A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO
“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”. Hb 11.7
A terceira Dispensação do Governo Humano. Nas duas primeiras dispensações inocência e consciência, o homem fracassou inteiramente, e o julgamento do Dilúvio marca o fim da segunda dispensação e o começo da terceira.
A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova. Sua feição distintiva é a instituição, pela primeira vez, do governo humano – o governo do homem pelo homem. O homem é responsável para governar o mundo de acordo com a vontade de Deus.
A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO.
• A duração.
Esta dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até à Dispersão dos homens sobre a superfície da terra (Gn 10.25; 11.10-19). ( ).
Noé, o sobrevivente do Dilúvio, era o pai do Século Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo da décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas 14 anos depois da morte de Sete, o filho de Adão que deu nome à linhagem piedosa. Durante essas oito gerações e por mais de 350 anos em que ele viveu entre os homens depois do Dilúvio, Noé era homem perfeito, um justo que andava com Deus, tornando-se herdeiro da justiça, que é pela fé.
• As condições do mundo no início desse período.
O novo mundo, portanto, teve um pai piedoso.
Durante os 600 anos antes do Dilúvio, Noé foi contemporâneo de Matusalém, seu avô.
Matusalém, por sua vez, contava 243 anos de idade quando Adão morreu.
Assim, Noé era conhecedor de todos os grandes acontecimentos do período antediluviano e dos primeiros tempos no Jardim do Éden, ou pela experiência própria ou por ouvir do seu avô, Matusalém.
Por meio de Noé toda tradição do velho mundo transferiu-se para o novo.
Esse novo mundo foi povoado pelos filhos do grande e justo Noé. Durante 350 anos seus filhos conviveram com o piedoso patriarca, sob a influencia do seu santo testemunho.
Além de ser um “pregador da justiça”, em razão de sua integridade moral e comunhão com Deus, ele era a grande testemunha do juízo de Deus sobre o mundo ímpio que acabara de perecer, podendo apontar esse fato como prova e ilustração nas suas asserções.
Seus três filhos, Sem, Cão e Jafé, também foram considerados dignos de escapar a essa catástrofe e testemunharam do juízo que sobreveio ao mundo.
É natural concluir a existência de fortes influencias no mundo novo para induzir os homens a uma vida de santidade perante o Senhor.
• A Aliança de Deus com Noé (Gn 8.20-22; 9.9-17).
Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue (Gn 8.20).
“E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar. E o SENHOR cheirou o suave cheiro e disse o SENHOR em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz”. Gn 8.20,21
Deus atendeu ao seu servo, concedendo-lhe os termos duma nova aliança com o homem.
A INSTITUIÇÃO DO GOVERNO HUMANO.
Durante séculos os homens haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e vício.
Após o Dilúvio, o caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permanecia aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeita-lo. ( ).
Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios.
O pacto que Deus fez com Noé.
Por causa do apelo à violência e ao derramamento de sangue que surge no coração humano (Gn 6.11; 8.21), Deus procurou salvaguardar a intocabilidade da vida humana, reprimindo o homicídio na sociedade. ( )
1 E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5 E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.
7 Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
9 E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 e com toda alma vivente, que convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal da terra.
11 E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.
12 E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13 O meu marco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. Gn 9.6
A DURAÇÃO DESTA ALIANÇA.
É notável que desde o tempo de Noé, nunca mais Deus tratou com alguém que represente a raça humana em sua totalidade, entregando-lhe NOVOS TERMOS duma aliança que afete toda a humanidade. Por isso, desde os dias de Noé e até que chegasse o tempo de Deus dar novas leis à humanidade, essa aliança (com Noé) continuaria em vigor. Só no Milênio, sob o governo de Cristo, haverá outra aliança que substituirá a de Noé. ( ).
ORIGEM DAS NAÇÕES.
• Os descendentes de Sem.
Povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano Índico, ocupando a maior parte do território entre Jafé e Cam. Foi dentre eles que Deus escolheu o seu povo, cuja história constitui o tema central das Sagradas Escrituras. ( )
Sem, nascido 120 anos antes do Dilúvio, conheceu a seu pai, Noé, seu avô Lameque e seu bisavô, Matusalém, antes do Dilúvio.
Lameque, por sua vez, conheceu a Adão por mais de 50 anos, e Matusalém o conheceu por mais de 250 anos.
Esses fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça foram comunicados às gerações posteriores.
