pregação. Então o Senhor disse: "Arrependo-me de ter feito o homem na terra e isso pesou no coração". Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei", Gn 6.6,7. Um período longo de 1656 anos onde a raça humana havia aumentado muito e o Senhor destruiu com o Dilúvio, o qual durou l ano e 10 dias. Noé entra na arca no dia 17 do segundo mês, quando tinha 600 Anos, e continuou até o dia 27 do segundo mês, no ano seguinte, Gn 7.11; SI 1.22.
O que significa a Arca ? Era uma simples e clara figura de Cristo, e um meio de salvação pelo qual uma geração passou pelas águas da morte, e saiu salva do juízo divino. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo. nos salva, por sua morte e ressurreição, se somos achados mortos nele. Para quem está nele não há condenação, Rm 8.1.
Noé não esperou o pronunciamento de um juízo. O que ele queria é que sua família fosse salva por meio da arca, não importando com quem não cria em sua pregação. Seu dever foi cumprido.
O incidente do Dilúvio é, sem dúvida, o exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma obra estranha de Deus, Is 28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é amor, paz, alegria, prazer e misericordioso.

O juízo tem cinco aspectos diferentes:

1°) É para a Glória de Deus;
2°) É para Instruir as Nações, Is 26.9;
3°) É para Purificar, Gn 15.16;
4°) É, conseqüentemente, uma Libertação do Mal, e
5°) É Profético, Lei 7.26,27.

O desfecho da Dispensação da Consciência não significa que Deus deixou de usar a consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como "a voz. de Deus dentro da alma ". Noé e sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e eram responsáveis, junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de Intervenção Divina, na história do homem e um novo começo com Noé e seus filhos.
O aluno deve localizar esta Dispensação da Consciência no mapa das Dispensações.

Questionário das Dispensações: Inocência e Consciência
1) Qual a função de uma aliança durante uma Dispensação?
2) Em que sentido o homem morreu, quando pecou?
3) Por que foi rejeitada a oferta de Caim?
4) Qual foi a promessa que a Aliança Adâmica trouxe para a humanidade?
5) Quem construiu a primeira cidade?
6) De quem o homem se tornou escravo?
7) Qual foi o primeiro resultado da queda do homem?
8) Quem foi o primeiro polígamo?
9) Mencionar dois nomes da linhagem ímpia.
10) Qual a duração da Dispensação da consciência?
11) Como se define uma Dispensação?

3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO, Gn 8 15 11.19.
ALIANÇA NOÉTICA

Esta Dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície da Terra, Gn 10.35; 11. l O-19.
O homem fracassou inteiramente e o julgamento do Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o começo da Terceira. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é essencialmente responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de Deus". Essa responsabilidade pesou sobre os judeus e gentios, até que o fracasso de Israel sobre a Aliança da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no julgamento dos cativos quando começaram "os tempos dos gentios", Lc 21.24. O governo do mundo passou definitivamente para os gentios, Dn 2.3 6-45; At 15.14-17, e Israel, como os Gentios, tem governado para si e não para Deus.
Neste trecho de Noé e seus descendentes, contém alguns pontos que pedem a nossa atenção: a bênção e a promessa de Deus', o pacto que fez com Noé e com toda a alma vivente. O arco-íris, Gn 9.12,17. Alguns pensam que antes do Dilúvio, nunca houve chuva, Gn 2.6. Ezequiel teve uma visão, Ez l .28: "Como o aspecto do arco que aparece no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava".
Em Gn 9.21, lemos sobre a embriaguez, de Noé que nos faz ver que até um homem ricamente abençoado por Deus pode ser vencido por pecados carnais.
De passagem, notamos o procedimento correio de Sem e Jafé, que em tempos remotos tiveram um sentimento moral tão desenvolvido como o dos mais ilustrados de hoje.
Notamos também, como a maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai, e desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente extintos da Terra, Is 17.18.
Se a Bíblia não tivesse registrado: a embriaguez de Noé; o adultério de Davi e a mentira de Pedro, estaríamos imaginando que os homens piedosos do passado eram diferentes de nós mesmos, pois temos tido nossos lapsos na senda da retidão. Verificamos que tal falha não nos autoriza cairmos no mesmo delito, porque deles já temos a história e o aviso: "Olha, Não Caia)>.
Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois, povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande Vale dos rios Tigre e Eufrates.