Noé viveu até o tempo de Abraão.
Sem chegou a alcançar o tempo de Isaque e Jacó, filho e neto de Abraão.
Sem foi pai de cinco filhos que se tornaram em cinco grandes raças e numerosas tribos menores.
Arfaxade foi pai dos caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico. Foi progenitor de Abraão, oito gerações anteriores.
• Os descendentes de Cão.
Foram notavelmente poderosos no principio da história do mundo antigo. Constituíam a base dos povos que mais relações travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como inimigos. Eles estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e na Mesopotâmia. ( )
Cão foi pai de quatro filhos Cuxe (Etiópia), Pute (Líbia), Canaã (Palestina) e Misraim (Egito) que se tornaram as raças turanianas e negras.
Cuxe (Etiópia) gerou seis filhos (Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá, Sabtecá e Ninrode).
Ninrode (filho de Cuxe), rei da Babilônia, foi o fundador do antigo Império Babilônico. Foi o falso “Messias” e fundador de toda religião falsa e idólatra do mundo.
Misraim (filho de Cuxe), é Menes I, o primeiro rei do Egito.
• Os descendentes de Jafé.
Foram os povos indo-europeus, ou arianos. Embora não tivessem sobressaído na história antiga, tornaram-se nas raças dominantes do mundo moderno.
Jafé foi pai de sete filhos Magogue (Russos), Java (Gregos, Latinos e Franceses), Tubal (Turquia), Gomer (Alemães, Celtas, Eslavos, Escandinavos-suecos, dinamarqueses e noruegueses, Goters, Teutões, Saxões, Holandeses, Suíços, Belgas, e os Anglo-persas).
A GRANDE FALHA.
• A construção da Torre de Babel.
O coração corrupto do homem não somente rejeitou o caminho da redenção, como também deliberadamente desobedeceu ao mandamento especial de que os homens se espalhassem sobre a terra. Antes começaram a construir cidades e agregar-se nelas ( ).
Ninrode neto de Cão por Cuxe, começou (foi o primeiro) a ser poderoso na terra. O principio do seu reino foi Babel, mas construiu mais sete cidades (Gn 10.10,11).
8 E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra.
9 E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.
10 E o princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele à Assíria e edificou a Nínive, e Reobote-Ir, e Calá,
12 e Resém, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
Gn 10.10-12
O governo humano foi instituído por ordem divina, mas o IMPERALISMO de Ninrode e de outros daquele tempo já era diferente, sendo um plano de Satanás que visa unir o mundo e fazer guerra contra o Senhor Jesus Cristo.
Mesmo em tempos remotos, os homens uniram-se para fazer planos de não se espalharem (Gn 11.4), planos pelos quais poderiam fazer para si um nome (Gn 4.17).
O ponto alto desses planos para engrandecer o nome do homem foi a construção da Torre de Babel nas planícies de Sinear (Mesopotâmia), torre que imaginavam chegaria até o céu (Gn 11.4; 2 Tm 3.1-4; Sl 49.11-13).
1 E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal.
4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Gn 11.1-16
Sinar (Gn 11.2) é o nome que o AT dá ao território da antiga Suméria e, posteriormente, chamado Babilônia ou o termo geral Mesopotâmia. ( )
O pecado do povo na terra de Sinar foi a ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de Deus, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra Deus.
Deus frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si (Gn 11.7,8). Isso deu origem à diversidade de raças e idiomas no mundo. Nesse tempo, a raça humana deixando a Deus, voltou-se para a idolatria, a feitiçaria e a astrologia (Is 47.12; Ex 22.18; Dt 18.10).
As funestas conseqüências deste estado espiritual nos seres humanos é descrita em Rm 1.21-28. Deus os entregou à impureza dos seus próprios corações (Rm 1.24,26,28), e, com Abrão, Ele prosseguiu dando cumprimento ao propósito da salvação da raça humana (Gn 11. 31).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Parabéns Deus continue te abençoando
ResponderExcluirParabéns Deus continue te abençoando
ResponderExcluirNunca li tanta besteira.....td isso so pode ta na biblia......pq nao na historia......segundo a biblia o mundo tem 6 mil anos.....porem esse ano a cidade de JERICÓ em ISRAEL comemora 10.000 dez mil anos
ResponderExcluirótimo estudo,Parabéns, que Deus continue abençoando.
ResponderExcluirAjudou d+ mano valeu
ResponderExcluir