Descendentes de Noé:

a) Jafé: zona Norte das nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da Europa e Ásia.
b) Cão: zona Sul das nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão).
c)Sem: zona central das nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do vale do Eufrates. A Aliança com Noé, Gn 9.1-17:
1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn8.21;
2) Confirmação da ordem da natureza, Gn 8.22;
3) Estabelecimento do governo humano, Gn 9. l -6;
4) Garantia de que a Terra não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21; 9.11;
5) Declaração profética de que procederia de Cão uma posteridade inferior e serviçal, Gn9.24.25;
6) Declaração profética de que haveria uma relação especial entre Jeová e Sem, Gn9.26.27, e
7) Declaração profética de que de JAFÉ procederiam as "raças dilatadas ", Gn 9.27. Os governos, as ciências e as artes têm provido, geralmente, de descendentes de Jafé; assim a História tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações.

A Torre de Babel, Gn 11
Neste capítulo do Gênesis encontramos o começo da confederação e do engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa confederação: impediu o projeto de se fazer uma alta torre que tocasse no "céu". É interessante confrontar com este começo o desenvolvimento de confederações humanas de hoje e a multiplicação de nomes partidários.
A Descendência de Sem.
Vemos que a posteridade abençoada por Deus nem sempre seguiu pela linha do primogênito. Arpachade era o terceiro filho de Sem, Gn 10.22, e não o primeiro.
Em Gn 5, vemos que as idades dos patriarcas vão quase sempre diminuindo. Porventura seria licito entender que os anos eram, no princípio, mais curtos do que atualmente7 Somente assim poderemos compreender o caso de um homem esperar uns 100 anos antes de nascer-lhe um filho.
A Chamada de Abraão, Gn 12.
A chamada de Abraão e as promessas que Deus lhe fez.

Podemos estudar neste capítulo:
a) A escolha divina. Deus escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação para o fim destinado;
b) O plano de (mediante o escolhido de Deus) abençoar muitos povos;
c) A proteção divina - "amaldiçoarei os que te amaldiçoarem ";
d) A chamada divina - uma chamada positiva, individual, imperativa;
e) A Revelação Divina - "apareceu o Senhor a Abraão ";
f) A Promessa Divina - "à tua descendência darei esta terra".
A chamada é descrita em At 7.2,3, a resposta, em Hb 11.8.
Abraão desce ao Egito, Gn 12.10.
Isto nos parece um desvio da senda da fé, pois aí Abraão perde a sua confiança na proteção de Deus e pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra. Contudo, Deus o protegeu sem que ele esperasse.

Sete coisas neste desvio de Abraão, notemos:

1) Agiu sem consultar a Deus, Gn 12.10;
2) Escolheu seu destino, confiando na própria inteligência, Gn 12.10;
3) Valeu-se da duplicidade, para conseguir seu propósito, Gn 12.13;
4) Perdeu de vista a perspectiva e o plano de sua vida, Gn 12.2,12;
5) Sua astúcia parecia alcançar bom êxito, Gn 12.14,15;
6) Achou-se mais tarde enlaçado na trama que ele mesmo fizera, Gn 12.18,
7) Foi censurado por um rei pagão, e mandado para sua própria terra, Gn 12.18-20.

4. A QUARTA DISPENSAÇÃO, Gn 12.1-Êx 18 27.
ALIANÇA ABRAÃMICA

Começa aqui a História da Redenção. Dela surge uma idéia vaga pelo tempo, Gn 3.15. Agora, 1963 anos após a criação e a queda do homem, ou seja 427 anos após o Dilúvio, num mundo que desenfreadamente aderiu-se a idolatria e a maldade. Foi aí que houve por objetivo a recuperação e a redenção do gênero humano.
A duração desta Dispensação foi de 430 anos, considerada a Dispensação da Promessa, que terminou quando Israel tão facilmente aceitou a Lei, Êx 19.8. A Graça tinha oferecido um Libertador (Moisés), um sacrifício para o culpado, e, por divino poder, libertado Israel da escravidão, Êx 19.17, mas no final trocaram a Graça pela Lei.
Separação Para Deus
Agora Abraão volta do Egito e vira o rosto para a Terra Prometida. Sua vida de peregrinação é caracterizada por Três Coisas: a Tenda; o Altar e o Poço. Nada lemos sobre altar no Egito.
As riquezas que Abraão e Ló acumularam no Egito, foram a causa de contenda e separação', porém Abraão tinha uma confiança em seu Deus. Por isso, deixou que Ló escolhesse primeiro para onde iria. A confiança na proteção Divina faz. com que o homem fique desprovido de qualquer dúvida.

Em Gn 14, é mencionado pela primeira vez. o termo Reis. Dois reis encontram- se com Abraão em sua volta vitoriosa: o de Sodoma e Melquisedeque (Tudo que sabemos que está neste capítulo, no SI 110 e Hb 5,6 e 7). Ele é também o primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia: um Sacerdote Real e por isso uma figura do Senhor Jesus Cristo. Também aqui pela primeira vez, lemos sobre "O Deus Altíssimo ".
Depois da divina bênção, pronunciada por Melquisedeque, vem a tentação material por parte do rei de Sodoma.
Há um ditado, que diz: "Cada homem tem seu preço", porém um homem como Abraão não pode ser comprado por um rei mundano, como este de Sodoma.
E na volta de Abraão da matança dos reis que a misteriosa figura de Melquisedeque aparece. Ele vem ter com Abraão, traz-lhe p ao, vinho e o abençoa;
Abraão dá-lhe o dízimo de tudo.
Tanto se fala deste incidente no NT, que devemos estudá-lo.

Vamos notar os seguintes pontos, como seguem:

1) Por ser ele o Primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia, tem sido escolhido pelo Espírito Santo como tipo de Cristo, um Sacerdote maior que Aarão;
2) Ele era Rei e também Sacerdote. Rei de Salém (da paz) e seu nome significa "Rei da Justiçai Cl 6.12,13; Hb 7.2;
3) Assim, no SI 110.4 está escrito de Cristo: "Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque ";
4) Não há alguma menção de seu pai ou de sua mãe, do seu nascimento ou morte; por isso é tomado em Hb 7.3, como um tipo de Cristo: O Sacerdote Eterno.
Para estudar o assunto mais detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb 5.7.
Promessa de uma Posteridade
Em Gn 15.6 , pela primeira vez, a Fé é mencionada, e lemos "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça"; cf. Rm 4.3; Tg 2.23.
Abraão nasceu quando seu pai Terá tinha 26 anos, Gn 11.25. Abraão tinha 75 anos quando foi convidado por Deus a deixar sua parentela e partir para uma terra desconhecida (Canaã). Contava com 80 anos quando encontrou-se com Melquisedeque e foi abençoado por ele. Tinha 86 anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida. Persuadido pela esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança quanto a conseguir as promessas de Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé foi provada mais 13 anos.
Em Gn 17, seu nome foi mudado.
Um quadro interessante foi as três vezes que Deus apareceu a Abraão:
1a) u Apareceu o Senhor a Abraão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera '\ Gn 12.7;
2a) "Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito", Gn 17.1,
3a) "Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia", Gn 18.1.
Abraão tinha 90 anos quando Sodoma foi destruída. Contava com 100 anos quando nasceu Isaque e tinha 137 anos quando Sara morreu. Em seguida, casou-se com Quetura, com quem teve seis filhos; morre com 175 anos de idade.
Em Gn 18, deparamos com o aparecimento de três visitantes celestiais que falaram com Abraão com aparência de seres humanos: "três varões e dos três um era o Senhor", Gn 18.1-3; Mc 16.5; Jo 5.13. Um acontecimento interessante é quando dois anjos seguem para Sodoma, e Abraão começa a fazer sua célebre intercessão ao terceiro. Esta é a primeira grande oração intercessória registrada na Bíblia.

Verificamos como a oração de um justo pode mudar os rumos das coisas:
1) A base da oração é dupla: Primeiro, o reconhecimento de Deus e da liberdade que tinha para falar com Ele. Segundo, o concerto de Deus, Gn 17.19. Abraão tinha sido chamado por Deus a fim de interessar-se por Ele e seus propósitos, referentes ao mundo, e por isso sente liberdade em falar-lhe.
2) Características da oração de Abraão:
Discriminação, Gn 18.24,25, entre os justos e os ímpios, e o interesse pêlos dois grupos;
Confiança na justiça de Deus, Gn 18.23,25; na Graça de Deus, Gn 18.24, e no Poder de Deus, Gn 18.25;
Precisão, Gn 18.28-32. Lembremo-nos que petições em termos gerais não terão respostas precisas;
Importunidade. Seis vezes Abraão pede que Sodoma seja poupada e cada vez reforça seu pedido;
Humildade, Gn 19.27. Ele jamais se esquece de que fala com Deus;
3)0 êxito da oração de Abraão. Não obteve tudo o que desejava, mas alcançou tudo o que Sodoma tomou possível, (leia Jr 5. l.)
Salvação de Ló e a Destruição de Sodoma
Notamos que os varões, em Gn 18.2, são anjos. Em Gn 19.1, Ló parece ser tão hospitaleiro quanto Abraão.
Veja algumas considerações sobre o nosso amigo Ló:

a) Parece ser o tipo do "meio-crente"'. convencido mas não convertido:
b) Uma pessoa costuma ser contenciosa;
c) Resultado: uma inutilidade ou uma catástrofe. SODOMA: figura o mundo e sua sensualidade;
EGITO: simboliza o mundo e sua comunidade (Êx 16.3);

BABILÔNIA: simboliza o mundo e sua grandeza (Js 7.21).
A história de Ló ensina que embora o cristão mundano possa conseguir para si a salvação, pode contudo perder a família, filhos e filhas, pois, criados no meio da devassidão, podem ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para a vaidade do mundo, em pouco tempo não poderá mais trilhar a senda da salvação. "A não observância da Palavra de Deus pode ser funesta para a nossa vida espiritual".
Isaque nasce - Ismael é despedido
Afinal, nasce Isaque, depois de muitos anos de fé alternada com incredulidade da parte de seus pais, Abraão e Sara. Em Gl 4, o apóstolo encontra um sentido simbólico em cada um dos dois filhos. Na alegoria que Paulo percebe na história de ambos, Hagar representa o monte Sinai e tudo que a lei pode produzir, enquanto que Isaque é o fruto da fé, e mostra o que Deus faz para o crente.
Vemos que Ismael, o filho "nascido segundo a carne ", Gl 4.29, persegue o filho da promessa, e é despedido, porque não pode herdar com este. Os que são das obras da Lei, Gl 3.10, não herdarão as promessas dadas a Abraão, mas sim aqueles que têm fé em Cristo, Gl 3.12-14. Uma religião carnal é sempre inimiga da religião espiritual.
O altar sobre o monte
Este incidente é talvez o mais misterioso e sublime na história de Abraão. Somente após longos anos de preparo espiritual poderia Deus submetê-lo a tal provação de sua fé, com a certeza de que havia de sair triunfante. Era sem dúvida um experiência penosa à vista do mundo cruel. Mas o resultado final havia de ser um notável engrandecimento da vida espiritual de Abraão, e o conhecimento, mediante a sua própria experiência, de verdades bem importantes.

Notemos, os seguintes pontos:

1°) Certeza da Palavra Divina. Para agirmos em algum sentido contrário ao sentimento natural, ao procedimento comum, aquilo que nossas convicções e as dos vizinhos aprovam, precisamos ter uma palavra de Deus mui positiva, que não admita dúvidas;
2°) Falta de Explicação. O mandado divino não trouxe consigo um porquê";
contudo, havia um raio de luz nas palavras "a quem amas", revelando que Deus não estava esquecido da forte afeição natural de Abraão para com Isaque;
3°) A Completa Confiança de Abraão. Isto nos faz pensar nas palavras de Jó:
"Ainda que me mate, nele esperarei",Jó 13.15. A explicação dada em Hb 11.18, é que Abraão "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar (a Isaque)";
4°) O Conhecimento de Deus. Fruto de longos anos de experiência da divina proteção e bondade, progrediu até que, afinal, Abraão podia obedecer a Deus cegamente;
5°) A Submissão de Isaque a Vontade do Pai. Um belo tipo da obediência de Cristo até a morte;
6°) A Palavra Profética De Abraão. Disse Abraão: "Deus proverá para si o cordeiro ". Também havia um sentido profético no nome que Abraão deu ao lugar: Jeová-Jireh: "ü Senhor proverá". Em Jo 8.56, permite pensar que ele tinha alguma vaga previsão do "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo";
7°) A Lição da Substituição. O carneiro "travado pelas suas pontas num mato ", y j veio a ser o substituto do moço; e quantos seres humanos desde o tempo de p;
Isaque têm dado graças a Deus por Ele ter "fornecido um substituto " \
8°) A maneira maravilhosa como Deus operou em Abraão, uma semelhança a si ^ mesmo. Num dia futuro Deus havia de ceder seu Filho, em sacrifício pelo pecado, Mas então não haveria outro cordeiro para tomar o lugar dele: "Nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós", Rm 8.32.
A obediência de Abraão era agradável aos olhos de Deus; por isso o mandamento foi dado. A morte de Isaque não teria sido agradável a Deus, visto que o ato da matança foi impedido". ^No Monte do Senhor se Proverá".

Os três significados dos nomes desta História
Abraão lembrou-se de que já era tempo de o filho contrair matrimônio. Ele marcou duas condições: a noiva havia de ser da mesma parentela, e Isaque não havia de sair da Terra Prometida em procura de esposa. Felizmente, Abraão tinha um empregado fiel e competente para tratar desse negócio.
Abraão receava que Isaque se casasse com uma moça de Canaã, ou voltasse para a terra de onde tinha sido chamado. Ainda hoje, às vezes, os pais sabem melhor do que os próprios moços que tipo de casamento será bom para seus filhos. Entre os chineses são os pais que escolhem as noivas para seus filhos, e parece que todos acham essa maneira mais proveitosa.

Notemos, em relação ao empregado Eliézer, Gn 15.2, os seguintes pontos:

1. Era um homem de idade e pessoa de confiança. É bem possível que Abraão não tivesse outro a quem pudesse confiar uma tarefa tão delicada;
2. Era um homem prevenido. Levou consigo tudo o que era necessário para o bom êxito de sua missão;
3. Era um homem cauteloso. Pediu um sinal, uma coisa que nem sempre é preciso, e que o Deus misericordioso às vezes fornece;
4. Era um homem piedoso. Orou a Deus pelo serviço que havia de fazer;
5. Era um homem eloqüente. Quando precisava falar do seu Senhor;
6. Era um homem pontual. E não quis perder tempo, Gn 25.54.
Eliézer é o servo Modelo'.
1. Não vai sem ser mandado, Gn 24.2-9;
2. Vai para onde o mandam, Gn 24.4,10;
3. Não se preocupa com outra coisa;
4. Ora e dá graças, Gn 24.12,14,26,27;
5. É sábio para persuadir, Gn 24.17,18,21;
6. Fala, não de si, mas das riquezas do amo, e da herança do filho, Gn 22.34-36;
At l.8;7. Apresenta o caso sem equívoco e requer uma decisão positiva, Gn 24.49.
Eliézer enfeita a noiva com as jóias da casa paterna, mesmo antes dela iniciar a viagem. O Espírito Santo procura enfeitar a Igreja com as lindas regalias da casa do Pai, antes dela ser arrebatada, Gn 24.53.
Isaque saiu a orar (meditar sobre o falecimento de sua mãe no campo), Gn 24.63;
talvez por falta de sossego necessário na tenda, ali mesmo levanta os olhos e vê chegando Eliézer vindo de regresso.
Na oração solitária podemos ver coisas maravilhosas.

Vamos agora considerar Rebeca:

1. Era formosa, Gn 24.16;
2. Trabalhadeira, Gn 24.19;
3. Hospitaleira, corajosa, decidida, Gn 24.58,
4. Modesta.Gn24.65.
Significado dos Nomes:
1. Isaque (hb - riso) representa Cristo.
2. Rebeca (hb - corda com laço) representa a Igreja.
3. Eliézer (hb - meu Deus é auxílio) representa o Espírito Santo.
Caro Aluno, aqui citarei alguns personagens da História e que fazem parte desta Dispensação: Esaú e Jacó; Jacó e seu Tio Labão e José do Egito.

QUESTIONÁRIO: TERCEIRA E QUARTA DISPENSAÇÃO
1) Por quanto tempo durou a Dispensação do governo humano?
2) Com quantos anos morreu Abraão?
3) O que significa Sodoma?
4) Qual o significado do nome Isaque?
5) Com quantos anos Abraão estava quando nasceu Isaque?
6) O que simboliza o Egito?
7) Quantos filhos Abraão teve com Quetura?
8) Com quantos anos morreu Sara?
9) Qual o significado representativo de Rebeca?
10) Quanto tempo durou a Dispensação Patriarcal?
11) Qual foi a duração da Dispensação do Governo Humano?

5. A QUINTA DISPENSAÇÃO
ALIANÇA MOSAICA

A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação de Cristo".
Para estudarmos este livro, onde começa a Quinta Dispensação, vamos verificar de!, importantes revelações de Deus, a saber:

1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança;
2) As pragas - Um Deus de punição;
3) A Páscoa - Um Deus de redenção;
4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de poder;
5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão;
6) A Lei - Um Deus de santidade;
7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de comunhão;
8) A punição devida do bezerro de ouro - Um Deus de disciplina;
9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça;
10) A vinda da glória - Um Deus de glória.
"Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo '\ Jo l. 17.
É bom lembrar que esta Dispensação pode ser chamada de Dispensarão dos Israelitas.
Devemos lembrar que o cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida pêlos estudiosos do AT, a de 1290 a.C. O tema do livro:
"Redenção e organização de Israel como povo da Aliança".
Em Gn 19.3 começa a Quinta Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de Deus.
Israel chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem.

Neste momento. Deus chama-o a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma no vá lição:

1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus;
2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;
3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus.
Em Gl 3.6-25, aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:
1. A Lei não pode anular esta aliança;
2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado;
3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo;
4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente ". A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz. Podemos considerar:

1) O estado do homem no começo da jornada, Êx 19.1-3;
2) Sua responsabilidade, Êx 19.5,6; Rm 10.5;
3) Seu fracasso, II Rs 17.7-17; At2.22.23,
4) O julgamento, II Rs 17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24.
Notemos neste capítulo o cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua santidade. No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora precisam aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível.

A Lei foi dada de três maneiras:
1°) Verbalmente, Êx 20.1-17. Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e foi acompanhada das "Ordenanças", Ex 21.1-23.13, relativas às relações de hebreus com hebreus; a isto foram acrescentadas, Ex 23.14- 49, direções diferentes às três festas anuais, Êx 23.30-33, e inscrições sobre a conquista de Canaã. Estas palavras Moisés comunicou ao povo, Êx 24.3-8. Imediatamente, na pessoa dos seus anciões, foram admitidos na presença de Deus, ÊX24.9-11.
2°) Moisés foi então chamado ao monte para receber as tábuas de pedra, Êx 24.12-18. A história então se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, ao sacerdócio e aos sacrifícios, Êx 25-31. No entanto, o povo, Êx 32, chefiado por Aarão, transgride o primeiro mandamento. Moisés, voltando, quebra as tábuas escritas pelo dedo de Deus, Êx 31.18; 32.16-19.
3°) As segundas tábuas são feitas e a Lei escrita novamente (por Moisés?) na presença de Jeová, Êx 34.1,28,29.

Os Dez Mandamentos

A Aliança Mosaica foi dada a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras, e, conjuntamente, formando a Aliança Mosaica.
Os Dez Mandamentos, expressão da vontade de Deus para seu povo, Ex 20.1- 26; Os Juízos, governo da vida social de Israel, Êx21.1 - 24.11; e as Ordenanças, governando a vida religiosa de Israel, Êx 24.12 - 31.18. Estes três elementos formam a "LEI" como essa palavra se emprega no NT, Mt 5.17,18. Os Mandamentos e Ordenanças formam um só sistema religioso.
Os mandamentos foram um "Ministério de Condenação) e de "Morte)), II Co 3.7-9.
Os Dez Mandamentos são:
1) Não terás outros deuses diante de mim;
2) Não farás para ti imagem de escultura;
3) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
4) Lembra-te do dia de sábado para o santificar;
5) Honra a teu pai e a tua mãe;
6) Não matarás;
7) Não adulterarás;
8) Não furtarás;
9) Não dirás falso testemunho;
10) Não cobiçarás.

TABERNÁCULO

Passaremos à história do Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus.

Vejamos alguns significados:
1. Tenda provisória onde Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10;
2. Construção portátil em forma de tenda, Êx 25.8,9;
3. Recebeu o nome de habitação, Êx 25.9;
4. Onde estava depositada a tábua da lei;
5. O tabernáculo do testemunho;
6. Denominado casa do Senhor, Êx 34.26;
7. Sua planta foi dada pelo Senhor a Moisés, Êx 25.22.

Verifique Sua Planta:
PERDÃO
Pelo sacrifício do sangue
PURIFICAÇÃO
Pela limpeza
PODER DE DEUS
Pela participação, percepção e oração
PRESENÇA DE DEUS
Pelo Sangue aspergido e Obediência

Nota:
1. O Tabernáculo simboliza: Israel aproximando-se de Deus;
2. Tipificou a obra redentora de Cristo para trazer os pecadores a Deus.

6. A SEXTA DISPENSAÇÃO
A Nova Aliança, A AliANÇA DA GRAÇA

Chamada Dispensação Eclesiástica.
A palavra-chave é: Graça. Sua duração começa com a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda, tempo determinado pelo Senhor: "Aquele dia e hora ninguém sabe, unicamente meu pai que está nos céus". Hoje, já contamos com quase 2000 anos em que o véu do Templo foi rasgado e esta Dispensação findará com o toque da trombeta, quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os fiéis ao Arrebatamento.
Na Dispensação da Graça, Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às outras, ou seja, o próprio Filho enviado por Deus à humanidade:
1°. Mt 19.28
2°. Hb 2.7 3°. Lc 2.27 4°. Mt 13.55-57 5°. Lc 4.2-8 6°. Is 53.1-6 7°. G13.13
A Nova Aliança
Tal qual Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o Mediador da Nova Aliança, Hb 8.6; 9.15; 12.24. Com o aparecimento de Cristo, a Antiga Aliança terminou, como Paulo afirma em Rm 10.4; Gl 3.19. Novamente apareceu Ele celebrando a Ceia com os discípulos, conforme registra Lc 22.20 e I Co 11.25. "Ele disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue", Mc 14.24.
A Graça não dispensa ordenação pois há l .050 mandamentos no NT; mas, ao contrário da Lei, ela dá poder ao homem para cumpri-los. A palavra Graça aparece 166 vezes na Bíblia e tem um valor inestimável.
Verifique 10 citações da palavra Graça, com referências: Ef 2.8,9; At. 4.33;
18.27; Tt3.7;Rm5.20; 15.15; I Co 15.10; Gl 1.15; Cl 3.16; IITm2.1.
Verificamos três aspectos da revelação de Deus nessa Dispensação:
1. Os Evangelhos, um tratado da revelação de Jesus Cristo, um Deus introduzido no meio dos homens: "Emanuel, Deus Conosco".
2. Revelação através do Espírito Santo: o Guia; o Orientador; o Consolador; o Intercessor; o Fortificador; o Ornamentador da Igreja. "Todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus".
3. Revelação pela Palavra Escrita - A Bíblia Sagrada. Nela está a revelação perfeita da vontade de Deus.
Esta mesma Graça atua na formação da Igreja desde a fundação do mundo e já existia na mente de Deus:
1. Eleita por Deus desde a fundação do Mundo, Ef 1.4,5;
2. No AT, os Profetas falaram dela;
3. Personagens que simbolizaram a vida e a ação da Igreja (Enoque, Rebeca, Azenate, etc.);
4. Organização espiritual da Igreja, Mt 16.16;
5. Data de inauguração: Dia de Pentecostes, At 2;
A Igreja, uma representação do Corpo de Cristo aqui na Terra. Suas funções, seu trabalho e suas obrigações'.
1. Em relação a ela mesma "Comunhão", At 2.42;
2. Em relação ao mundo "Evangelização", Mc 16.15;
3. Em relação a Deus "Adoração".
Toda e qualquer tarefa da Igreja depende exclusivamente da Graça. Ela é quem nos encoraja no sentido de cumprirmos nossa tarefa como Igreja que também é um Luzeiro no Mundo e Sal da Terra.
Tenho me preocupado muito com a expressão: "Se o sal se tomar insípido para mais nada presta, a não ser para ser pisado pêlos homens".
Que Deus proteja a Igreja!
Seu compromisso para o futuro é o desfecho final do cumprimento das profecias, do fim dos tempos e a Dispensação da Igreja.
Verifique alguns acontecimentos que surgirão :
1. Ressurreição dos crentes;
2. Transformação dos crentes vivos na vinda do Senhor;
3. Arrebatamento;
4. Tribunal de Cristo (compensação);
5. Casamento da Igreja (bodas do Cordeiro);
6. Glorificação da Igreja;
7. E nos fez Reis e Sacerdotes para Deus seu Pai.

QUESTIONÁRIO: QUINTA E SEXTA DISPENSAÇÕES
1) Qual a duração da quinta Dispensação?
2) O que Deus representa quando institui a Páscoa?
3) Qual a representação de Deus na Lei?
4) Qual o tema do livro de Êxodo?
5) Onde Moisés recebeu as tábuas de pedra?
6) Qual a missão da Igreja frente ao mundo?
7) Qual a duração desta Dispensação (Igreja)?
8) Quando termina esta Dispensação?
9) Como se chama o Tribunal em que os crentes hão de comparecer?
10) Apresente dois aspectos do futuro da Igreja.

7. A SÉTIMA DISPENSAÇÃO (MILÊNIO)
ALIANÇA MILÊNICA

O plano redentor de Deus para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21.
A juntura destes "Séculos", presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça.
A dupla revelação do Milênio será feita:
l. Pela presença pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;
2. O Sermão do Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
A SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes pisada pêlos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4.

A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e universal, Dn 2.34,35;
2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48;
3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18;
4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13;
5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6;
6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5;
7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.

Haverá duas classes de pessoas:
1. Glorificados e
2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os do período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os nascidos no Milênio.
A cena final e a justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.

O julgamento iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:
7. Cada pessoa serei julgada',
2. Os inimigos do Rei serão punidos',
3. Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor para sempre. Amém!
Caro Aluno, gostaria de ter tempo suficiente para estudarmos juntos, pois este é um assunto de grande importância para nossa vida espiritual!